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REVIEW | Dead or Alive 6

Definitivamente voltamos a era dos games de luta que fizeram grande sucesso no final dos anos 80 e começo dos anos 90 nos Arcades espalhados por todo o mundo, mas o que acontece é que essa época atual trata-se de uma época experimental onde os jogos de luta estão tomando ou um caminho mais cinematográfico […]

  • julho 10, 2019
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REVIEW | Dead or Alive 6

Definitivamente voltamos a era dos games de luta que fizeram grande sucesso no final dos anos 80 e começo dos anos 90 nos Arcades espalhados por todo o mundo, mas o que acontece é que essa época atual trata-se de uma época experimental onde os jogos de luta estão tomando ou um caminho mais cinematográfico – como é o caso de Mortal Kombat X/11 e Injustice 1 e 2 – estão chamando atenção por sua grande presença nos eSports – Street Fighter V – ou até mesmo estão trazendo os animes para a porradaria em um formato mais “cartunesco” – como vimos em Dragon Ball FighterZ, King of Fighters, etc.

Talvez, notando essa grande mudança no cenário dos jogos de luta, a Team Ninja anunciou no ano passado que estaria adotando um novo rumo com a sua própria franquia. É hora de Dead or Alive ser levado à sério, assim como seus “concorrentes”. E o que essa mudança quer dizer? Segundo a desenvolvedora, chegou a hora de abandonar o grande apelo sexual que os jogos da franquia trouxe até o 5. Até porque hoje os valores não são mais os de 5 anos atrás e uma mudança quanto a essa sexualização das mulheres no jogo deve se adaptar ao cenário mundial atual, afinal, Dead or Alive não é uma franquia conhecida somente no oriente. Mas, infelizmente (ou felizmente, para outros) essa hipersexualização continua.

Para aqueles que pegaram o trem andando, Dead or Alive é um jogo de luta 3D que enfatiza a velocidade tendo golpes com uma velocidade acima do comum visto em alguns outros games do gênero, mas como citado anteriormente, o ‘diferencial’ do jogo sempre foi a presença extremamente enfatizada da sexualidade das personagens femininas, o que por um lado rendeu um público de maioria masculino. O sistema de parry pedra papel ou tesoura “Triangle” continua. Holds, que envolvem prever os ataques inimigos e acertar um dos quatro counters no momento certo, torna a sua variedade de combate importante, já que a força o oponente a continuar pensando. As novas mecânicas de fuga são as mais importantes das mudanças que o gameplay proporciona em DoA 6 e que gira em torno de uma barra especial dos lutadores, que agora é chamada “Break Gauge”. O medidor de duas fases (como o nome diz) regula um conjunto de ataques que podem armar uma investida ou interromper golpes inimigos, independente do que eles fazem com o seu personagem.

O novo motor gráfico por sua vez, aumenta as texturas de cores de pele, cabelo e detalhes faciais, bem como efeitos de suor, poeira e sujeira, o que pode ser um motivo de orgulho para a Team Ninja, pois realmente houve uma melhoria comparado ao jogo anterior da franquia. Embora seja justo comparar o visual de Doa 6 com o 5, isso também deve ser feito com o desempenho, testamos o game no PlayStation 4 mas nem sempre esse desempenho foi liso, como é pra ser. Em alguns momentos onde haviam mudanças repentina de câmera em alguns estágios, é bem perceptível a queda de fps, o que causa um rápido desconforto momentâneo mas que em momento algum seja o suficiente para abalar com o gameplay.

Embora o game tenha prometido mudanças, muitas delas não são o suficiente para dizer que Dead or Alive 6 seja um jogo totalmente novo. Alguns dos combos e movimentos são repetitivos e são claremante retrabalhos de seus games passados. Claro, como alguns personagens são clássicos talvez isso seja uma forma de justificar esse ‘reaproveitamento’ mas muita coisa no game soa como reaproveitado e essa é um questão a si pensar em um possível DoA 7 para uma próxima geração. Talvez essa renovação da franquia que a Team Ninja tenha citado não tenha sido o suficiente, mas definitivamente o jogo é salvo por seus outros modos de jogo, Arcade, Time Attack, Survival e Training, e dois novos modos; o Combo Trial que permite uma maior familiarização com cada um dos personagens e o DoA Quest, que oferece uma série de quase 100 lutas com múltiplos objetivos. 

No final, Dead or Alive 6 não é muito do que eu esperava e está claramente muito abaixo de outros games do gênero que estão sendo lançados no final desta geração, mas mesmo assim ainda é um jogo bom para se jogar na casualidade, sem muito investimento de tempo, mas não podemos falar o mesmo do dinheiro que você tem que investir para tê-lo o que definitivamente é o maior ponto fraco do game.

About Author

LuanVerissimo

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.