REVIEW | Dragon Quest Heroes II, é um bom RPG de ação?
Dragon Quest Heroes 2 é o mais recente RPG de ação da franquia já consagrada de Dragon Quest e é produzido pelo estúdio Omega Force e publicado pela Square Enix. Com versões para PS4, PS3, PS Vita, PC e Nintendo Switch (ainda sem previsão para o ocidente), o título reforça o nome da consagrada franquia no gênero musou, cuja proposta é oferecer combates frenéticos entre centenas […]
Dragon Quest Heroes 2 é o mais recente RPG de ação da franquia já consagrada de Dragon Quest e é produzido pelo estúdio Omega Force e publicado pela Square Enix. Com versões para PS4, PS3, PS Vita, PC e Nintendo Switch (ainda sem previsão para o ocidente), o título reforça o nome da consagrada franquia no gênero musou, cuja proposta é oferecer combates frenéticos entre centenas de personagens simultaneamente.
A história do game tem como personagens principais um casal de primos que lutam para restaurar a paz no conflito entre os Sete Reinos e enquanto se aventuram pelo universo do jogo, novos amigos aparecem para ajudá-los, em um total de 15 personagens jogáveis – mas a narrativa sempre acompanha a dupla principal.
O Visual
Mesmo aqueles que nunca se aventuraram no mundo de Dragon Quest são muito familiarizados com o visual dos personagens, e não é só por sua popularidade ou publicidade pesada no oriente, mas sim porque seu design artístico é nada mais, nada menos, que Akira Toriyama – criador de Dragon Ball. Ou seja, mesmo o game não tendo um apelo gráfico de última geração, ainda sim é muito atrativo visualmente falando, seja por suas lindas cores, ou personagens com um tom de carisma lá em cima e incríveis efeitos visuais de luta. Ainda falando sobre os gráficos, não podemos comparar o game com AAA’s da geração atual até porque essa não é a proposta do jogo, o lance aqui é cativar. Sem muito apelo gráfico, como vemos em quase todos os outros RPGs de ação orientais que presam mais por sua jogabilidade e investem em um gameplay bem poluído de inimigos mas que enchem a gameplay de cores e ação.
A Narrativa
A narrativa é bem simples e não chega a surpreender, ao mesmo tempo é muito boa de se acompanhar. Por sua leveza mesmo, sua cutscenes são extremamente bem trabalhadas e enriquecem demais o jogo, fazendo com que tudo flua como em um anime e você se sinta ainda mais imerso no universo do game. Os personagens são muito carismáticos e é um prazer imenso poder ver tamanho carisma e ainda poder jogar com eles e apesar do jogo ser focado nos novos personagens (como Cesar e Desdemona), velhos conhecidos de outros games de Dragon Quest também aparecerão ao longo da história (como Carver, de DQ VI e Maribel, de DQ VII), um presente e tanto para os fãs de longa data da franquia.
Quando você assume a pele de um dos personagens (no início você escolhe qual dos dois primos vocês comandará, porém o que você não escolher sempre te acompanhará) a primeira luta já se inicia e é extremamente frenética a maneira com que o jogo apresenta seu estilo de combate. São milhares de personagens em tela e para quem não é acostumado com o gênero Dynasty Warriors de ser, pode ficar meio que confuso ou até mesmo assustado com a poluição visual, mas acredite, você se acostuma.
A Jogabilidade
Como todo game musou, uma boa jogabilidade é essencial para trazer uma ótima experiencia de jogo, e com Dragon Quest Heroes II não foi diferente! A jogabilidade é super fluida e os comandos respondem quase como em pensamentos. Na configuração de jogo os ataques especiais ficam localizados nos botões superiores e isso te dá uma boa jogabilidade pois você consegue equilibrar ataques especiais com ataques normais facilmente e você se acostuma com esses comandos em pouco tempo de jogo. Não há absolutamente nada de complicado aqui. E como todo bom RPG, você também tem gerenciamento de itens e personalização dos heróis.
Outra característica da parte RPG do game, é você poder revezar com até quatro personagens do jogo e uma vantagem legal é que também podemos optar por ter amigos como aliados no multiplayer online, o que pode vir bem a calhar pois a inteligencia artificial do game deixa muito a desejar em diversos momentos.
Um mundo semi-aberto
Aqui o jogador pode explorar um mundo semi-aberto como em um tradicional RPG em terceira pessoa, passando por campos, florestas, cidades entre outros ambientes com caminhos secretos e baús de tesouros, que aumentam a imersão na atmosfera de aventura épica, típica dos RPGs que a inspiraram. Ou seja, a exploração aqui é quase como obrigatória e isso te garantirá algumas horas a mais de gameplay o que pode ser muito divertido para aliviar a jogabilidade cansativa e repetitiva que jogos do gênero podem oferecer, mesmo sem querer.
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Veredicto
Para os fãs de um bom anime e RPGs de ação, este é um prato cheio pois te proporcionará horas de um gameplay insano misturados a lindas custscenes contendo personagens extremamente carismáticos. Já para quem curte um lance mais estratégico, este jogo pode ser meio que uma dor de cabeça – literalmente – pois foge completamente do estilo RPG tradicional de turnos e enche a sua tela com inimigos de todos os tipos, tamanhos em quantidades absurdas, mas creio que se você der uma chance e se acostumar com isso, você irá adorar a experiencia. A jogabilidade é um ponto forte, assim como o posicionamento das cameras que melhoraram bastante desde o primeiro game da série. A trilha sonora é cativante. O que deixa a desejar no jogo é somente a inteligência artificial dos personagens – tanto aliados quanto inimigos – e a ausência de legendas em Português. Mas de resto, o jogo merece sim ser jogado e é um prato cheio para os fãs de Dragon Quest.