Psylocke – A Ninja Britânica! #XMENWEEK

Para quem olha para a X-Men e heroína Psylocke, com seus trajes ninja e habilidades sobre-humanas nas artes marciais, fica um tanto difícil associá-la a uma origem tradicional britânica.
Mas, acreditem, é assim mesmo que a personagem começou sua jornada. Avante para saber mais!

Nome Real: Elizabeth “Betsy” Braddock

Poderes: Telepatia e Telecinésia no nível Omega, capaz de navegar o plano astral. Capaz de gerar uma adaga e katana de pura energia psíquica. Proeza em vários estilos de luta

Criadores e Primeira Aparicao: Chris Claremon / Herb Trimpe, em Captain Britain #8 (Dezembro de 1976)

Primeiros Passos:

Elizabeth Braddock começou sua jornada nos quadrinhos como uma personagem coadjuvante na estórias de seu irmão gêmeo, o Capitão Britânia (Brian Braddock). Inicialmente uma pilota de voos comerciais, muitas vezes usada como plot device da “dama em perigo”, Betsy lentamente começou a mostrar leves dons mutantes telepáticos e ajudar seu irmão em aventuras mais complexas, muitas delas contra o irmão mais velho  absolutamente maluco dos dois, Jamie Braddock (um mutante classe alfa também, com os dos de alterar a realidade).

Em um desses episódios, Elizabeth foi capturada por Espiral a serviço de Mojo, a criatura obesa e déspota, regente de uma dimensão onde os súditos são controlados por, bem, audiência televisiva. Nessa realidade paralela, Mojo buscava incessantemente drama, comédia e aventura: qual a melhor forma de conseguir isso se não sequestrar alguém como Elizabeth e esperar que seu irmão a salvasse?

Entretanto, para a surpresa de Mojo, quem partiu para o resgate foram os Novos Mutantes que acabaram salvando Betsy e voltando para a Mansão X. O que ninguém sabia é que esse era o plano de Mojo desde o começo: ele substitui os olhos originais de Elizabeth por biônicos, que constantemente filmavam tudo o que ela via em suas interações com os Novos Mutantes e X-Men. Sem saber disso, Magneto (o diretor chefe da escola na época) acolheu Elizabeth como uma X-Men, que acabou adotando o nome de Psylocke, dado seus crescentes dons telepáticos, muitas vezes manifestados com uma borboleta rosa ao redor de seu rosto.

A vida na Austrália e um Body Make-Over

Psylocke, como era de se esperar, teve uma vida muito atribulada junto aos X-Men. Foi dada como morta, junto de todo o time, depois da saga “Queda dos Mutantes”, quando os X-Men aparentemente entregaram suas energias vitais para derrotar o vilão místico, Adversário. Salvas pela entidade multiversal Roma (filha do famoso mago Merlin), Psylocke e os X-Men escaparam do olhar publico e foram morar em uma antiga base dos Carniceiros na Austrália. Alem dessa segunda chance à vida, Roma também fez com que o X-Men ficassem invisíveis a qualquer sistema eletrônica: foi nessa situação que os olhos biônicos de Psylocke passaram a agir como orgãos tradicionais.

Entretanto, a vida na Austrália não foi pacifica, tampouco durou muito. Quando o robô assassino Nimrod e os Carniceiros partiram para o ataque e extermínio dos X-Men, a única foram que Psylocke encontrou para salvar o time foi usar o ultimo presente de Roma, o portal conhecido como Siege Perilous (o Portal do Destino). Quem aceita atravessa-lo toma como certo uma nova chance na vida, com memorias, habilidades e localidades distintas. Atravessando-o, os X-Men na pratica debandaram e Psylocke desapareceu.

Quando ressurgiu, Psylocke estava totalmente transformada. Feroz, assassina e dentro de um corpo de um guerreira ninja, muitos pensaram que os efeitos do Portal do Destino a haviam transformado. Na verdade, a organização milenar Tentáculo encontro Betsy logo após ela ter cruzado o portal. Na ocasião, o líder desses assassinos Matsuo Tsurayaba sabia que seu grande amor, a guerreira Kwannon, estava perecendo. Como a antiga rixa com Espiral seguia viva, a vila ofereceu a Matsuo salvar Kwannon: tudo o que era necessário era trocar as essências das duas mulheres de corpo. Kwannon passou a habitar o corpo de Elizabeth, e Psylocke se tornou uma guerreira ninja, conhecida como Lady Mandarin.

