Guardiões da Galáxia Vol. 3, o mais recente filme de James Gunn – e último do diretor à frente da Marvel – mantém a química e as histórias divertidas que caracterizam a franquia. Apesar de ser mais sombrio do que a maioria dos filmes dos Estúdios Marvel, ele responde de forma bela e otimista à melancolia discutindo a vida, seu propósito e várias figuras dentro do Universo Marvel.
O humor característico dos Guardiões permanece intacto, assim como as cenas de ação que são impulsionadas pela música e pelos momentos de dança. No entanto, há um tom mais melancólico que fica evidente desde o primeiro quadro do filme. O público é levado pelos horrores e lágrimas do passado de Rocket, que estabelece o Alto Evolucionário como o vilão mais desalmado e puramente malvado do MCU. Uma das partes mais importantes é que somos apresentados a um personagem importantíssimo dos quadrinhos, o Adam Warlock, porém de forma superficial.
O passado de Rocket é o destaque principal do filme, tanto positivamente quanto negativamente. Do lado positivo, todas as discussões filosóficas que Guardiões da Galáxia Vol. 3 propõe são realizadas de forma bela. No entanto, resulta em uma montagem mal resolvida devido à necessidade de encaixar os flashbacks de Rocket nos eventos atuais da trama.
Apesar dessa imperfeição, o foco do filme não se perde, pois a maneira como James Gunn mantém o público envolvido na densa atmosfera de perigo iminente torna fácil ignorar esses pequenos problemas.
Embora haja alguns problemas no filme, como a falta de bom uso de Adam Warlock, os personagens brilham individualmente em seus respectivos papéis, graças a um roteiro competente que respeita as características únicas de cada personagem.
O humor também é perfeitamente equilibrado ao longo do filme, complementando os diálogos mais pesados e filosóficos que envolvem a interferência humana e a criação da vida. James Gunn reforça a ideia de que o importante na vida é viver nossa jornada com as pessoas que amamos, independentemente de quem nos criou e por quê. O filme fala muito sobre isso, e assim como os outros filmes dos Guardiões, ele coloca a amizade à frente de qualquer coisa, fazendo com que os espectadores crie ainda mais empatia com cada um dos personagens.
Guardiões da Galáxia Vol. 3 é uma despedida sincera à equipe como conhecemos, ao elenco e à equipe que compartilharam uma jornada notável com o público nos últimos dez anos.
O terceiro filme dos Guardiões pode ser definindo como uma mistura de humor, emoção, ação e música.
Em resumo, Guardiões da Galáxia Vol. 3 é um filme que pode ser descrito como sombrio, mas otimista, divertido, filosófico e emocionante. Embora apresente alguns problemas de montagem e desenvolvimento de personagem, a jornada de Rocket é um grande destaque e mantém o público preso do início ao fim.
O roteiro é competente em equilibrar o humor com momentos mais sérios e filosóficos, abordando temas como a vida, seu propósito e a interferência humana nas formas de vida. James Gunn mais uma vez coloca seu coração na escrita e reforça a importância de vivermos nossas jornadas ao lado das pessoas que amamos. Me conforta saber que mesmo após todos os problemas que o diretor enfrentou durante seus últimos anos da Marvel, isso não foi algo que impactasse o final de uma trilogia tão querida e merecedora de uma boa conclusão. Sem dúvidas isso só reforçou ainda mais meu respeito e admiração por Gunn como diretor e estou realmente animado para vê-lo à frente da nova DCU.
No fim das contas, Guardiões da Galáxia Vol. 3 é uma despedida emocionante e satisfatória para uma franquia que cativou o público com sua química única entre personagens e suas aventuras intergalácticas.
NOTA 10
Nossa crítica foi viabilizada em parceria com o Prime Pass. Assine e tenha acesso a ingressos de cinema, filmes, séries, músicas e leituras. Saiba mais em: www.primepass.co