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Comic Books e Literatura

DC Rebirth: O Melhor e Pior dos 9 Primeiros!

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Nas últimas 3 semanas, o mundo dos quadrinhos foi tomado por uma nova onde de lançamentos, dessa vez pelas mãos da DC Comics. Com sua nova linha editorial DC Rebirth, a editora procura trazer de volta um senso de otimismo, esperança e heroísmo há muito tempo perdido em suas séries regulares.

Aqui no AcessoGEEK vocês já leram a resenha da edição especial DC Rebirth, o “alfa” para toda essa nova fase. E, duas semanas depois de sua publicação, estamos felizes em afirmar que as 9 novas edições que seguiram foram muito boas. Nenhuma chegou à altura daquela primeira edição, mas aqui se trata de uma comparação injusta: como vocês leram na resenha original, ali se tratava de algo muito amplo, existencial e realmente especial (sem falar em 80 páginas de estória).

Dessas 9 edições, 7 delas carregam o sub-título “Rebirth”, enquanto 2 delas são edições regulares propriamente ditas. O que isso quer dizer? Na verdade, as edições com “Rebirth” no nome servem como prelúdio para suas sagas correspondentes, como se estivessem armando o tabuleiro para uma grande partida.

Nesse artigo, vamos falar um pouco de cada umas dessas 9 publicações, da pior para a melhor, para ajudar vocês a escolher o que querem ler. Aviso: impossível evitar spoilers nesse tipo de post, então cuidado. Além disso, vai demorar um pouco (algo como 10 meses) para essas edições chegarem ao Brasil pela Panini. Para os mais ansiosos, os apps da própria DC Comics e da Comixology são boas opções legais (vulgo, pagas) para acessar esse conteúdo.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa!

9. Aquaman Rebirth

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Equipe Criativa: Dan Abnett (Roteiro), Scott Eaton & Oscar Jiménez (Lápis)

Trama: Narrado por um misterioso personagem (revelado na última página da edição), a estória mostra a dualidade do Rei Arthur (vulgo, Aquaman), entre a sua herança atlante e suas raízes no mundo da superfície. Enquanto Aquaman lida com uma célula terrorista xenófoba de Atlantis, sua mulher Mera atua como sua principal apoiadora no governo, ao longo do parceiro Garth (uma vez Aqualad, hoje com o nome “mais bacana”de Tempest). Ao final, descobrimos que um grande vilão do herói está prestes a retornar, com planos longos e ambiciosos contra Arthur.

Nota e Avaliação: 7/10. A edição não é ruim, mas esperava mais do roteiro de Dan Abnett, conhecido por infundir ao mesmo tempo muita personalidade e reviravoltas em seus melhores trabalhos. Aqui dá para perdoar dado o tipo de edição “preparem-se, aqui vem estória”, mas a série vai precisar mostrar ao que veio nos números regulares. O que é mais interessante é ver como o próprio mundo enxerga Aquaman, com aspectos irreais de seu personagem (não, ele não fala com peixes!), sendo incorporado como cultura pop ao redor da personalidade real. A troca de dois artistas principais não ajuda muito, até porque não há um claro momento na estória onde a troca dos desenhistas faça sentido.

8. Superman Rebirth

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Equipe Criativa: Peter Tomasi & Patrick Gleason (Roteiro), Doug Mahnke (Lápis)

Trama: O novo-antigo Superman tenta preencher o vácuo deixado pela morte do antigo-novo Superman. Explico: o Superman da linha “Novos 52″morreu salvando o planeta na última edição de sua série anterior. O Superman pré Novos 52 (o que muita gente conhece) na verdade estava vivendo nessa Terra com sua versão de Lois Lane e seu filho poderoso, Jonathan Kent. Com a morte de sua versão mais jovem, esse Superman busca entender se seria possível trazer o jovem Clark Kent de volta à vida, com a ajuda especial de Lana Lang.

Nota e Avaliação: 7.5/10. Também na linha de preparar o terreno para as várias séries da família Super que farão parte de “DC Rebirth”, essa edição especial apresenta um panorama muito bem realizado da vida desse antigo Superman, que para muitos fãs ainda é o Super “de verdade”. Suas descobertas nesse mundo novo – suas limitações, variações e restrições – são um bom contraste a um personagem acostumado a conseguir fazer tudo. Aqui, quando ele enxerga que algumas coisas estão fora mesmo de seu alcance, nós leitores vemos um lado mais humano do personagem, sem retirar do mesmo sua força e poder. Arte competente de Doug Mahnke, com alguns painéis realmente incríveis.

