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REVIEW | Precisamos falar de DRAGON BALL FIGHTERZ!

É indiscutível que Dragon Ball é uma das franquias de animes mais famosas e queridas do Brasil – e talvez do mundo – que inclusive atravessou gerações, desde sua primeira saga lançada em 1986 até hoje. O anime conquista milhões de pessoas ao redor do mundo não só pela suas séries de mangás, filmes e animes […]

  • fevereiro 7, 2018
  • 7 min read
REVIEW | Precisamos falar de DRAGON BALL FIGHTERZ!
É indiscutível que Dragon Ball é uma das franquias de animes mais famosas e queridas do Brasil – e talvez do mundo – que inclusive atravessou gerações, desde sua primeira saga lançada em 1986 até hoje. O anime conquista milhões de pessoas ao redor do mundo não só pela suas séries de mangás, filmes e animes mas também por seus games. Falando de games baseados em Dragon Ball, e adiantando um pouco nossa impressão do jogo, à um tempo não víamos algo realmente revolucionário como em Dragon Ball FighterZ e era exatamente um “BBFZ‘ que os fãs estavam precisando desde Ultimate Battle ou Final Bout (PSX).

 

Dragon Ball FighterZ
Estilo de Batalha. Foto: Luan Veríssimo / Reprodução PS4 Share
Dragon Ball FighterZ é desenvolvido pela Arc System Works, a empresa que cuida dos games da Guilty Gear, e usa o mesmo motor gráfico do último game de GG, o GG Xrd e isso foi crucial para o sucesso, o estilo gráfico do FighterZ chamou a atenção de cara para os fãs de Dragon Ball por ser algo MUITO fiel ao que vemos nas séries de TV. Um 2D com pequenas doses de 3D, traços marcantes de Akira Toyama mesclado com animações muito modernas sem que haja algum tipo de exagero. Os gráficos de Dragon Ball FighterZ é exatamente aquilo que um novo jogo de Dragon Ball estava precisando para parecer real, para não soar nem um pouco genérico.
 
Nesse novo game, a batalha é composta por uma equipe de 3v3 (no modo história, nem sempre segue essa sistemática de 3v3, mas digamos que essa seja a intenção) como acontece em Marvel vs Capcom. Mas aqui a troca de personagens é feita muito mais rapidamente e eficaz, digna de uma equipe real. E Como em outros jogos de Dragon Ball, você precisa tomar cuidado com seu ki, com ‘teleportes’ e com ataques de energia, já os botões de ataque são divididos em leves, médios, pesados e especiais. A jogabilidade é outro ponto muito positivo do jogo, porque sua complexabilidade está mais na forma de abordagem do inimigo e não necessariamente em composição de combos específicos, por isso eu devo acentuar que DBFZ é feito para TODOS OS PÚBLICOS, desde aquele jogador casual, até os gamers mais pesados.

 

Dragon Ball FighterZ
Os estilos das Cutscenes mistura os traços clássicos de Akira Toryama com uma modernização leve para combinar com o jogo em si. Foto: Luan Veríssimo / Reprodução PS4 Share
Apesar de ser um jogo de luta e consequentemente jogos desse estilo são facilmente ligados à games multiplayer local e online, FighterZ não se prende somente a isso. Esse é outro ponto forte que tenho que destacar, o modo história. Ao contrário dos jogos anteriores da franquia, FighterZ não se concentra em contar uma história do início, ele se concentra em inserir uma saga dentro de Dragon Ball Super e isso é muito interessante para mostrar como o jogo fala diretamente com a série e com o público da mesma. Ao contrário de Xenoverse 1 e 2, onde uma história foi criada dentro de toda a franquia principal de forma a recontar saga por saga.
Dragon Ball FighterZ
O ambiente “off-battle” é muito diversificado, o jogo troca menus clássicos por um ambiente no qual jogadores podem interagir entre si no intervalo de partidas. Foto: Luan Veríssimo / Reprodução PS4 Share
Em Dragon Ball FighterZ, clones dos personagens que tanto conhecemos surgiram após uma misteriosa onda de energia interferir com os lutadores. De forma inteligente para integrar o jogador no jogo os personagens devem ser “ligados” ao player, levando a monólogos internos interessantes, onde o próprio jogador é endereçado. Todos esses segmentos da história são contados através de cenas de animação 3D expressadas por quase todos os atores de voz atuais da Dragon Ball Super em japonês e inglês. Daí vem o maior ponto negativo que conseguimos identificar (pelo menos para nós, do outro lado do mapa múndi). É visível que 90% dos brasileiros que conhecemos Dragon Ball no SBT, Band ou Globo sentimos um tiro no meio do coração ao descobrirmos que o jogo não seria totalmente localizado para nossa língua. Sim, o jogo está totalmente em português, mas somente os menus e legendas,  inexplicavelmente a nossa amada dublagem ficou de fora. Mas acho que o apelo do público foi muito grande e quem sabe haja uma sequencia e eles finalmente nos agraciem com esse presente, né? :p
Dragon Ball FighterZ
Foto: Luan Veríssimo / Reprodução PS4 Share

