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4 de Outubro de 2025
Games

Review – Capcom Fighting Collection 2

Capcom Fighting Collection 2 é mais um presente da Capcom para quem cresceu em fliperama.

  • maio 20, 2025
  • 6 min read
Review – Capcom Fighting Collection 2

A Capcom tem lugar garantido na história dos jogos de luta. Depois de sucessos como as coleções Capcom Fighting Collection original e Capcom Arcade Stadium, era só questão de tempo para mais uma coletânea chegar, dessa vez mergulhando fundo nos primórdios dos anos 2000. Esse período ainda via os fliperamas fervilhando, com campeonatos de Power Stone resolvendo até discussão de recreio. Se o primeiro pacote voltou o olhar para Darkstalkers, Capcom Fighting Collection 2 aposta na variedade, unindo sucessos cult, clássicos de verdade e até uns casos “ovelha negra” — não menos divertidos.

Uma Seleção (Quase) Impossível de Encontrar

Um dos maiores méritos da coleção está em dar destaque a jogos raramente reeditados. Títulos como Project Justice e Capcom Fighting Evolution ficaram “presos” nos consoles antigos e, só agora, podem ser experimentados de maneira simples e legal. Depois de anos de pedidos dos fãs, a Capcom finalmente entrega uma seleção que traz essas relíquias de volta à vida — e, em tempos em que preservar jogos é mais difícil do que parece, esse gesto é louvável.

Histórias doidas, personagens memoráveis

Ninguém joga luta esperando uma trama digna de Oscar — mas alguns desses jogos conseguiram criar histórias tão esdrúxulas quanto carismáticas. Project Justice é destaque nesse aspecto, com seu drama escolar recheado de traições, clubes secretos e cutscenes em painel de HQ, tudo ambientado naquele clima de desenho de sábado de manhã. Já Power Stone aposta em narrativa leve, cheia de caça ao tesouro e transformações absurdas em meio ao caos das arenas.

Street Fighter Alpha 3 Upper mantém a rivalidade dos “World Warriors” viva, compondo aquele climão de briga de galera clássica, ainda que totalmente nonsense em termos de roteiro. Capcom vs. SNK 1 e 2, por sua vez, montam encontros de sonho em que chefes e protagonistas de universos rivais se encaram, com a ligação narrativa ficando em segundo plano.

As melhores dessas histórias são aquelas que tiram um sorriso do jogador: é treinador de luta livre e chef de cozinha combatendo injustiça escolar, são parcerias improváveis e inimigos estranhos que só fazem sentido nesse “museu de pancadaria”.

Variedade Mecânica — E Caos Pra Todo Lado

A coleção reúne oito jogos, cada um com estilo próprio de gameplay. Do combate 2D “raiz” ao delírio 3D de Power Stone, tem opção para todos os gostos: modo solo, batalhas em equipe, subida de torre (arcade ladder), alta pontuação e, claro, aquela corrida frenética por power-ups.

O ponto mais moderno está nos novos modos treino: agora todos contam com opções para praticar combos, visualizar hitboxes e personalizar o boneco de treino — excelente para iniciantes e apaixonados por frame data. Alguns jogos, como Power Stone 1 e 2, focam mais em estratégia de itens e movimentação ambiental, e menos nas sequências de golpes tradicionais.

Capcom vs. SNK 1 e 2 introduzem mecânicas de equipe e um sistema de “grooves” que muda a forma de lutar e a escolha de especiais. Street Fighter Alpha 3 Upper permite ajustar combos e defensivas com estilos ISM diferentes. Project Justice e Capcom Fighting Evolution trazem sistemas de tag-team e níveis diferenciados de combate solo/dupla, enquanto Darkstalkers marca presença com estilo ainda mais extravagante.

Qualidade de Vida e Limitações

Um ponto positivo está na padronização: o controle é responsivo, o atraso de comando foi revisado, e filtros visuais modernos (CRT, HD, scanline, etc.) permitem escolher entre nostalgia pura ou visual limpo de emulador. Jogadores mais técnicos vão curtir ver hitboxes nos treinos — embora isso só funcione nos Street Fighters.

Mas nem tudo é perfeito. Capcom Fighting Evolution, por exemplo, ainda transmite certa falta de polimento, com cenários repetitivos e loads demorados. Power Stone 2 obrigando brigas caóticas entre quatro personagens pode cansar rápido, ainda mais com IA imprevisível bagunçando a partida.

As versões incluídas são as arcades, então modos queridos de console, como Adventure em Power Stone ou World Tour em Alpha 3, ficaram de fora. A sensação é de estar revisitando o “esqueleto” dos jogos — a experiência principal está lá, mas faltam as camadas de conteúdo extra.

Progressão também é limitada: nada de XP, desbloqueios graduais ou itens acumulados. Tirando algumas opções de final alternativo em Project Justice, o que vale é pontuação alta e aquela velha rotação de amigos no sofá.

Visual e Som — Aquele Charme dos Anos 2000

Os gráficos foram preservados e melhorados: tudo fica bonito, nítido, com cores vibrantes e efeitos marcantes mesmo após tanto tempo. Power Stone continua impressionando como um jogo 3D pré-smartphone. O áudio também não decepciona: vozes exageradas, trilhas nostálgicas e efeitos pontuais, além de uma jukebox que permite ouvir todas as músicas dos jogos presentes — pena que não dá pra exportar ou remixar nada.

Vale a pena?

Capcom Fighting Collection 2 é um presente para quem cresceu em fliperama, revive brigas clássicas do Dreamcast e sempre quis revisitar raridades que pareciam perdidas no tempo. O pacote traz visual atualizado, online competitivo de qualidade, ótimas opções de treino e aquele cheiro inconfundível dos anos 2000.

Ainda assim, limitações como ausência de modos single-player robustos, poucos recursos de galeria e algumas escolhas de interface e save slots mostram que há espaço para polimento. Paradoxalmente, talvez isso acabe reforçando ainda mais o espírito raw das arcades: ligar, jogar, dar risada e chamar o próximo da fila.

Se você é fã de curiosidades, histórias malucas e variedade mecânica num só pacote, vale cada centavo — mesmo com os tropeços. Afinal, tem coisa melhor que revisitar clássicos com amigos e, entre uma derrota e outra, lembrar por que a Capcom virou sinônimo de luta?

Qual desses títulos da coleção te deixou mais nostálgico – ou ainda desafia você até hoje?

8

Bom

Capcom Fighting Collection 2 é mais um presente da Capcom para quem cresceu em fliperama.

Plataformas:

PCXboxPlayStationNintendo Switch
About Author

Raul Constantino

Jornalista e professor de comunicação. Eu falo muito de bonecos. Since 1986.