7. Green Lanterns Rebirth

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Equipe Criativa: Sam Humphries & Geoff Johns (Roteiro), Ethan Van Sciver & Ed Benes (Lápis)

Trama: Quando dois novos Lanterns Verdes (daí o plural do título) são assinados para o setor mais podre do Universo (o nosso, velho e bom 2814), Hal Jordan se apresenta como um mentor para os dois. Jessica Cruz (que fora quase dominada pelo mal do Sindicato do Crime) e Simon Baz (um ex-detento acusado injustamente baixo circunstâncias atenuantes) precisam se preparar para um mal (os Lanternas Vermelhos) e um mistério (uma aparente nova arma vindo de uma antiga facção de Guardiões do Universo).

Nota e Avaliação: 8 de 10. A afinidade que tanto Geoff Johns e Van Sciver têm com a mitologia do Lanterna Verde é óbvia e transparece nessas páginas. Responsável pelo “Green Lantern Rebirth”original, a dupla passa o bastão para Sam Humphries e Ed Benes. A trama funciona e gera expectativa para um “buddy cop”, dado que claramente Jessica e Simon não vão muito com a cara do outra. As comparações com “Máquina Mortífera”surgem rapidamente. E um dos splash pages, quando Hal apresenta ambos a, digamos, uma liga mais do que especial, valem a edição por si só.

6. Batman Rebirth

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Equipe Criativa: Scott Snyder & Tom King (Roteiro), Mikel Janín (Lápis)

Trama: Enquanto enfrenta uma nova incarnação do Homem Calendário (Julian Day) ao longo das estações do ano, Batman entende que alguns ciclos deveriam ser quebrados. E tem a oportunidade de tomar essa chance quando Duke Thomas – o atuante Robin de “Robin Wars”- aceita a proposta de trabalhar na família do morcego.

Nota e Avaliação: 8.5 de 10. Prestem atenção na arte de Mikel Janín. Artista ainda não muito conhecido, mas cujo traço, continuidade e diagramação surpreendem. Vamos ver coisas muito boas dele pela frente. A dupla Snyder e King dispensa introdução e conta, em uma trama simples e elegante, os estilos de Bruce Wayne, Alfred, Lucius Fox e mesmo Duke Thomas, sem que pareça exposição excessiva a novos leitores. A edição não traz muito em termos de gancho, fora uma surpresa para Duke, mas abre o apetite para as séries regulares de All Star Batman (de Snyder) e Batman (de King).

5. Action Comics 957

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Equipe Criativa: Dan Jurgens (Roteiro), Patrick Zircher (Lápis)

Trama: O novo-antigo Superman (preciso arrumar um apelido melhor!) mal está se acostumando com sua vida como protetor de seu novo mundo, quando Lex Luthor se apresenta como o real defensor de Metrópolis. Apesar desse Lex ter atuado junto à Liga da Justiça, Super não aceita o fato dele carregar o brasão do “S”livremente. Obviamente que o conflito surge do encontro dos dois, mas não sem surpresas. Um aparente vivo Clark Kent dos “Novos 52″está andando por Metrópolis, ao mesmo tempo que Apocalypse faz seu retorno.

Nota e Avaliação: 8.5 de 10. Fazia tempo que eu sentia falta de uma edição do Superman que eu sentisse orgulho do azulão. Por isso que essa estória ganha no empate com Batman Rebirth. O próprio Lex Luthor percebe o herói mais seguro, mais experiente. Dan Jurgens sabe escrever o personagem muito bem (lembrem, a seminal “Morte do Superman” é de autoria dele, assim como a crição conceitual do Apocalypse) e há vários momentos na edição que queremos ver mais de todos os personagens, primários e secundários (um painel com “Go, dad, go!” é sensacional). Não conheço muito da arte de Zircher, mas faz aqui um trabalho competente, ainda que sem grandes imaginações.

