Review – Final Fantasy VII REBIRTH (PC)
Confira a nossa análise detalhada de Final Fantasy VII Rebirth para PC, um jogo que redefine a franquia e oferece uma experiência épica para os fãs.
Final Fantasy VII Rebirth, lançado em junho de 2024, rapidamente conquistou um lugar de destaque nas listas de Jogo do Ano (e talvez na minha tenha ficado no topo do Top 3). Como o segundo título de uma trilogia que reimagina o icônico Final Fantasy VII, este jogo traz uma combinação de personagens cativantes, um mundo aberto expansivo e um combate envolvente. Finalmente disponível para PC, Rebirth reafirma que “exclusividade temporária” é um conceito relativo, permitindo que os jogadores de PC mergulhem nessa aventura épica. Devo adiantar que eu sou fã absoluto da franquia Final Fantasy, e confesso que jogar o VII nessa nova roupagem, me trouxe um clima de nostalgia como poucas vezes senti. Final Fantasy VII Remake foi um dos remakes mais incríveis e divertido que já joguei, e para adiantar ainda mais o restante dessa analise, o Rebirth conseguiu se mostrar ainda melhor!
A série Final Fantasy é conhecida por suas histórias grandiosas e complexas. O jogo original de FF7 é uma narrativa extensa, dividida em três discos e dezenas de horas de jogo. Rebirth eleva essa tradição, expandindo a história e oferecendo uma experiência ainda mais rica e envolvente. Este jogo é maior, mais ousado e melhor em quase todos os aspectos. Apesar de alguns momentos frustrantes, o sentimento geral é de maravilha e alegria. Eu realmente não vi o tempo passar e aproveitei cada minuto sabendo que eu estava experimentando algo que ia me fazer falta, após a conclusão. Ah, um aviso para quem ainda não jogou: O texto pode conter spoilers, então se você é um daqueles que só quer saber como anda o desempenho do jogo no PC, eu aconselho pular para os últimos parágrafos do texto.
Uma História que Cresce
A narrativa de Rebirth começa aproximadamente 24 horas após os eventos do jogo anterior. A história se inicia com um flashback que lança luz sobre Sephiroth e suas motivações. O primeiro capítulo é curto, mas o segundo capítulo abre as portas para um vasto mundo aberto. A natureza selvagem do jogo traz uma sensação de paz, apesar da solidão inicial. Rapidamente, você é inundado com missões e quests, com Chocobos e pontos de viagem rápida facilitando a locomoção. Recomendações de nível ajudam a evitar surpresas desagradáveis.
Desde o início, o jogo estabelece um tom épico que é mantido ao longo de toda a narrativa. O enredo se aprofunda nas motivações dos personagens, especialmente Sephiroth, oferecendo aos jogadores uma compreensão mais profunda de seus objetivos e conflitos internos. A relação entre Cloud e seus aliados também é explorada de maneira mais detalhada, com diálogos e cutscenes que enriquecem a história.
Combate e Estratégia
O sistema de combate em Rebirth é centrado no ATB (Active Time Battle), onde itens, magias e habilidades especiais estão vinculados a cargas limitadas. Embora envolvente, esse sistema pode ser frustrante, especialmente quando você precisa de cura urgente e está vulnerável durante o processo. Alternar rapidamente entre personagens e garantir que todos tenham habilidades de cura é essencial. O sistema de combate deste remake é uma das principais mudanças, além dos gráficos, obviamente, em comparação com o jogo original, lançado em 1997, e eu acho que é um dos ponto mais forte pra mim, visto que eu amo action RPG e acho que hoje RPGs de turno não são tão bem visto pela grande maioria dos gamers, ainda que um lado meu veja Metaphor, como um dos melhores jogos de 2024 justamente por saber misturar esses dois sistemas de combate.
O sistema de Synergy adiciona uma camada extra de estratégia, permitindo combinações de ataques poderosos entre personagens. No entanto, a ativação desses ataques pode ser imprevisível, dificultando o planejamento de batalhas ao redor deles. Mesmo assim, esses ataques frequentemente salvam o dia em lutas contra chefes difíceis.
O combate em Rebirth é uma evolução significativa em relação ao jogo anterior. As batalhas são mais dinâmicas e exigem uma combinação de estratégia e habilidade. Os jogadores devem gerenciar cuidadosamente seus recursos e utilizar as habilidades únicas de cada personagem para superar os desafios. A variedade de inimigos e chefes adiciona uma camada extra de complexidade, exigindo que os jogadores adaptem suas estratégias constantemente.
Exploração e Personagens
A maior parte do jogo permite acesso a todo o seu grupo, mas em momentos específicos, outros personagens assumem a liderança. Isso oferece a oportunidade de usar ferramentas únicas de exploração, como a metralhadora de Barrett ou as garras de Red. A única exceção frustrante é Cait Sith, cuja seção de resolução de puzzles é notoriamente irritante.
