Crítica | Tirando o Atraso

Pense no clichê do típico besteirol americano… Isso, aqueles com spring break, peitos e muito sexo… Agora substitua os “peitos” pelo pênis de Robert De Niro e “muito sexo” pela insaciável vontade de transar do personagem vivido por ele. Mas tirando isso, nada mudou

Dirigido por Dan Mazer e com roteiro assinado por John Philips, o filme conta a história de Jason Kelly (Zac Efron), um jovem talento no ramo da advocacia e que aparentar ter uma vida perfeita. Prestes a se casar, Jason vê sua vida mudar completamente quando é obrigado a levar o seu avô Dick Kelly (Robert De Niro) de volta a sua residência após a morte da sua querida esposa. Infelizmente para Jason os planos do avô são outros durante o caminho de volta e Dick acaba comprometendo o casamento de Jason quando o envolve em diversas “trollagens” na Flórida, incluindo o seu insaciável desejo de transar com uma universitária que conheceram pelo caminho.

O Diretor de filmes como ‘Borat’ e ‘Bruno’, mais uma vez confronta o politicamente correto e não espere um Robert De Niro com aquelas atuações certinhas e aquele humor “inteligente” que vimos em “O estagiário”, o ator definitivamente se solta no longa, em menos de 10 min. de filme é possível ver o seu personagem se masturbando, fora as sequencias incríveis de insultos que faz como o neto, de piadas com a bolacha Óreo à “zoeiras” pesados incluindo referencias de Exterminador do Futuro.

Zac Efron, que apesar de viver um personagem mais contido, cavalheiro, criado em uma família tradicional e conservadora, faz o par perfeito com o Vovô. A diferença entre as duas gerações é equilibrada pelo humor proporcionado pelo roteiro de John Philips. O ator mais uma vez demonstra que é muito mais que um rostinho bonito por sua excelente atuação.

O filme também possui personagens dispensáveis ou mal aproveitados, como é o caso do Pam (Jason Mantzoukas) e do primo de Jason (Adam Pally), em certos momentos ganham tempo demais de tela e acabam com a dinâmica que a história já havia criado, isso vocês vão entender quando forem assistir ao filme.

“Tirando o atraso” definitivamente não é um filme para ser levado a sério, muito pelo contrário, mesmo mantendo o clichê dos filmes de besteirol, ele serve para fugir do chato politicamente correto do dia a dia.