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REVIEW | Assassin’s Creed Valhalla: Dawn of Ragnarok

Jogamos na nova expansão de Assassins Creed Valhalla.

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Como foi prometido pela Ubisoft, Assassins Creed Valhalla segue com atualizações de conteúdo constantes o que na minha opinião pode firmar facilmente o jogo da franquia a ter mais conteúdos e agregar mais horas de jogo de todos já lançados. Com a chegada de Dawn of Ragnarok, nova DLC paga do game, o jogo atinge um novo patamar e inclui ainda mais aventuras e muito conteúdo para os fãs mergulharem de cabeça!

O que podemos dizer da expansão desenvolvida pela Ubisoft é que se trata de algo quase autônomo construído a partir das fundações sólidas – e envelhecidas – de Valhalla propriamente dita. Desta vez, não estamos mais explorando as raízes pagãs profundas em um pântano celta, nem a influência viking na Francia e sim a base de tudo isso, as crenças mais aprofundadas e sólidas do povo Viking.

Em Dawn of Ragnarok, como o título sugere voltamos a Valhalla como Havi (ou Odin como é bem mais conhecido). O foco da narrativa agora é total na era mitológica na qual os Vikings tanto se espelham e acreditam. No enredo, Havi é atraído para uma invasão do reino dos Anões, pelas forças combinadas dos Gigantes de Fogo de Muspelheim e dos Gigantes de Gelo de Jotunheim, onde cada um deles procuram subjugar os anões consertadores, e reivindicar o reino e suas riquezas minerais, como seu próprio coletivo. Também existem segredos sob o solo em Svartalfheim – a terra dos anões – que ajudam a construir o mistério por trás dessa invasão, representando pelo menos uma parte da história onde você irá se aprofundar.

Como sou acostumado a jogar os jogos de Assassins Creed há anos eu devo salientar que a expansão, embora possa passar a ideia de ser somente uma skin de mitologia nórdica para o jogo base, dá possibilidades inéditas ao jogador se focar em uma mitologia e não em histórias reais como de costume. Isso foi uma grande sacada dos desenvolvedores, criar algo fora da caixa para um jogo que não tem esse hábito, além de ser uma oportunidade boa de fazer isso sem perder a essência principal da franquia que é revisitar épocas históricas. Talvez por isso a ideia da Ubi foi colocar Dawn of Ragnarok como uma expansão e não como um jogo a parte.

Como nos DLCs de nível de expansão anteriores de Valhalla, Dawn of Ragnarok é uma história longa, repleta principalmente de narrativas levantadas do ponto de principal da série – as sagas Viking e isso é um dos principais pontos fortes do jogo, ele faz valer o seu dinheiro por ter uma qualidade extremamente válida para o jogador, além de uma infinidade de conteúdos. Durante nossa aventura em Svartalfheim, aprenderemos as histórias do trapaceiro Loki, testemunharemos a linhagem do ferreiro anão, Ivaldi, e conheceremos as inúmeras magias que permeiam os Nove Reinos. O mais legal disso tudo é que fazemos tudo isso através dos olhos de Odin, cuja maneira e tom rudes desmentem sua posição, mas reverberam o jeito Viking de ser.

Um dos pontos importantes tanto na trama quanto na jogabilidade é o presente que Havi recebe forjado pelos anões que lhe permite ativar um novo poder absorvido dos inimigos no mundo. Você pode ter dois poderes ativos ‘carregados’ nele, com quaisquer poderes subsequentes exigindo absorção primeiro e depois substituir totalmente qualquer um dos dois poderes ativos. No início, essa ideia parecia boa, pois exigia um pouco de premeditação sobre o estilo de jogo para o qual você provavelmente a usaria em qualquer empreendimento, mas depois de um tempo não caiu bem. Primeiro porque o poder mais significativo que você usará é o Poder de Muspelheim, e mesmo assim não se trata de se misturar com os invasores de fogo, que é uma das vantagens desse poder, e apenas mais sobre poder andar na lava. A maioria dos outros poderes parecem mais conveniências do que adições que mudam o jogo, e no geral há muito a ser dito sobre como seu lugar no jogo foi subutilizado de uma forma ‘forçada’. 

Claramente, os desenvolvedores queriam que a escolha do jogador estivesse à frente de qualquer estilo de jogo específico, mas há muitas oportunidades perdidas ao longo da experiência para uso destes poderes. E, além disso, mesmo o ‘desafio’ percebido de manter o medidor do bracelete cheio não era realmente um desafio, já que o jogo constantemente oferece pontos de recarga, além de matar inimigos. Essas facilidades tornam tudo fácil até demais e isso pode desagradar alguns jogadores mais experientes.

Para iniciar a jornada de Havi, você deve estar pelo menos no nível 340, mas caso você queira iniciar o jogo diretamente por Dawn of Ragnarok e só após jogar a história base de Valhalla, não se preocupe, além de não levar spoilers de um no outro, você também já inicia a história diretamente com o nível requerido de 340. Na minha experiência, achei a configuração padrão muito fácil, mas você pode dimensionar o mundo e a dificuldade para atender às suas necessidades. 

Vale a pena?

Assassins Creed Valhalla: Dawn of Ragnarok adiciona horas e horas de jogo ao jogo base, mas caso você ainda não tenha jogado Valhalla, é uma boa forma de começar e após sua aventura como Odin, voltar e jogar na pele de Eivor. Dawn of Ragnarok trás uma nova roupagem a Valhalla adotando novos elementos e fugindo de alguns estigmas da série, ao mesmo tempo em que se pode ser visto por muitos como uma skin nórdica ao já conhecido Valhalla, o que não deixa de ser uma meia verdade e talvez seja por isso que a Ubisoft tenha escolhido lança-lo como uma DLC e não como outro jogo, ou quem sabe um stand alone como aconteceu em outros momentos durante os anos de lançamentos.

Dawn of Ragnarok é uma boa expansão e no que se diz expandir nossa aventura no mundo Viking ele faz o que promete, mas falta muita coisa para justificar o seu preço, a DLC poderia ter nos dado, por exemplo, novos itens nas lojas, recursos diferentes para coletar e criar (embora você possa atualizar equipamentos para um novo nível, o que já é uma boa adição) etc. Embora existam muitas diferenças em relação ao que já jogamos no jogo base e suas outras duas expansões lançadas durante os quase dois anos de vida, elas não tornam a experiência diferente o suficiente. É algo pouco grandioso e pouco digno de seu personagem principal, mas mesmo assim se você é fã da saga e fã da mitologia, precisa dar uma chance a Dawn of Ragnarok.

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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