PUNHO DE FERRO | O primeiro fracasso da parceria entre Marvel/Netflix?
Parece que depois de três programas de grande sucesso, a Marvel e a Netflix têm em mãos seu primeiro fracasso de produção. As primeiras críticas para Punho de Ferro estão saindo, e os comentários sobre a adaptação para o streaming das histórias do herói Danny Rand não são nada boas. As críticas sugerem um programa […]
Parece que depois de três programas de grande sucesso, a Marvel e a Netflix têm em mãos seu primeiro fracasso de produção.
As primeiras críticas para Punho de Ferro estão saindo, e os comentários sobre a adaptação para o streaming das histórias do herói Danny Rand não são nada boas.
As críticas sugerem um programa lento e sem ritmo, que falha em apresentar uma história interessante sobre o protagonista, e que ainda por cima carece de qualidades técnicas de produção (na ambientação de cenários, na fotografia ou na execução de sequências de ação).
Selecionamos abaixo críticas de dois dos mais importantes veículos de entretenimento da imprensa americana, destacando os pontos mais marcantes dos comentários sobre a série Punho de Ferro.
Confira as críticas:
- Daniel Fienberg, do The Hollywood Reporter:
“Depois de três sucessos criativos consecutivos, três introduções acima da média de personagens, a parceria entre Marvel e Netflix tem seu primeiro grande fracasso. Punho de Ferro é um retrocesso em todos os níveis, uma grande decepção que peca por problemas sérios de narrativa.
Há vários atributos que as séries anteriores da Marvel/Netflix realizaram tão bem que faltam em Punho de Ferro, como: autenticidade da ambientação; subtexto e história pregressa de seus personagens; e um adversário à altura do herói.
O número de arquétipos básicos de personagens que falta em Punho de Ferro é desconcertante. Não há nenhum vilão, mas também não há alívio cômico, ou uma voz sábia de autoridade, ou uma apresentação de história bem contada. Não há ninguém que você goste de passar o tempo assistindo.
Além de não introduzir um personagem principal com quem eu possa me importar, Punho de Ferro não apresentou nenhum arco narrativo ou objetivo da trama que eu poderia descrever para você, muito menos algum pelo qual eu poderia ficar curioso em acompanhar.
Com um grande encontro dos quatro heróis a caminho (em Os Defensores), esta pisada de bola não poderia ter ocorrido num momento pior para a Marvel e a Netflix. O bom é que eu realmente gosto de Demolidor, Jessica e Luke”.
- Maureen Ryan, da Variety:
“Muitos dramas de plataformas de streaming têm problemas de ritmo, e até mesmo os melhores programas da Marvel na Netflix tinham subtramas apenas para matar tempo. Mas Punho de Ferro é o exemplo mais frustrante e incrivelmente chato de um programa que se arrasta na tela.
Não há qualquer elemento desta lenta obra que funcione. As cenas de ação não têm atração, brilho ou originalidade. Nenhum dos personagens – rasos e desinteressantes – deixa qualquer impressão duradoura. E a história de origem de Danny Rand (Finn Jones) é tão emocionante como ver uma fatia de queijo derretendo no Sol. Leva uma eternidade para qualquer coisa acontecer em Punho de Ferro, e à medida que a narrativa tropeça em si mesma, o design de produção sem inspiração, a fotografia batida e as linhas de diálogo dolorosas não conseguem distrair o espectador da total falta de profundidade e cuidado da série.
A história de um jovem órfão rico que é convocado para um propósito maior ou que adquire superpoderes é um fenômeno da cultura pop que já foi visto muitas vezes antes, mas desde LEGO Batman até as primeiras temporadas de Arrow provam que, nas mãos certas, ainda há o que se fazer com essa premissa. O ator Finn Jones, no entanto, é tão sem graça e sem carisma no papel principal que ficamos esperando por cenas em que Jessica Henwick aparece como uma instrutora de artes marciais. Mas Henwick, que fica com um papel pouco aproveitado, e o ator David Wenham, que estava excelente em Top of the Lake, não conseguem salvar o programa do tédio”.