Inteligência artificial quer que você consiga conversar com pessoas mortas
Quando se pensa em chatbots, uma das primeiras coisas que vêm à cabeça é o auxílio em serviços de telemarketing e agendamento de atividades. Mas uma empresa russa chamada Luka tem planos mais ambiciosos para essa tecnologia: permitir que as pessoas se comuniquem com entes queridos que já morreram. A ideia é de Eugenia Kuyda, […]
Quando se pensa em chatbots, uma das primeiras coisas que vêm à cabeça é o auxílio em serviços de telemarketing e agendamento de atividades. Mas uma empresa russa chamada Luka tem planos mais ambiciosos para essa tecnologia: permitir que as pessoas se comuniquem com entes queridos que já morreram.
A ideia é de Eugenia Kuyda, fundadora da companhia, que perdeu o companheiro Roman Mazurenko em um acidente de trânsito no ano passado. A ideia de Kuyda é permitir que as pessoas continuem interagindo com a “personalidade” de quem já morreu. Para isso, são incluídas todas as informações sobre a pessoa no banco de dados.
A criadora do sistema explica que a mensagem de texto é a melhor maneira de manter essa comunicação, porque as pessoas contam com a privacidade e sabem que não serão ouvidas, mantendo conversas mais profundas e pessoais. Kuyda conta que o plano é permitir que pessoas façam solicitações como “Eu quero que a minha filha seja capaz de me acessar como eu estava quando tinha 21 anos”.
A Luka conta com uma equipe de 14 engenheiros e usa redes neurais recorrentes bi-direcionais, além de recursos do TensorFlow, do Google, e GPUs para executar as rotinas de aprendizado de máquina.
“Estamos tentando obter um perfil psicológico completo das pessoas, então elas devem responder mil perguntas para que possamos chegar a compreendê-las muito, muito profundamente”, diz ela. As questões são projetadas para serem envolventes, para que as pessoas não se cansem de respondê-las. Fotos e informações de redes sociais também são armazenadas.
“O apego é a coisa mais importante aqui.. O sistema não precisa passar no teste de Turing, porque nos apegamos a um Tamagotchi, ou aos nossos sapatos. Em um ano ou dois, com redes de memória mantendo o contexto profunda da conversa, nós chegaremos lá e isso é inevitável”, explica.
Via ArsTechnica