CRÍTICA | A Grande Muralha é algo incrivelmente espetacular de ser ver, mas…
Ao ver os trailers e fotos do filme A Grande Muralha, você pode perceber que o filme parece uma daquelas produções chinesas tipo: O Clã das Adagas Voadoras, ou até mesmo O Tigre e o Dragão. O que por parte não é errado. Só para você entender; Há pouco mais de um ano, a produtora […]
Ao ver os trailers e fotos do filme A Grande Muralha, você pode perceber que o filme parece uma daquelas produções chinesas tipo: O Clã das Adagas Voadoras, ou até mesmo O Tigre e o Dragão. O que por parte não é errado. Só para você entender; Há pouco mais de um ano, a produtora Legendary, responsável pelo filme e pela trilogia de O Cavaleiro das Trevas de Nolan, foi comprada por um conglomerado chinês. O que seria uma vantagem para ambas as partes, os chineses agora tem um poder um pouco maior em adentrar e concorrer diretamente com produções Hollywoodianas e os americanos podem penetrar livremente nas salas dos cinemas chineses. Todos saem ganhando.
Nesse contexto, surgiu a primeira grande obra após essa aquisição; A Grande Muralha.
Participam desse filme os astros americanos: Matt Damon, Pedro Pascal e Willem Dafoe e outros grandes astros do cinema oriental, como Tian Jing e Andy Lau em um filme que mescla história, ação e fantasia. Essa junção de astros de duas partes do mundo completamente diferentes é algo muito legal de se ver, claramente mesmo sem saber da nova casa da Legendary você percebe que esse é um filme diferente. E o roteiro explica da forma mais simples possível como três pessoas chegam ali no cenário chinês.
A história de A Grande Muralha supõe que o monumento que batiza o filme tenha sido construído para conter a invasão de criaturas monstruosas que se alimentam de carne humana. A trama gira em torno de dois mercenários ocidentais que chegam à China, a fim de roubar pólvora para revender, mas acabam entrando na luta dos chineses.
A proposta de A Grande Muralha é ser um blockbuster chinês, num projeto que claramente anseia mostrar essa força comercial do cinema de lá, utilizando grande parte do conhecimento americano nesse estilo de filme. Assim, essa ambição é notada nessa mescla entre um elenco global e o elenco chinês, na língua do filme predominantemente chinesa, no roteiro que visa o dinamismo em detrimento a qualquer outra coisa, nos efeitos especiais e até mesmo na lição de moral contida no longa.
Esse pensamento está contido, até mesmo na escolha de Zhang Yimou para a direção do longa. Ele é um dos mais respeitados e significantes cineastas da chamada Quinta Geração do cinema chinês, momento que significou a retomada do cinema no país, lançando na década de 1980 grandes nomes como o de Yimou, Wong Kar-Wai e Chen Kaige.
O filme é muito bonito de se ver, sua escolha de elenco foi bem feita. Os figurinos são algo realmente que nos enche os olhos para apreciá-lo, mas o roteiro deixa um pouco a desejar por parecer muito forçado em algumas partes e em outra muito superficial. É um filme bom, sim! Mas nada de mais. Não é do tipo de filme memorável mas sem duvidas é uma ótima distração e uma forma muito bem sucedida de mostrar para os americanos que o cinema chinês pode ser tão rico quanto as suas produções milionárias megalomaníacas!
Esta crítica foi um oferecimento Primepass.
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