Apesar disso, Rebirth compensa com uma abundância de minijogos e atividades paralelas. Desde corridas e jogos de ritmo até batalhas de sapos e caça ao Cactuar, há uma infinidade de distrações divertidas. O jogo de cartas Queen’s Blood é um destaque particular, oferecendo um desafio estratégico envolvente.
A exploração em Rebirth é uma experiência gratificante por si só. O mundo aberto é vasto e cheio de segredos para descobrir. Os jogadores podem se perder em missões secundárias, caça ao tesouro e interações com NPCs que enriquecem a narrativa. A inclusão de Chocobos e pontos de viagem rápida facilita a navegação pelo mapa, permitindo que os jogadores explorem cada canto do mundo sem se sentirem sobrecarregados.
A atuação de voz e a escrita em Rebirth são excepcionais. Os personagens principais, como Cloud, Tifa e Aerith, têm performances memoráveis que trazem profundidade e charme à narrativa. Red também se destaca com uma performance marcante. A escrita é igualmente impressionante, com diálogos que capturam a essência dos personagens e da história.
Cada personagem é trazido à vida por meio de performances de voz convincentes e diálogos bem escritos. Cloud é um protagonista complexo, cuja determinação e charme de cidade pequena são equilibrados de maneira eficaz. Tifa e Aerith têm uma química palpável, com interações que vão do humor ao drama. Red oferece uma performance particularmente notável, com uma profundidade emocional que ressoa ao longo do jogo.
Desafios Técnicos no PC
Embora Rebirth tenha sido uma experiência visualmente impressionante no PS5, a versão para PC apresenta alguns desafios técnicos. Problemas como pop-in de texturas, quedas de framerate e crashes frequentes são comuns, especialmente ao tentar pular cutscenes. Embora a Square Enix tenha prometido 120fps em 4K, alcançar essa marca é inconsistente. A falta de suporte para recursos avançados como ray tracing também é uma decepção. Outra decepção pra mim foi a ausência de uma resolução maior, como um ultrawide, 21:9 ou 32:9. Sei que era esperado, já que até hoje o jogo anterior não ganhou esse recurso, mas ainda assim fico muito triste quando um jogo tão bonito como esse não aproveita essas diferenças que só o PC pode proporcionar. Felizmente, logo após o lançamento os usuários criaram um mod que corrige a falta desta resolução. Eu não testei esse mod, mas pelo que vi em vídeos e comentários de colegas, ele parece funcionar bem.
Os jogadores de PC esperavam uma experiência otimizada que aproveitasse ao máximo o hardware de ponta, mas infelizmente, Rebirth não atinge totalmente esse objetivo. A falta de suporte para tecnologias modernas e os problemas de desempenho prejudicam a experiência geral. No entanto, com os ajustes certos e possíveis atualizações futuras, esses problemas podem ser mitigados. Obviamente, a Square Enix não é dessas publishers/desenvolvedoras que deixam o público na mão, então certamente em breve lançarão correções para tais problemas de desempenho.
Vale a Pena?
Final Fantasy VII Rebirth é um jogo excelente, com um combate envolvente, construção de mundo rica, personagens cativantes e uma direção de arte impressionante. No entanto, a versão para PC sofre com problemas técnicos que diminuem a experiência. Apesar dessas falhas, o jogo ainda vale a pena para fãs de Final Fantasy e entusiastas de RPGs de ação. A trilogia continua a entregar uma narrativa épica e emocionante, e Rebirth é um digno sucessor do primeiro jogo e conseguiu melhorar 100% tudo o que podia ser melhor no primeiro jogo.
A narrativa de Rebirth é um dos pontos altos do jogo. A história é bem construída, com um ritmo que mantém os jogadores engajados do início ao fim. Os personagens são desenvolvidos de maneira profunda, com arcos narrativos que exploram suas motivações e conflitos internos. O jogo também apresenta uma série de reviravoltas e momentos emocionantes que surpreendem e encantam os jogadores.
Final Fantasy VII Rebirth é uma adição impressionante à franquia, oferecendo uma experiência rica e envolvente que cativa tanto novos jogadores quanto fãs de longa data. Apesar dos problemas técnicos na versão para PC, o jogo brilha com sua narrativa épica, combate dinâmico e personagens memoráveis. É uma jornada que vale a pena ser vivida, e uma prova de que a série Final Fantasy continua a evoluir e surpreender. Pode ser clichê o que eu vou falar, mas para mim, a pior parte do jogo é quando acaba. Mas eu já comecei a minha contagem para a parte 3 dessa incrível trilogia!
Final Fantasy VII Rebirth já está disponível para PlayStation 5 e PC.