A 15ª temporada de Overwatch chegou e te contamos todas as novidades apresentadas na nova fase!
Entrar em uma nova temporada de Overwatch 2 hoje não é mais aquela festa cheia de surpresas de antigamente. Depois de tanto tempo de altos e baixos, a confiança no hype da Blizzard não é cega como antes; bate aquela sensação mista: será que vem mudança real, ou só mais um tapa no visual? Ainda mais agora, […]

Entrar em uma nova temporada de Overwatch 2 hoje não é mais aquela festa cheia de surpresas de antigamente. Depois de tanto tempo de altos e baixos, a confiança no hype da Blizzard não é cega como antes; bate aquela sensação mista: será que vem mudança real, ou só mais um tapa no visual? Ainda mais agora, com jogos concorrentes ganhando terreno e a galera toda pedindo sangue novo no meta. Resolvi mergulhar na ativa já no lançamento, e, após mais de um mês, a experiência foi um misto de novidade e déjà-vu.
Aprimoramentos: Frescor para o Meta ou Mais Confusão?
Logo nos primeiros dias, a maior novidade ficou por conta do novo sistema de Aprimoramentos. Agora as partidas passaram a ter mais uma camada, já que você pode destravar buffs enquanto joga. Da teoria para a prática, confesso que teve momento em que fiquei perdido escolhendo bônus entre rounds, mas logo entendi a vibe: o objetivo é forçar novas decisões estratégicas a cada jogo. Num teste com Reinhardt, por exemplo, fui do aumento de escudo à porrada mais forte de Fire Strike e, de repente, precisei repensar um estilo que já era automático há anos. O sistema é divertido, mas bagunçou estratégias antigas e, claro, deixou brechas para problemas de balanceamento.

Balanceamento em Xeque
Como sempre, nem tudo sai polido do forno. Ficou bem visível que certos heróis surfam melhor nos buffs – Sombra virou um pesadelo com hacks quase incessantes, enquanto outros como Wrecking Ball só ganharam detalhes tímidos, tipo uns ajustes de velocidade que não empolgam. Isso pesou bastante para quem joga nas filas menos favorecidas. No geral, os aprimos trouxeram dinamismo, mas o equilíbrio ainda está longe do ideal; qualquer fã de longa data vai sentir na pele, principalmente depois de semanas de meta novo instaurado.
Loot Boxes: De Volta para o Futuro
A Blizzard mexeu com as emoções ao ressuscitar as Loot Boxes. Pra quem curte nostalgia, foi impossível não sorrir ao abrir uma lendária, mas a decisão levantou debate. A mecânica não envolve dinheiro real direto, mas evidencia aquele apego ao passado, ao invés de testar algo realmente inédito. Receber caixas como prêmio por eventos é legal para quem não quer gastar, mas também decepciona um pouco por ser mais do mesmo, ainda que mascarado de “fan service”.

Temática Visual: Entre Encanto e Fadiga
Nesse aspecto, é inegável a força da temporada. Referências à mitologia chinesa embalam tanto os visuais quanto os detalhes dos mapas — o visual Pixiu do Zenyatta elevou o patamar dos cosméticos, e o evento do Ano Novo Lunar, com lanternas e fogos, transformou o ambiente das partidas. Só que, passada a empolgação das primeiras semanas, percebi que tudo não passa de uma fantasia temporária. Faltou uma adição concreta como um novo mapa permanente para sustentar o frescor ao longo da temporada.
Por falar em mapas, o cansaço ficou evidente rapidinho. A cada login, os cenários de sempre, levemente adaptados, voltavam a aparecer. Por mais que pequenos ajustes em choke points e passagens ajudem na fluidez, faltou o impacto de uma arena inédita. A expectativa fica toda para updates futuros — reciclar mapa antigo só segura o público por um tempo.
Voltando ao ranqueado do zero, vi de tudo: partidas tensas, algumas vitórias inesperadas e derrotas para times que claramente se conheciam. A redefinição dos ranques até que incentivou o grind, e os novos visuais galácticos das armas deram orgulho de farmar. Apesar dos Aprimoramentos darem uma nova camada estratégica, persistem velhos problemas no matchmaking: grupos ultra-organizados em um lado, mistos aleatórios no outro. A imprevisibilidade aqui ainda pesa mais do que deveria.

Eventos Especiais: Ritmo Intenso
De positivo, gostei do evento Aprimorados nas primeiras semanas; desafios semanais e lootbox na reta garantiram aquele fôlego extra pra quem gosta de prêmio. Mas a exaustão bateu rápido: heróis dominando o meta, como o Roadhog bufado, deixavam o jogo quase insuportável pra quem não estava no bonde certo. Minha dupla de suporte quase largou de vez depois de uma sequência de hooks sem chance de reação.
Inovações no Meio da Temporada
Um ponto alto foi a chegada de Freja, a nova DPS de besta — consegui jogar no preview (apesar das filas demoradas) e achei um dos personagens mais refrescantes dos últimos tempos. A movimentação tática, estilo “Pharah com mira”, trouxe uma identidade própria ao elenco. Mas, claro, o hype sabotou um pouco a acessibilidade: DPS com fila de espera de dez minutos afasta bastante.
O destaque nostálgico ficou para a volta do modo 6v6 na fila aberta. Montar comp clássico, testar composições “GOATS raiz” repaginadas pelos Aprimoramentos, e resgatar aquele velho caos de Overwatch, foram respiros divertidos. No entanto, fica visível que o formato 5v5 continua sendo o melhor para o ritmo do game.
Apesar de não ser fã de K-pop, admito que os visuais da colaboração com LE SSERAFIM deram mais vida à temporada. A Ashe dinamite RGB está entre os grandes destaques, e ganhar o Junkrat Fawksey James de presente foi um agrado divertido pra coleção. Só faltou um modo de evento para dar mais sentido à collab além dos cosméticos em si.

Do lado técnico, a temporada teve seus tropeços: bugs nos highlights, instabilidades no servidor e picos de ping ainda apareceram — nada grave a longo prazo, mas suficiente para lembrar que a Blizzard pode e deve investir mais em estabilidade, principalmente num período de comunidade crescendo de novo.
Vale a pena?
A décima quinta temporada de Overwatch 2 foi, sim, um sopro de renovação em alguns aspectos, principalmente graças aos Aprimoramentos e ao capricho artístico. No entanto, ainda ficou devendo em inovações de conteúdo duradouro e soluções para problemas antigos do jogo — eventos bem bolados e colaborações ajudam, mas não substituem um mapa novo. No fim das contas, vale a experiência para quem quer revisitar o jogo ou testar novos sabores no competitivo, mas fica a sensação de que a Blizzard só vai impressionar de verdade quando ousar sair das próprias fórmulas.
Nosso agradecimento à Blizzard que enviou um código de Starter da temporada 15 e a Arma Mítica da Widowmaker par aa produção deste conteúdo.
Overwatch 2 já está disponível para PC, PlayStation, Xbox e Switch.