REVIEW | A “fraca” quarta temporada de Arrow
Até onde o fan service pode chegar? Até onde ele pode impactar uma trama de forma negativa? Qual é o limite necessário para aguardar um todo? Temos as respostas na péssima quarta temporada de Arrow, onde a série perdeu sua identidade para agradar um publico conhecidos como “Olicitys”. Você deve estar se perguntando… “Mas o […]
Até onde o fan service pode chegar? Até onde ele pode impactar uma trama de forma negativa? Qual é o limite necessário para aguardar um todo?
Temos as respostas na péssima quarta temporada de Arrow, onde a série perdeu sua identidade para agradar um publico conhecidos como “Olicitys”.
Você deve estar se perguntando… “Mas o Oliver e a Falicity se separam no fim da temporada!”, claro que se separou, a série sofreu uma queda considerável em sua audiência. Os roteiristas quiseram voltar atrás de algo que nunca deveriam ter começado, mas conseguiram apenas um final de temporada morno.
Quando digo que a serie perdeu sua identidade, me refiro ao gênero. Arrow é uma adaptação dos quadrinhos de Arqueiro Verde, ele é um herói e tem responsabilidades de herói e um amor extremamente importante com a Canário Negro, – aquela mesmo que eles mataram na série – algo que poderia ser explorado de forma cômica na série desde o inicio.
Esse lance do Stephen Amell ficar com cara de bunda o tempo todo, dos roteiristas adaptarem um arqueiro ao estilo Batman, não está funcionando desde a terceira temporada.
Arrow era uma das melhores séries de heróis. O desenvolvimento de cada personagem ao longo das duas primeiras temporadas vinha sendo notável e isso para uma série, principalmente de herói é muito difícil manter a qualidade. A série não pega leve em suas cenas de ação, que são os melhores momentos. A narração das tramas paralelas e a pressão psicológica se encaixam perfeitamente com a realidade vivenciada pelos “vigilantes”. Infelizmente o lado bom da série se perdeu quando deixaram de explorar algo tão grandioso, para satisfazer adolescentes em um romance completamente desnecessário e inexistente nos quadrinhos.
Uma série que vinha evoluindo a cada episódio. Que mantinha sempre um bom timming e nos garantindo surpresas a cada semana ao longo das suas duas primeiras temporadas. Infelizmente a série caiu na rotina em sua terceira temporada e se perdeu na quarta por – mais uma vez – romance desnecessário.
Nem tudo está perdido, quando deixaram de lado o “Olicity”, e focou novamente na história do herói, a série ganhou um gás novo, tivemos mais um incrível crossover entre Flash e Arrow e um vilão notável. Temos que admitir que o experiente Neal P. McDonough conseguiu nos convencer com Damien Darhk.
Tivemos a morte da Canário Negro, que foi mais um fan service a favor dos “Olicitys”, mas que conseguiu tocar em nosso corações. Tivemos também uma Felicity na cadeira de rodas, que durou pouco tempo e graças ao seu auxiliar Curtis Holt (Echo Kellum), um personagem que tem um potencial incrível, que se desenvolverem de maneira correta, tem tudo para ser o “Cisco” de Arrow.
O personagem que mais evoluiu ao longe dessa temporada sem sombra de duvidas, foi o Quentin Lance (Paul Blackthorne), o detetive Lance foi incrível em sua atuação e conseguiu transferir o sentimento de perder um filho, quando soube da morte da Laurel.
Infelizmente Arrow não foi o que todos esperavam, a série se perdeu tentando agradar um grupo determinado da série, mas acabou deixando algo incerto para sua quinta temporada, o que é bom, pois voltou com a essencial das duas primeiras temporadas. Não podemos esquecer da escolha que Barry fez no final de Flash, vamos lembrar que Oliver vive no mesmo universo que Barry e a escolha do corredor escarlate pode “interferir” de forma direta os cidadãos de Star City.