REVIEW | Battlefield V
Battlefield V chegou! E quase um ano depois da confusão das microtransações que envolveu a EA em más lençóis, foi a hora da empresa consertar as coisas com os fãs da empresa e o BF 5 chegou justamente mostrando que a empresa está sim se esforçando para conseguir dar a volta por cima. Certo, mas […]
Battlefield V chegou! E quase um ano depois da confusão das microtransações que envolveu a EA em más lençóis, foi a hora da empresa consertar as coisas com os fãs da empresa e o BF 5 chegou justamente mostrando que a empresa está sim se esforçando para conseguir dar a volta por cima. Certo, mas não é só isso, Battlefield 5 continua sendo um FPS decente, com combates eletrizantes, uma trilha sonora e efeitos sonoros de tirar o fôlego e cutscenes dignas de cinema.
Os fãs que – assim como eu – não abrem mão de uma campanha solo, podem ficar despreocupados! Ao contrário de seu concorrente Call of Duty Black Ops 4, a EA e a DICE resolveram manter o modo no qual fez com que Battlefield chegasse ao patamar que chegou hoje em dia, aí entra o War Stories, que são pequenas vinhetas que retratam campanhas anônimas da Segunda Guerra Mundial, esses episódios avulsos contam histórias que mexem com o emocional do jogador, dessa vez a desenvolvedora resolveu não criar só mais uma história de Guerra, Ação e Violência, o foco narrativo se volta bastante para o Drama da história desses veteranos de Guerra. O único ponto negativo é que cada uma dessas história, infelizmente duram somente algumas horas, deixando aquele gosto de ‘quero mais’, porém, a publisher já deixou claro que outras “War Stories” serão lançadas futuramente em forma de DLC.
A campanha é indispensável para você iniciar e conhecer os campos de guerra a ponto de ficar confortável nos vários terrenos disponíveis no game, além de conhecer as armas, se ambientar em relação aos inimigos e se acostumar com a jogabilidade, porém, não há nada muito novo em comparação aos jogos anteriores da franquia.
Outro grande trunfo do game – como já era de se esperar – é o modo multiplayer, as partidas que concentrarão mais jogadores em um mesmo mapa será a de Conquista e a Dominação focada na infantaria, na qual 64 jogadores se unirão para concluir seu objetivo. O ritmo é rápido, o modo é divertido, você pode jogar com amigos, porém, é algo que já vimos antes, portanto, não há nada de inovador aqui, falta originalidade. Porém, o game conta com algumas adições interessantes que vão despertar no mínimo a curiosidade de novos jogadores.
Os mapas são bem variados e isso torna o jogo bastante desafiador, pois você deve ter em mente locais estratégicos de movimentação, e ficar espero para não ser surpreendido por flancos atiradores que eventualmente podem se posicionar em locais que você ainda não explorou. Quando eu digo variedade de mapas, falo sobre suas diversas opções de arena, você pode encontrar prédios destruídos, becos estreitos e campos abertos, tudo isso para fazer você conseguir se adaptar em diversas possibilidades. Também há uma variação de clima o que em alguns casos pode ajudar, ou atrapalhar. A DICE fez um trabalho fantástico com a destrutibilidade das estruturas, permitindo que os ambientes fossem completamente reformulados a partir de bombardeios, foguetes, granadas e disparos diretos, forçando os jogadores a ajustar suas táticas defensivas na hora.
Lembra que eu disse que a EA vem buscando consertar aquela confusão das micro-transações? Então, no jogo você pode adquirir moedas do jogo que substitui qualquer tipo de micro-transação ou loot box. Embora alguns itens esteja à venda na loja com dinheiro real, eles são meramente cosméticos, como acontecem com outros jogos atuais.
O game conta com quatro classes, Assault, Medic, Recon (ou Sniper) e Suporte, cada um possui suas próprias habilidades especiais que acabam deixando o jogo mais estratégico, pois cada classe possui sua própria estratégia de deslocamento, posicionamento e avanço. Aumentando o nível de classe, desbloqueará diferentes papéis de combate, o que te dará preferencias ofensivas ou de suporte, mas os caminhos de cada classe não são muito expansivos e é algo que entendemos, já que cada classe já conta com suas habilidades voltadas para certo objetivo de grupo.
A parte técnica é indiscutivelmente uma das melhores coisas de Battlefield V à começar pela trilha sonora esmagadora que conta com músicas orquestradas para unir as cutscenes às cenas de gameplay de uma forma tão bem feita que muitas vezes nos deixa confuso ao não lembrar que estamos prestes à entrar em ação. Os efeitos sonoros são algo muito bem trabalhados, o aúdio 7.1 funciona com excelência aqui, visto que pode ser usado como aliado na localização de inimigos próximos. O detalhe do audio também é algo que mostra o quanto a desenvolvedora cuidou do game para ser algo próximo à perfeição, um exemplo disso é que quando você está dentro de um prédio, isso irá suavizar o barulho do lado de fora, mas os tiros disparados por dentro soarão nas paredes com uma proximidade ensurdecedora. Os gráficos também são algo que nos enche de orgulho, cada personagem, cada mapa, cada arma, tudo é feito com muito detalhe, uma verdadeira obra de arte visual para a geração.
Definitivamente, Battlefield V é um jogo muito bem trabalhado, dá pra ver claramente o carinho que a DICE cuidou deste game em seus mínimos detalhes técnicos, embora o jogo não traga nada novo em relação aos outros games do gênero que vimos nesta geração até agora ele merece sim um lugar de destaque na sua prateleira.