4. Flash Rebirth

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Equipe Criativa: Joshua Williamson (Roteiro), Carmine Di Giandomenico (Lápis)

Trama: Na edição mais atrelada a “DC Rebirth”, Flash reconta partes daquela estória, com o reencontro de Barry Allen e o Wally West original, enquanto Barry investiga um assassinato muito parecido com o de sua mãe, anos atrás.

Nota e Avaliação: 9 de 10. A amizade e respeito dos dois heróis é retratada de uma forma ótima (Barry avisa Wally que ele não é mais um Kid Flash e que precisa de um uniforme novo). Além disso, vemos Barry interagindo com Batman – ambos como detetives forenses – o que reforça a ambição da linha editorial de reestabelecer vínculos esquecidos dos personagens. Agora, o que realmente faz a diferença aqui é a arte de Giandomenico. Vou falar pouco sobre ela, mas divido uma painel que abusa da simetria dos dois velocistas em plena ação.

3. Wonder Woman Rebirth

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Equipe Criativa: Greg Rucka (Roteiro), Matthew Clark & Liam Sharp (Lápis)

Trama: a Mulher Maravilha, após um combate aquém de suas habilidades, passa a se questionar quanto à sua história e origem. Incapaz de reconciliar as várias “verdades”sobre si mesma, Diana usa o laço da verdade ao seu redor e descobre, pelas sua própria boca, que está sendo enganada. Uma jornada ao Olimpo começa a mostrar quão fundo essa ilusão realmente é.

Nota e Avaliação: 9 de 10. Greg Rucka tem muita familiaridade com a Mulher Maravilha e essa edição escancara essa habilidade. Diana é forte e se questiona ao mesmo tempo e a deixa para uma investigação do íntimo da heroína convida os leitores a irem juntos. A nota só não é mais alta por conta das mudanças de desenho principal; fica a ansiedade para a série regular, com desenhos de Liam Sharp (ótimo aqui) na trama que se dará no presente (edições ímpares) e Nicola Scott na trama do passado (edição pares).

2. Green Arrow Rebirth

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Equipe Criativa: Benjamim Percy (Roteiro), Otto Schmidt (Lápis)

Trama: o Arqueiro Verde investiga uma grupo de seqüestradores mutantes que está abduzindo vítimas pobres de Seattle, enquanto se encontra em uma das primeiras vezes (?) com a Canário Negro.

Nota e Avaliação: 9.5 de 10. Aviso: não sou um dos maiores fãs de Oliver Queen. Não, não estou falando do personagem da CW, mas sim dos quadrinhos (aquele cara da CW nem é o Oliver mesmo, podem vir haters). Agora, essa edição é incrível, da arte limpa e detalhada e da provocação da trama de que Oliver e Dinah se conhecem há mais tempo. Para quem leu “DC Rebirth” a resposta é clara, mas para os dois protagonistas, não. A edição gera uma expectativa muito grande para a série regular, com dois personagens tão fortes, com um passado tão rico, que irão reaprender a se amar.

1. Detective Comics 934

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Equipe Criativa: James Tynion IV (Roteiro), Eddy Barrows (Lápis)

Trama: Um vilão fingindo ser o Batman ataca Azrael, o que leva o verdadeiro Batman a pedir ajuda a Batwoman para recrutar, treinar e proteger uma nova geração de vigilantes de Gotham. E o Cara de Barro também.

Nota e Avaliação: 10 de 10: O que dizer de uma edição que traz Batman e Batwoman em plena forma, o Robin (o nome Red Robin que se dane) Tim Drake, Spoiler, Cassandra Cain e o Cara de Barro em uma mesma trama? E que além disso mostra uma revelação entre Bruce e Kate Kane realmente especial? Além de uma premissa boa demais (escola de vigilantes em Gotham!), com um vilão misterioso com um exército como antagonista. Posso falar que a arte é linda, que lembra a diagramação de J. H. Williams III, mas já estaria babando demais…

E aí? O que acharam da nossa lista? Concordam, discordam? Deixem os comentários abaixo!

Quadrinhos, séries e filmes são meu principal hobby e necessidade básica do dia-a-dia! Jogador velhaco de videogame, especialmente Nintendo (por mais que isso seja difícil às vezes!). Provavelmente o maior fã de Marvel que você conhece!

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