CRÍTICA | Meu amigo, O Dragão
Durante anos, o velho escultor de madeira Mr. Meacham (Robert Redford) tem encantado crianças locais com suas histórias sobre o temível dragão que mora no meio da floresta do Noroeste do Pacífico. Para sua filha, Grace (Bryce Dallas Howard), que trabalha como guarda florestal, essas histórias são pouco mais do que histórias fantásticas…até que ela […]
Durante anos, o velho escultor de madeira Mr. Meacham (Robert Redford) tem encantado crianças locais com suas histórias sobre o temível dragão que mora no meio da floresta do Noroeste do Pacífico. Para sua filha, Grace (Bryce Dallas Howard), que trabalha como guarda florestal, essas histórias são pouco mais do que histórias fantásticas…até que ela conhece Pete (Oakes Fegley). Pete é um misterioso garoto de 10 anos sem família, nem casa, que diz viver na floresta com um dragão gigante e verde chamado Elliot. E segundo as descrições de Pete, Elliot parece ser extremamente semelhante ao dragão das histórias de Mr. Meacham. Com a ajuda de Natalie (Oona Laurence), uma garota de 11 anos cujo pai Jack (Wes Bentley) é dono da madeireira local, Grace parte em busca de descobrir de onde Pete veio, onde é o seu lugar e a verdade sobre esse dragão.
Meu Amigo, O Dragão é um filme como clima tão pesado e com um drama tão forte, que mostra o quanto a Disney está mudando, deixando de “iludir” o telespectador de que o mundo é um mar de rosas. Na trama conseguimos refletir o quanto é difícil passar por problemas sozinhos, o quanto uma companhia – por mais diferente que seja – nos faz conseguir forças para continuar seguindo em frente.
Vamos falar sobre o pequeno Oakes Fegley, que ator maravilhoso! Hollywood está bem com esses atores mirins atuais, vamos ter grandes atores no futuro. Não digo isso apenas por Fegley, mas temos o incrível elenco de Stranger Things e o meu favorito, o pequeno e talentosíssimo Jacob Tremblay. Voltando ao filme, temos um elenco maravilhoso não se limitando apenas em um ou dois atores sobressaindo com suas atuações excelentes. Pensando por esse lado, “Meu amigo, O Dragão” parece ser um filme completo.
O remake do clássico de 1977 também tem seus momentos fracos, em certos momentos a trama começa a “correr atrás do próprio rabo”, o que acaba tornando a experiência meio cansativa. Mas não é algo que prejudique a trama de maneira negativa, a trama escrita por Lowery & Toby Halbrooks baseado no roteiro de Malcolm Marmorstein acaba sendo muito bem resolvida.
O filme, dirigido por David Lowery mostra uma nova fase da Disney e isso é algo bom, pois a lição de moral do filme – No caso de “Meu amigo, O Dragão”, mostra o quanto a presença da família e amigos é importante quando temos que passar por dificuldades – acaba se tornando mais impactante, não é apenas algo superficial e passageiro, nosso espirito absorve com mais eficiência a mensagem que o roteiro quer passar.
A Releitura do clássico filme da Disney, “Meu Amigo, O Dragão” tem uma história pesada de como a vida é bela, mesmo que tenhamos que passar por momentos difíceis. Mostrando o quanto é importante não estar sozinho. Além de ter um efeito especial maravilhoso, até porque temos a presença de um Dragão praticamente o filme todo, mas isso não incomoda nenhum um pouco, pois souberam adapta-lo perfeitamente.
Como de costume, “Meu Amigo, O Dragão” é um filme perfeito para assistir com a família ou aquela pessoa amada, praticamente um padrão dos filmes Disney.