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REVIEW | HOGWARTS LEGACY

O jogo mais esperado do ano está quase entre nós! Jogamos Hogwarts Legacy e contamos em primeira mão o que achamos do game!

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O mundo se divide em duas partes; As pessoas que amam Harry Potter e as pessoas que nunca assistiram a franquia. Vejo pouquíssima gente dizer que assistiu aos filmes ou leu os livros e odiou o enredo, os personagens, ou que não se identificou com pelo menos algo da história. Sim, odiar a obra da controversa J.K Rowling é algo bem difícil, não posso dizer o mesmo sobre a autora. Eu, pessoalmente, estou no time das pessoas que ama Harry Potter e que cresceu assistindo à todos os filmes logo em seu lançamento nos cinemas. Consequentemente, após essa onda da “Pottermania” eu li todos os livros para me aprofundar ainda mais no universo. Calma, não cheguei a ir vestido de bruxo aos cinemas, mas na época bem que gostaria. Hahaha!

A ambientação é o ponto mais forte do game, tudo é feito com muita fidelidade e carinho! (Foto: Luan Veríssimo / Acesso Geek).

Felizmente, os Potterhead e Gamers sempre tiveram uma atenção especial graças a Warner que produziu diversos jogos do universo de Harry Potter desde o PlayStation 1, Game Boy e mais recentemente nos dispositivos móveis. Mesmo com tantas opções, fazia muito tempo não tínhamos um game do universo bruxo que chamasse tanta a atenção como Hogwarts Legacy chamou após a sua divulgação, afinal, quem nunca sonhou em dar um rolê em Hogwarts, participar das aulas, aprender magias, voar nas vassouras pelos arredores da floresta proibida e fazer novos amigos bruxos. Hogwarts Legacy prometeu tudo isso!

Hogwarts Legacy é exatamente o que o meu lado potterhead precisava (ou quase). Passear por Hogwarts é incrível, descobrir passagens secretas, esbarrar com fantasmas engraçadinhos nos corredores misteriosos do castelo e correr de ponta a outra para participar de uma aula de magia esperando receber alguma recompensa te faz realmente se sentir dentro do jogo. O tempo parece voar quando você está jogando! O mundo aberto é impressionante e te permite fazer quase tudo o que quiser. Sair do castelo de vassoura, quebrar coisas com feitiços, reconstruir outras, lutar, lutar, lutar… O mundo é vivo e atrativo, biomas vistos nos filmes são facilmente encontrados nos arredores de Hogwarts, há muitas referências à obra original em toda parte, desde o sobrenome de alguns personagens, quanto alguns pontos específicos já conhecidos entre os fãs. Baseado nesse primeiro momento onde eu estou falando um pouco sobre “o todo” preciso fazer a minha primeira crítica; Os desenvolvedores perderam uma ótima oportunidade de criar algo ainda mais vivo e imersivo, com a presença de um multiplayer online. Claro, não seria legal algo do estilo de um MMORPG porque minha impressão é que esse gênero sempre põe de lado a história e foca mais na evolução de personagem, mas algo mesclado seria muito interessante. Ou quem sabe um cooperativo online, ou um pós game online, não sei. Falo isso porque é frustrante ver algo tão bem construído e não poder compartilhar a experiencia com amigos, nem que fosse num estilo RP, é realmente um desperdício.

Você pode explorar tudo! Desde o castelo até o seus arredores. (Foto: Luan Veríssimo / Acesso Geek).

Voltando ao que temos, tudo parece funcionar. O game começa com um prólogo longe de Hogwarts e te introduz na escola de forma espontânea, bem como acontece na obra original com Harry e os seus amigos. Após ‘te jogar’ em Hogwarts vem a parte que eu mais estava ansioso para saber como funcionaria: A seleção de casas. Antes de saber como funcionaria eu imaginei várias formas de como isso poderia acontecer; Sua escolhas anteriores influenciaria? Haveria um quiz bem elaborado no qual aa resposta final seria a sua casa de acordo com sua personalidade, como aqueles de Facebook? Ou simplesmente um sorteio? Bem, a resposta é que realmente você precisa passar por um quiz, de DUAS perguntas, e mesmo após o chapéu seletor escolher uma casa você pode simplesmente ignorar e escolher a sua de preferência. Sinceramente, não sei se isso é bom ou ruim, mas eu realmente esperava algo melhor elaborado, algo que te fizesse pertencer realmente àquele time.

Logo após esse ‘início’ alguns mistérios rondam o personagem principal e isso mais uma vez nos trás pra dentro daquele clima que só o universo da Rowling tem. Ao mesmo tempo em que você é um estudante ‘normal’ algo acontece nas entrelinhas e isso você não pode ignorar mesmo sem saber claramente o que é. Eu vou evitar falar muito sobre o enredo para não estragar a sua experiencia, mas eu gostei bastante da história, talvez falte uma coisa ou outra mas no todo, eu gostei.

O prólogo é bem divertido e segue muito a linha do que conhecemos na obra original (Foto: Luan Veríssimo / Acesso Geek).

