30 de Outubro de 2024
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REVIEW | Jump Force

O anúncio de Jump Force na E3 2018 fez os fãs de franquias de sucesso como Dragon Ball, Naruto e One Piece vibrarem muito, afinal, você poderia criar um time dos sonhos baseados em personagens que fizeram parte da maioria das pessoas da geração atual para lutar contra outros times do sonhos. Passados alguns meses, […]

  • março 19, 2019
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REVIEW | Jump Force

O anúncio de Jump Force na E3 2018 fez os fãs de franquias de sucesso como Dragon Ball, Naruto e One Piece vibrarem muito, afinal, você poderia criar um time dos sonhos baseados em personagens que fizeram parte da maioria das pessoas da geração atual para lutar contra outros times do sonhos. Passados alguns meses, finalmente temos em mãos o grande Jump Force, que reúne os principais personagens da revista japonesa Shonen Jump. Mas, será que o game é tudo isso mesmo?

História e personagens

A história do game se concentra em um herói sem nome, que pode ser criado por você em um editor muito limitado e meio sem graça. Pra começar, eu realmente acho a criação de personagem aqui algo meio desnecessário, afinal, tendo um jogo com grandes nomes de peso quem vai querer criar um personagem do zero? Naturalmente, isso é uma questão de gosto, levando em conta que jogos de criação de personagens dentro de franquias famosas até fizeram certo sucesso, como Dragon Ball Xenoverse, mas em um jogo basicamente de luta pura, realmente é algo que não me chamou atenção.

Após a criação do personagem você deve escolher a sua equipe, Alpha, Beta e Gamma que são lideradas por Goku, Naruto e Luffy. Essas equipes, embora tenha líderes de Dragon Ball, Naruto e One Piece, possui membros de outras franquias pertencentes direta ou indiretamente ao Shonen Jump, como Kenshiro do Fist of the North Star ou Dai de Dragon Quest. Outras licenças, que foram processadas na forma de pelo menos uma figura jogável, são Black Clover, Bleach, City Hunter, Death Note, Hunter x Hunter, JoJo’s Bizarre AdventureMy Hero Academia, Rurouni Kenshin, Saint Seyia, Yu-Gi-Oh e Yu Yu Hakusho. A quantidade de personagens jogáveis é realmente incrível e animador, ver heróis conhecidos e queridos confrontando outros heróis conhecidos e queridos que você nunca imaginou que se encontrariam é realmente algo muito legal e esse é um dos pontos mais positivos do game, sem dúvidas.

Ainda sobre a história do game, Jump Force coloca o jogador na pele de uma pessoa comum, que habita nosso mundo – até que ele se vê no fogo cruzado de uma luta entre Freeza e guerreiros de Dragon Ball, One Piece e Naruto. Ao ser atingido, um objeto misterioso chamado Cubo Umbras, não apenas o salva da morte como lhe confere os poderes dos heróis. Logo após esse incidente o seu personagem se une a um exército chamado Jump Force, que tem como missão investigar a misteriosa fusão entre os universos dos mangás existentes no game. Esse enredo, unido às expressões dos personagens são os pontos mais decepcionantes do game. Esperamos uma explicação bem feita sobre o porque desse imenso crossover acontecer mas o que temos é uma explicação bem clichê junto de uma boa dose de enrolação onde todos os personagens tem que ser apresentados, sendo que grande parte deles já conhecemos de anos.

Os menus do game e a forma que avançamos de um modo de jogo para outro segue o padrão de outros jogos da Bandai, como é o caso do já citado Xenoverse, em que é extremamente cansativo ter que ficar andando e navegando pelo Hub para concluir tarefas simples que podiam simplesmente ser entregue a você. Esse formato de navegação torna o jogo cansativo e repetitivo.

Algumas das animações de cutscenes são bem mal feitas, diálogos entre personagens sem nenhum tipo de expressão facial e com dessincronização de áudio são algumas das outras falhas que o game entrega, dá a entender que foi tudo feito às pressas e que os desenvolvedores não tiveram o capricho que o game merecia.

Combate e Jogabilidade

Embora eu tenha citado grandes problemas narrativos, de cutscenes, diálogos, etc, vamos ser sinceros… o que realmente importa em Jump Force é o combate e nisso podemos dizer que a desenvolvedora acertou! Aqui você não pode esperar algo muito complexo, muito tático pois, a maioria dos combos são fáceis e os comandos básicos para golpes especiais são muito superficiais, mas como o jogo se trata de algo que una todos os públicos, acho que isso não pode ser apontado como um ponto negativo mas como um aviso para o público que espera algo mais bem trabalhado em jogabilidade.

A ambientação é outro destaque de Jump Force, no game você pode visitar cenários muito conhecidos entre as franquias e eles são bastante interativos, podem se destruir, permite correr em 360, e são bem bonitos esteticamente. Espere muitas cores, explosões, caos e destruição como tem que ser! ;p

Veredito

Embora o game tenha muitos problemas sérios e pareça vir de uma pressa de entrega levando em consideração falhas críticas como falta de sincronia de diálogos, animações mal feitas e história pouco caprichada, ainda pode ser um jogo muito divertido no que seria a sua proposta principal; O combate! Mesmo possuindo comandos simples e superficiais, pode ser considerado um bom jogo casual para mergulhar em uma tarde de domingo com os amigos, mas não pode-se esperar que seja um novo competitivo mundial como um Street Fighter V, por exemplo. A quantidade de personagens são realmente muito interessante, mas eu não indicaria pelo seu preço de lançamento (R$199,90 a R$249,90) mas com certeza em uma boa promoção vale conferir!

Jump Force está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC.

About Author

LuanVerissimo

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.