CRÍTICA | Rainha de Katwe

Rainha de Katwe trás uma mensagem forte sobre desigualdade social e preconceito, e sobre nunca desistir dos seus sonhos.

Phiona Mutesi é uma jovem de Uganda que faz de tudo para alcançar o seu objetivo de se tornar uma das melhores jogadoras de xadrez do mundo. Órfã de pai e moradora de uma região bem pobre, Mutesi foi obrigada a largar a escola por falta de dinheiro, mas agora está decidida a enfrentar todos os obstáculos para tornar seu sonho realidade.

Lupita vive Harriet Mutesi, a mãe de Phiona , a atriz mostra mais uma vez o quanto tem facilidade em atuar. Sua personagem exige muito, pois Harriet é uma mãe solteira que tentar sustentar o seus quatro filhos, sem uma atuação força, Lupita consegue passar para o expectador o sofrimento da personagem.

Madina Nalwanga vive a protagonista, não tem uma atuação impecável, mas seria injusto criticar de maneira negativa a sua performance. Talvez seja um grande equívoco da minha parte, mas faltou um pouco de carisma em sua personagem.

David Oyelowo vive o treinador Robert Katende, assim como Lupita, Oyelowo tem uma atuação brilhante, e o que falta de carisma na performance apresentada por Nalwanga, sobra em seu personagem.

O filme tem uma ótima direção de Mira Nair e um roteiro bem resolvido e impactante de William Wheeler. A trama impactante mostra o quanto uma mãe pode fazer pelos seus filhos, como as vezes abandonamos nossa família por pouca coisa e mesmo assim ela nunca nos abandona.

A desigualdade social é o principal assunto debatido no filme. A trama é um verdadeiro tapa na sociedade. A excelente direção de fotografia permite que a experiência seja ainda mais cruel – ou que o tapa na cara seja mais doído.

Mas assim como todo filme Disney, tem aquela mensagem positiva de nunca desistir do seus sonhos, se dedicar as coisas que realmente ama e claro, aprender com os seus erros. Rainha de Katwe pode ser considerado uma verdade inconveniente que todos deveriam ver.