REVIEW | ASSASSIN’S CREED VALHALLA
Com o passar do tempo, a franquia foi se reinventando passando a adotar alguns elementos voltados para o RPG, o que agradou uns e desagradou outros. Em defesa da escolha da Ubisoft, eu acredito que isso trouxe…
Assassin’s Creed chega em mais um ano para aliviar o clima de um momento tão difícil para a humanidade (estamos falando da vida real, embora tenha soado como um teaser de filme apocalíptico). E como de costume, a franquia favorita daqueles que curtem uma boa aventura baseada em épocas históricas da vida real preparou uma aventura épica, marcante e emocionante chamado Assassin’s Creed Valhalla, quer saber o que achamos do game?
Com o passar do tempo, a franquia foi se reinventando passando a adotar alguns elementos voltados para o RPG, o que agradou uns e desagradou outros. Em defesa da escolha da Ubisoft, eu acredito que isso trouxe mais diversidade as escolhas dos jogadores, além de aumentar considerávelmente o tempo de jogo dos games, fazendo com que algumas pessoas levem mais de 70 horas de exploração em um mundo repleto de desafios.
Nas primeiras horas, você é lançado no drama político gelado da Noruega do século IX, onde a guerreira viking Eivor corre por ilhas cobertas de neve tendo conversas severas sobre o futuro de seu clã. (Você pode jogar como uma versão masculina ou feminina de Eivor, ou trocar o jogo entre eles em intervalos. Eu escolhi Eivor feminina).
Na história – após alguns conflitos – você e seu irmão Sigurd partem para a Inglaterra a fim de construir uma nova vida na nova região, e de fato, tudo começa a mudar, tudo melhora quando você chega ao país (exceto o clima). Eivor e Sigurd estabelecem o assentamento de Ravensthorpe e a partir daí os personagens começam a formar alianças para cumprir os seus objetivos. Inevitavelmente, isso significa cavalgar pelo interior pitoresco (ou navegar por rios em seu barco), resolver os problemas das pessoas, coletar saques e escalar igrejas, penhascos e ruínas romanas. Ou seja, total Assassins Creed, né?
O Egito e a Grécia antigos eram relativamente fáceis de desfrutar, quer você estivesse cavando túneis sob a Esfinge ou pendurado no pênis esculpido de uma estátua de Zeus, então, mas aqui, o clima dificulta um pouco a sua jornada e te apresenta desafios diferentes dos que você estava acostumado a ver. Mas, embora este vasto playground seja menos vistoso, logo começa a parecer mais rarefeito. Os pontos de interesse em seu mapa são intrigantes – um prédio trancado que deve ser aberto com um pouco de planejamento, um homem vendendo um elixir que promete riqueza instantânea ou um pedaço de tecido que por acaso está flutuando acima de uma pista de obstáculos de parkour. Eu me acostumei a ativar o meu piloto automático em jogos vastos de mundo aberto organizando ícones no mapa, farmando uma coisa de cada vez e somente em momentos que eu necessitava daquele item, ou upando tais habilidades durante a jornada baseado no que eu necessitaria a seguir, mas em Assassins Creed Valhalla isso não me pareceu o suficiente. Há repetição, claro, mas também há muitas novidades e isso foi o que me fez ficar horas e horas na frente do PC, explorando as terras Vikings.
Há muitos vilarejos para saquear, mas agora esse ato que também já é conhecido pelos jogos passados da franquia são tratados como ataques Vikings, nos quais você encalha seu navio na lama, sopra sua buzina para alertar os combatentes e parte para a batalha. Lutar contra pessoas corpo a corpo é a mistura usual de esquivas e defesas, mas há adições legais, como empunhar duas mãos, que alteram o ritmo do combate. Existem números absurdos de ataques especiais para desbloquear e adicionar ao seu repertório de combate e agora eles estão ligados à exploração, bem como ao aumento de nível, o que é uma mudança interessante.
Embora eu tenha gostado muito do jogo, não posso falar que ele é perfeito no geral. A jogabilidade, o sistema de combate, de farming e de evolução do personagem é algo realmente muito chamativo e cativante, assim como os personagens. A ambientação é INCRÍVEL e te dá a impressão de estar dentro de uma série ou filme Viking a todo momento. Mas a história, em alguns momentos fica um pouco massante e entendiante. Claro, por ser um jogo que requer mais de 60 horas para exploração total, o cansaço de quem está jogando por horas também deve ser levado em consideração, mas para essa “fadiga mental” não acontecer eu fiz várias pauas, passei alguns dias sem jogar achando que o problema era o meu cansaço, mas continuei achando algumas partes da história nada envolvente.
Ainda falando sobre a história, Assassins Creed Valhalla demora um pouco para começar, mas não desanime com sua abertura sem alegria, porque o jogo de mundo aberto inteligente, inventivo e espirituoso que você espera está espreitando em algum lugar sobre essas colinas e vales sombrios.
Mas não me leve a mal, a história é sim bem legal de se ver e de se viver, mas tem alguns momentos em que alguns diálogos e momentos são totalmente relevantes, como aquela história: “Podíamos resolver toda essa reunião, só enviando um email”. Mas, definitivamente eu não quero que você desanime, todo o restante do jogo compensa, sem dúvidas.
Demorei bastante para escrever essa análise pois Assassins Creed desde o Origins, têm sido uma tarefa difícil de ter uma noção geral do quanto você pode ou não indicar para uma pessoa e depois de 83 horas de jogo eu me sinto apto a dizer que Assassins Creed Valhalla é uma experiência fora de série! Definitivamente o melhor jogo que explora a temática e história Viking que eu já joguei até o momento embora tenha momentos da história que não te prendem, todo o restante vale muito a pena e provavelmente te trará horas e horas de diversão.
Assassins Creed Valhalla está disponível para PlayStation 4, Xbox One , Xbox Series S / X e PC (via Ubisoft Store e Epic Games Store).