O modo história não é o único modo que este jogo tem para oferecer. No Modo Arcade, você escolhe seu time e joga através de três, cinco ou sete etapas. Quanto mais alto você se classificar em cada etapa maior será a dificuldade da próxima. Isso garante que os jogadores menos experientes permanecerão em um nível mais baixo, mais confortável, enquanto os jogadores experientes são enviados para algo mais desafiador. Se isso não bastasse, existem versões mais difíceis de cada conjunto de etapas. O Modo Arcade te permite ganhar Zeni, que é a moeda do jogo, elas te permitem comprar caixas especiais. Ah, e em meio a esse turbilhão de empresas querendo faturar com esse tipo de mercado (de loot boxes e itens pagos) a boa notícia é que o Zeni não pode ser comprado com dinheiro do mundo real (Obrigado Bandai!!!) mas precisamos falar sobre o desbloqueio de novos personagens…

Existem atualmente dois personagens que podem ser desbloqueados usando dinheiro real, que são as versões Super Saiyajin Deus, de Goku e Vegeta. Porem, existem várias formas de desbloqueá-los, por exemplo, tendo um código da versão “FighterZ Edition“, comprar os dois personagens por R$9,50 ou desbloqueá-los sob certas condições como completando algumas exigências do jogo no modo arcade. Ou seja, com várias opções de desbloqueio de personagens não podemos criticar a posição da publisher oferecer aos jogadores uma rota mais fácil para aqueles que estão dispostos a pagar. 
 
Voltando para os pequenos detalhes que nos fascinam, ao jogar por horas Dragon Ball FighterZ, percebemos o quanto a desenvolvedora se empenhou para adicionar pequenos toques que fazem a diferença para os verdadeiros fãs da franquia. Como por exemplo as aberturas de partidas em que temos encontro de personagens que possuem alguma diferença entre si, ou na destruição do cenário durante os inúmeros golpes, como é uma marca do anime, e até mesmo os sons de golpes que são idênticos aos da série de TV. É uma nostalgia sem igual e esse virou um dos meus jogos favoritos de luta, sem dúvida NENHUMA. Ah também precisamos falar dos menus do game, que possuem uma identidade extremamente ‘estilosa’ e que enche nossos olhos de orgulho!
 
Dragon Ball FighterZ
Os menus do jogo são muito bem trabalhados para conquistar qualquer um de longe. Foto: Luan Veríssimo / Reprodução PS4 Share
Seja os gráficos, a fidelidade com a obra original, esses pequenos detalhes que para muitos podem parecer pequenos e dispensáveis mas que para nós fãs é um prato cheio. Tudo isso, nos mostra o quanto esse game foi feito com carinho, feito para fãs, feito para novos admiradores, ou somente para aqueles que são viciados no gênero. Dragon Ball FighterZ é um dos melhores jogos de luta de todos os tempos, e sem dúvida NENHUMA, o melhor jogo de Dragon Ball feito até hoje. 
O game está disponível para PCPS4 e Xbox One.
Review feita com cópia cedida pela Bandai Namco para PS4. Obrigado, Bandai!
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Rodrigo Medina