30 de Outubro de 2024
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REVIEW | DIGIMON STORY CYBER SLEUTH COMPLETE EDITION (Nintendo Switch)

Embora seja uma franquia muito amada por muitos, Digimon com o tempo perdeu um pouco da atenção de sua legião de fãs assíduos. Porém, mesmo com a explícita caída de popularidade na tv, os games continuam sendo produzidos e lançados à todo vapor. Agora, foi a vez do relançamento da grande coleção Cyber Sleuth no […]

  • novembro 20, 2019
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REVIEW | DIGIMON STORY CYBER SLEUTH COMPLETE EDITION (Nintendo Switch)

Embora seja uma franquia muito amada por muitos, Digimon com o tempo perdeu um pouco da atenção de sua legião de fãs assíduos. Porém, mesmo com a explícita caída de popularidade na tv, os games continuam sendo produzidos e lançados à todo vapor. Agora, foi a vez do relançamento da grande coleção Cyber Sleuth no Nintendo Switch. Digimon Story: Cyber ​​Sleuth e Digimon Story: Cyber ​​Sleuth Hacker Memory compõem esse ‘collection’ e foram lançados no Ocidente em 2016 e 2018, respectivamente, para o PS4. Agora que estão no Switch (e também no Steam), fico feliz em dizer que os games ainda continuam ótimos!

Vamos falar sobre os dois jogos, como um todo, e de início preciso citar algo que desde a primeira vez que joguei – em 2016 – eu senti de cara: apesar de fazer parte da série Digimon Story, esses dois títulos são muito próprios, não na jogabilidade ou gráficos, mas sim, por sua história o que de cara pra mim considero como um ponto positivíssimo. Hoje em dia franquias antigas tendem a se reinventar, sem perder a essência, mas trazendo novos olhares e possibilidades para atrair o público. Outro ponto que devemos citar é que por conta de ser algo bem diferente no quesito enredo, qualquer pessoa pode começar a se aventurar por aqui sem medo!

Assim que você clicar em Novo jogo, de cara o game perguntará qual história você gostaria de reproduzir primeiro, o Cyber Sleuth ou o Hacker Memory. Isso é ótimo para quem jogou um deles e não o outro, mas para qualquer outra pessoa o lugar certo para começar é com o primeiro jogo, Digimon Story: Cyber ​​Sleuth, já que a história da Hacker’s Memory supõe que você jogou primeiro.

No primeiro game – Cyber ​​Sleuth, você interpreta um personagem silencioso (que você pode nomear e também escolher o sexo) que frequenta uma sala de bate-papo na EDEN, uma rede social VR muito avançada, algo bem parecido com aquela ideia do Mega Man NT Warrior. Depois de serem avisados ​​para irem com seus amigos para um local específico no EDEN sob a ameaça de serem hackeados, seu personagem e seus dois amigos Nokia e Arata se encontram pela primeira vez neste ciberespaço no qual misteriosamente são instalados um programa de captura de Digimon. Neste mundo, os Digimon são tratados como programas usados ​​apenas por hackers para fazer coisas ruins. De cara essa ideia me lembra um pouco a ideia da segunda temporada do Digimon clássico.

Depois de encontrar o seu primeiro Digimon, o grupo é atacado por uma estranha criatura digital e se apressa para sair, mas seu personagem mal consegue. Isso os coloca em uma condição estranha, na qual seu corpo real não acorda, mas seus dados foram desconectados e assumiram uma forma corporal, permitindo que eles acessem a rede usando essencialmente qualquer dispositivo eletrônico. Isso chama a atenção da detetive Kyoko Kuremi, que ajuda a sua situação em troca de ser sua assistente de detetive cibernética.

Já Hacker’s Memory, é uma história um pouco mais fraca. Você joga como um garoto (também silencioso, exceto por alguns monólogos internos) que recebe sua conta EDEN roubada e recebe uma dica de um hacker misterioso sobre quem pode ter sua conta. No caminho, ele conhece a equipe de hackers Hudie, que trabalha com outros grupos de hackers para proteger o EDEN e eles têm o mesmo alvo que você. O protagonista se junta a sua equipe e começa a aceitar esses trabalhos enquanto tenta se aproximar daquele que roubou sua conta. Esta história em particular tem alguns problemas que vêm de sua própria escrita, mas também da natureza do jogo em si.

Mas enquanto RPGs esses dois jogos são ótimos, o que realmente os eleva acima de muitos outros nesse gênero é o seu estilo. Acho que a série Cyber ​​Sleuth é o Digimon mais estiloso do mundo e isso se deve principalmente a dois membros principais da equipe de desenvolvimento: Suzuhito Yasuda, designer de personagens dos jogos Shin Megami Tensei: Devil Survivor, e Masafumi Takada, compositor principalmente conhecido por seu trabalho na série Danganronpa. A combinação dos trabalhos desses dois artistas confere à Cyber ​​Sleuth uma personalidade muito única que combina muito bem com o tema de hackers.

Quanto ao port em si, a maneira como os jogos são agrupados é muito prática. Você usa um slot de salvamento único para os dois jogos, o que permite compartilhar o progresso em itens como itens colecionáveis ​​e o Guia de Campo (o equivalente ao Pokedex). Isso também traz algumas das melhorias do Hacker’s Memory para o Cyber ​​Sleuth base, como o novo Digimon que ele introduziu, a opção de mudar de figurino, as árvores de evolução expandidas, os tutoriais ainda mais úteis e algumas mudanças de equilíbrio que foram feitas em Hacker’s Memory. O port do Switch não parece visivelmente diferente das versões para PS4 até porque os gráficos de Digimon nunca foram um grande diferencial.

Para finalizar, Cyber ​​Sleuth é facilmente um dos melhores jogos e histórias Digimon, enquanto o Hacker’s Memory pode ter suas desvantagens em comparação com o jogo base, mas ainda é um bom jogo por si só. Se você já curtiu o Digimon, mas ainda não jogou nenhum desses jogos, então esta é a maneira de experimentar um novo Digimon, diferente do que estávamos acostumados a ver. Mesmo aqueles que nunca ouviram falar de Digimon podem se divertir, pois são ótimos RPGs, e aqueles que já os jogaram podem até voltar ao Cyber ​​Sleuth original e aproveitar as melhorias. Ah, e para aqueles que sonhavam e ver o game, talvez traduzido para o português nesse novo port, não foi dessa vez…

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Rodrigo Medina