A jogabilidade é outro ponto fortíssimo do game. A movimentação do personagem é bem fiel e as magias também. Há uma vasta lista de magias que você pode aprender nas aulas – ou fora delas – e o jogador também pode selecionar algumas como sendo suas principais que ficarão mais fáceis de serem utilizadas rapidamente em combate, por exemplo. Há inimigos que tem fraquezas com certas magias, outros recebem menos dano. Há também barreiras que podem ser facilmente desarmadas usando alguns encantamentos e isso torna o combate levemente estratégico o que é muito interessante e quebra uma repetição desnecessária que poderia vir a ocorrer caso não houvesse muitas e muitas magias para usar em combate. Um dos meus maiores medos era que o combate fosse chato e repetitivo mas realmente gostei muito e tudo que eu torcia durante a jogatina era pra que chegasse logo a parte das lutas porque realmente me diverti bastante com as múltiplas possibilidades.

A exploração é outro ponto positivo do game, dentro do castelo de Hogwarts é muito divertido buscar por passagens secretas que escondem segredos e baús, fora de Hogwarts, voar na sua vassoura ou outra montaria é algo que eu ‘perdi’ muito tempo fazendo. É uma sensação bem parecida com “voar’ nas teias no jogo do Spider-Man – muitas vezes você nem precisa, mas você quer pelo simples fato da sensação de liberdade que isso trás. E por falar em vassoura, é bem triste que o quadribol não tenha sido explorado em Hogwarts Legacy. Isso seria realmente incrível e com certeza seria outra coisa que me faria passar horas e horas.

Obviamente, o chapéu seletor está presente logo na sua estreia na escola de magia. (Foto: Luan Veríssimo / Acesso Geek).

Quanto a otimização do jogo, nós testamos o jogo no PC usando configurações avançadas (i9-9900K, RTX 3090, e 64GB de RAM) e mesmo assim algumas portas – que separa um ambiente interno de externo, por exemplo – demoravam muito para abrir e em alguns momentos houve quedas bruscas de quadros, mas que rapidamente se estabilizava. Os gráficos são lindíssimos, mas tudo tem seu preço; o jogo é realmente muito pesado e caso você tenha um PC um pouco mais modesto é importante você verificar os requisitos mínimos do jogo antes de fazer a compra. Em breve testaremos também a versão dos consoles e trago uma atualização. No mais, não enfrentamos nenhum outro problema fora esses, mesmo com os gráficos no ultra.

Por fim – mas não menos importante – preciso falar sobre a trilha sonora e a dublagem. A trilha sonora é incrível, sério mesmo, todas as músicas de background lembram muito as músicas que encontramos e conhecemos nos filmes da franquia. Os fãs realmente vão se sentir em um jogo de Harry Potter e pra mim isso é muito importante. A dublagem em português também é incrível (não testei em outros idiomas) mas uma coisa me incomodou bastante, durante a seleção de atributos físicos do personagem, você pode selecionar entre a voz masculina e feminina. No meu caso, eu escolhi a voz masculina. Abaixo dessa seleção você pode escolher também um tom de voz, sendo uma barra onde você puxa para direita (voz mais aguda) ou para esquerda (voz mais grave), o problema é que qualquer escolha que você fizer para uma das extremidades, seja direita ou esquerda, transformará a voz do seu personagem em uma voz meio robótica insuportável, então a minha dica é: deixe o mais natural possível, nesse caso, a barra precisa ficar centralizada.

Caso você não concorde com a escolha do chapéu seletor, você mesmo pode escolher a casa que melhor se encaixa. (Foto: Luan Veríssimo / Acesso Geek).

Vale a pena?

Pra mim Hogwarts Legacy é um dos candidatos a jogo do ano sem dúvida! O game te transporta para a tão querida Hogwarts que fez e faz parte da vida de tantas pessoas. Seja você fã ou não, tenho certeza que o jogo te divertirá e renderá horas e horas de exploração do castelo e seus arredores. O game parece ter sido feito com muito carinho e claramente criado por grandes fãs do universo que sabiam exatamente onde estavam “pisando”, digo isso por conta das inúmeras referências ao mundo de Potter, não só dos filmes, como também dos livros. Um exemplo disso é uma citação sobre a escola de magia de Uagadou, onde os estudantes fazem magia sem utilizar varinhas. Algumas coisas muito importante faltam no game, como a possibilidade de dividir a aventura com um amigo em multiplayer, ou o tão querido quadribol – o esporte bruxo – mas, de qualquer forma, Hogwarts Legacy é uma viagem incrível ao mundo criado por J.K Rowling e que vai fazer os fãs tremerem de emoção por conta das infinitas referências a obra original, assim como vai trazer novos ‘potterhead’ para esse mundo tão querido por muitos!

Hogwarts Legacy chega no dia 10 de fevereiro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S. Quem optar pela compra da versão Deluxe poderá jogar à partir do dia 7 de fevereiro. Versões para PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch também estão em desenvolvimento e devem sair ainda este ano.

Esta review antecipadamente com uma versão para PC cedida pela Warner Games.

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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