Foi somente após um combate com Wolverine e Jubileu que Betsy conseguiu escapar do aparente transe em que se encontrava. Na verdade, sem que ela soubesse na época, parte da mentalidade de Kwannon havia passado para Psylocke (e vice-versa) , o que gerou uma seria de comportamentos inusitados, desde a habilidade de gerar katanas e adagas de energia psíquica, mas também o de tentar seduzir o líder dos X-Men, Ciclope, quando ela reingressou aos X-Men.

Uma vida não tão longa como X-Men

Lentamente, Psylocke foi reconquistando seu espaço junto aos X-Men, em especial quando a assassina Kwannon ressurgiu, afirmando que na verdade ela era a real Betsy Braddock, e não a impostora ninja. Psylocke logo desmascarou essa farsa, revelando que Kwannon (no corpo original de Betsy) estava acometida pelo vírus Legado, fatal e sem cura aos mutantes. Apesar dos X-Men tantarem salva-la, Kwannon morreu e Betsy estava, para sempre, presa ao corpo ninja de seu alter-ego Psylocke.

Aventuras foram muitas. Ao longo delas, Betsy e Warren Worthington III – o Arcanjo – desenvolveram uma paixão e um amor duradouro dentro do time. Amor esse que ajudou Warren a recuperar sua persona como Anjo (e suas asas orgânicas) e que foi critico para salvar Psylocke de uma experiência de quase morte acerta. Atacada pelo vilão Dentes de Sabre, Betsy ficou hospitalizada; foi necessário o esforço conjunto de Wolverine e Anjo em recuperar uma artefato magico, alinhado com as tradições ninja do corpo de Kwannon, para trazer Elizabeth de volta. Não foi sem custo, entretanto: o Crimson Dawn alterou ainda mais o comportamento de Elizabeth, deixando-a mais fria, o que acabou por destruir o romance com Warren.

Afastando-se gradualmente no principal grupo de X-Men, Betsy aceitou um convite de Tempestade de forma um time paralelo os “X-Men Extremos”, que partiram na busca de diários da mutante Sina, diários esses que continham registros de eventos futuros críticos para a sobrevivência mutante. Como era de se esperar, mais pessoas estavam interessadas nesses diários. Protegendo o time de um desses vilões, o guerreiro Vargas, Psylocke pereceu nos braços de seu colega de equipe Fera.

A ressurreição e vida atual

Betsy foi trazida de volta à vida por obra de seu irmão mais velho, Jamie, o controlador de realidade. Usando seus poderes a partir do medo de ser derrotado por inimigos extra-dimensionais, Jamie trouxe Betsy como uma guerreira protetora. Apesar de ajudar o irmão a se salvar, o destino de Betsy a levou novamente aos X-Men, mesmo em momentos de rixa entre Ciclope e Wolverine. O mutante nanico na época formava um grupo de ataque de elite – a X-Force –  que atuaria escondido dos olhos de Ciclope. Nesse grupo Psylocke acabou se reaproximando de Warren (em sua persona de Arcanjo). Dessa vez, era Warren que estava se tornando frio e distante: na verdade, a influencia de Apocalipse, presente desde sua transformação em Cavaleiro da Morte, estava transformando Warren em um herdeiro do mutante ancião. Incapazes de salvar seu colega, a X-Force deixou nas mãos de Psylocke o destino de Warren… Não foi algo bonito.

Atualmente, apesar de Warren ter voltado a vida – em mais de um corpo, porque nada nunca pode ser simples – Psylocke mergulhou na vida super-heróica. Trabalhando ao lado de Magneto e seu grupo black-ops de X-Men, Betsy luta para proteger mutantes ao redor do mundo, em um ambiente cada vez mais hostil. Mas tendo Dentes de Sabre nessa equipe (ainda que aparentemente regenerado) não pode ser um bom sinal para a ninja, britânica, telepata e telecinética heroína!