22 de Novembro de 2024
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CRÍTICA | Rogue One: Uma História Star Wars

Ser fã de qualquer grande saga é algo único, todas as grandes sagas possuem seguidores fiéis, que criam teorias maravilhosas, buscam detalhes nas histórias contadas e imaginam outros que ainda não foram contados. Após assistir Rogue One podemos afirmar que o diretor Gareth Edwards é um grande fã e seguidor fiel da Saga Star Wars. […]

  • dezembro 15, 2016
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CRÍTICA | Rogue One: Uma História Star Wars

Ser fã de qualquer grande saga é algo único, todas as grandes sagas possuem seguidores fiéis, que criam teorias maravilhosas, buscam detalhes nas histórias contadas e imaginam outros que ainda não foram contados. Após assistir Rogue One podemos afirmar que o diretor Gareth Edwards é um grande fã e seguidor fiel da Saga Star Wars. Além de mostrar uma certa superioridade ao incrível trabalho de J.J. Abrams em O despertar da força.

Na trama, Jyn Erso (Felicity Jones) foi afastada de seu pai ainda criança, Galen (Mads Mikkelsen), devido à exigência do diretor Krennic (Ben Mendelsohn) que ele trabalhasse na construção da arma mais poderosa do Império, a Estrela da Morte. Criada por Saw Gerrera (Forest Whitaker), ela teve que aprender a sobreviver por conta própria ao completar 16 anos. Já adulta, Jyn é resgatada da prisão pela Aliança Rebelde, que deseja ter acesso a uma mensagem enviada por seu pai a Gerrera. Com a promessa de liberdade ao término da missão, ela aceita trabalhar ao lado do capitão Cassian Andor (Diego Luna) e do robô K-2SO.

Rogue One, assim como qualquer filme da Saga Star Wars, possui personagens memoráveis e incríveis, temos o diretor Orson Krennic (Ben Mendelsohn), representando o topo da pirâmide de oficiais e a ganância do Império, um personagem maligno e misterioso que é capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer; Jyn Erso (Felicity Jones) consegue manter a força e a essência que vemos na Leia e na Rey, talvez ela não seja tão carismática quanto ambas, mas é uma personagem que mostra a sua importância. Cassian Andor (Diego Luna), um personagem que você pode começar “odiando” e terminar amando, sua personalidade representa o lado bom e lado podre da Aliança Rebelde; K-S2O (Alan Tudyk), mais um droide para conquistar o coração dos nerds, o robô serve de alívio cômico para o tom sombrio e pesado do filme.

Não posso deixar de falar de uns dos meus atores preferido da atualidade e de sua importância no filme, que orgulho do Donnie Yen, ele vive Chirrut Imwe, seu personagem não é um Jedi, mas tem inspiração em suas formas e tem usado sua espiritualidade para superar sua cegueira, é um guerreiro formidável. Chirrut se enquadra na categoria de monge guerreiro. Ele ainda acredita em tudo que os Jedi fizeram e que eles protegiam a galáxia, mesmo eles não existindo mais, Chirrut tem uma grande admiração a eles. Chirrut faz a ligação entre a acreditar na força e a importância que os Jedis tiveram na saga. Resumindo, todo o elenco funciona muito bem. Todos possuem suas qualidades, traços marcantes e grandes momentos.


Gareth não fez um filme apenas para aqueles fãs mais exigentes, ele fez um filme para conquistar novos fãs, ele realmente soube fazer um trabalho memorável. Diferente de Lucas e Abrams, Gareth não tem medo de sujar as mãos, de arriscar, inovar, de fazer o “trabalho sujo” que faltava em Star Wars. O filme tem a essência de Uma Nova Esperança, mas segue seu próprio caminho respeitando toda a saga e principalmente os fãs.

Rogue One não tem medo de mostrar o lado negro da Aliança Rebelde, que para tentar derrotar o Império tem atitudes moralmente condenáveis. Matar, espionar, condenar, ordenar, não são características exclusivas do tio Vader. Isso faz com que o clima de terror e tensão, inicialmente apresentado pelo império, fique ainda mais catastrófico.

Não espere o letreiro inicial e a música de Michel Giacchino é quase independente, embora parta da construção já estabelecida por John Williams. Isso por conta de uma diferenciação explícita, estratégia da Disney e Lucasfilm para separar o filme da saga principal.

Sobre o uso da tecnologia, o filme segue o que O Despertar da Força fez, utilizando o CGI apenas quando realmente é necessário. Temos batalhas épicas e com efeitos maravilhosos e sem exagero, dentro do possível, pois estamos falando de Star Wars.

Com um Darth Vader implacável e personagens moráveis, Rogue One chega para mostrar um lado de Star Wars que muitos não conheciam e poucos podem querer aceitar. Um filme emocionante para os fãs de longa data e os novos padawans que estão descobrindo o verdadeiro poder da força. A verdade de uma guerra cruel, onde o diretor explora o lado negro do bem e do mal.

https://www.youtube.com/watch?v=Nujl3G75UEw

About Author

Carlos Rabello

Apaixonado por filmes, séries, Marvel e DC. Gavião Arqueiro, Capitão Frio e Demolidor nas horas vagas. Já ganhei um beijo da Jessica Jones (Krysten Ritter) e da Vespa (Evangeline Lilly). Também fui manipulado pelo Kilgrave (David Tennant). Um dia serei o maior mestre Pokemon Go do mundo!