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Cinema

CRÍTICA | Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos

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Estando em produção há mais de dez anos, Warcraft encontrou seu primeiro diretor em Sam Raimi, o responsável pela trilogia original do Homem-Aranha. Raimi acabou saindo do projeto e o filme foi para as mãos do novato Ducan Jones, que tinha apenas dois filmes em seu currículo antes de começar a trabalhar do blockbuster.
Situado em Azeroth, Warcraft conta a história do início dos conflitos entre orcs e humanos. Já nas cenas iniciais temos uma horda de orcs sendo liderada por um poderoso bruxo encapuzado chamado Gul’dan. Ele usa um tipo de portal mágico para que os orcs possam fugir de seu mundo moribundo e entrar em Azeroth. Gul’dan precisa de almas mortais para alimentar a sua magia negra, que funciona como combustível para o portal entre os dois mundos.


Warcraft prometia ser um grande filme, porém, acabou se perdendo logo em sua primeira parte onde procurou introduzir ao mesmo tempo muitas coisas bem distintas e isso pode ter sido crucial para causar um cansaço para aqueles que queriam ver algo bem “dinâmico”. A introdução do filme onde mostrava o grande chefão dos orcs invocando magia e se mostrando realmente ‘O FODÃO’ onde o personagem acabou passando uma imagem na qual não foi explorada no final das contas, ao mesmo tempo que mostrava dois orcs revelando estar esperando um bebê orc, ao mesmo tempo que iam pra uma batalha e escondiam esse fato. E não para por ai. O filme começa e introduz o personagem humano, um feiticeiro desertor e o “guardião”, um personagem extremamente importante e realmente relevante pro enredo que foi mal entregue para a história, aparecendo meio que do nada e forçado a assumir um grande papel.
O quando o filme engrena, finalmente ficamos envoltos na história – até que – mais uma vez, o filme se perde em idas e vindas de um clímax extremamente mal explicado e explorado onde mostrou lutas simultâneas, logo depois, a junção dos protagonistas de ambas batalhas para enfim se enfrentarem. Além disso, diversas pontas foram deixadas soltas indicando uma sequência, o que acho errado em um “filme piloto” que não tem nenhuma garantia de uma continuação, sendo assim um desrespeito com os fãs da franquia.


Mais uma crítica direta ao enredo está relacionada ao pseudo-romance entre o humano e a meio-orc, os personagens não tem NENHUMA química e nenhum carisma para estarem juntos, talvez uma forma forçada de envolver um romance marcante na trama nem um pouco funcional. Ainda falando de carisma, nenhum outro membro do elenco conseguiu demonstrar uma atuação necessária para aprofundar seu personagem dentro do universo de Warcraft.
Em relação a parte técnica do filme, está realmente impecável. Bela fotografia, belas direções de cena, efeitos visuais e sonoros realmente convincentes. Nisso, definitivamente o filme é um prato cheio e talvez isso cubra os furos do enredo para os fãs adolescentes não tão exigentes que talvez seja o público alvo dos envolvidos.


Enfim, “Warcraft – o Primeiro Encontro de Dois Mundos” é sim um filme que merece ser assistido, ele encanta pelo seu visual e pelas suas peculiaridades e por sua direção, porém, o seu roteiro estraga por deixar superficial de uma forma que não absorvemos quase nada da história, é só mais um filme daqueles que não veríamos duas vezes.

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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