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REVIEW | Lara Croft retorna em Shadow of the Tomb Raider

Lara Croft está disposta a abrir mão de muitas coisas para dar continuidade ao trabalho do seu pai à procura da Fonte Divina, uma chave mitológica da Fonte para a imortalidade. Porém, o famoso arqueólogo nunca a encontrou, e mais, sua missão acabou por tirar a sua vida. Lara Croft, por sua vez, ocupa o […]

  • setembro 22, 2018
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REVIEW | Lara Croft retorna em Shadow of the Tomb Raider

Lara Croft está disposta a abrir mão de muitas coisas para dar continuidade ao trabalho do seu pai à procura da Fonte Divina, uma chave mitológica da Fonte para a imortalidade. Porém, o famoso arqueólogo nunca a encontrou, e mais, sua missão acabou por tirar a sua vida. Lara Croft, por sua vez, ocupa o seu manto para manter o seu legado, é onde começa Shadow of the Tomb Raider, no terceiro game do reboot do clássico Tomb Raider. O “Shadow” do nome e a capa do game, nos mostra a ideia principal do enredo;

Um eclipse iminente está definido para acionar o apocalipse maia. Lara anseia libertar-se espiritualmente do legado de seu pai enquanto também conclui o trabalho de sua vida.

Antes de falar do novo game, devemos relembrar Tomb Raider de 2013 onde Lara enfrentou desafios insuperáveis de forma grandiosa, mostrando que a personagem é muito mais do que um rostinho bonito, desde então a franquia mostrou uma evolução significativa para a personagem, no jogo posterior – Rise of the Tomb Raider, Croft assumiu mais um lado investigativo, diferente do seu jogo antecessor e destacando ainda mais uma evolução natural da mesma. O que também acontece nesse último game, que mescla tudo o que vimos até agora e apresenta uma Lara Croft completamente implacável, seja por sua inteligência, ou por sua força e destreza espetacular.

A apresentação inicial de Shadow of the Tomb Raider chega ao seu clímax com Lara provocando uma inundação cataclísmica que devasta uma aldeia em Cozumel, no México. Jonah, seu melhor amigo, implora a ela para parar com todo esse risco. Porém, Lara Croft além de tudo que citamos acima, também é conhecida por ser muito cabeça dura, então, Lara voa para o Peru em busca de um artefato maia que pode acabar com o apocalipse. Ela não é a única procurando por isso, no entanto. Trinity, a organização paramilitar nefasta que foi introduzida em Rise of the Tomb Raider, está correndo para reivindicá-lo também. Eles querem usar a relíquia para recomeçar o mundo para que eles sejam elevados como deuses.

Shadow of the Tomb Raider, mostra o lado egoísta de Lara Croft ao deixar um rastro de destruição por onde passa, talvez, ligando somente para a missão de continuar o legado de seu pai. Digo egoísta e posso citar o exemplo em que após as suas ações em Cozumel desencadearem uma cadeia de tempestades destrutivas e seus moradores tentam reconstruir, Lara pega cada pedaço do material de construção que pode encontrar para dar continuidade à sua missão. É como se a cidade inteira estivesse derrotada e a arqueóloga somente “aceita”. Algo que mostra Lara mais como uma anti-herói, e em uma cena específica nesse arco pode mostrar claramente isso, não vamos citá-la simplesmente para evitar spoiler, mas após jogá-la você saberá do que estou falando.

Embora seu arco e flechas já tradicional deste reboot esteja sempre presente, você também pode adquirir armas e munição dos inimigos da Trindade, não há aqui uma variedade muito grande de armas, até porque o combate claramente não é o propósito do game, e sim a exploração, seja ela furtiva ou não. Falando em furtividade, o game te dá alguns elementos interessantes, como em uma investida furtiva na floresta, você pode usar da artimanha de se sujar de lama para facilitar na camuflagem da personagem até o seu alvo. E digo uma coisa, a inteligência artificial dos inimigos está muito bem polida e passam um realismo de verdade. Há também novos auxílios da base para aumentar suas habilidades de percepção, o foco e a resistência de Lara; cada um deles faz com que lidar com inimigos seja um pouco mais fácil.

Embora o game não traga uma mudança gigante, talvez a mais surpreendente para Shadow of the Tomb Raider diz respeito à sua estrutura. O primeiro jogo foi totalmente linear. O segundo jogo expandiu-se com grandes áreas do mundo aberto. Esta é uma combinação dos dois. Shadow of the Tomb Raider tem três cidades que servem como centros maiores, e é aí que a maior parte da exploração acontece. Cada um tem sua parcela de ramificações que levam a tumbas, criptas e outros segredos. As missões da história acontecem em ambientes onde não há muito espaço para se desviar do caminho principal, e isso foi uma boa maneira de separar as coisas te deixando livre para avançar no momento certo para você.

As cidades acrescentam um senso de humanidade muito necessário a Tomb Raider, para fugir da mesmice da selva – que apesar de incrível, cansa muitas vezes. Pela primeira vez, vemos os danos colaterais causados ​​pelas ações de Lara. Paititi é a mais impressionante das três aldeias. Esta civilização inca perdida é o lar de habitações humildes e templos ornamentados. Aqui é onde vemos alguns dos espetáculos visuais de Shadow of the Tomb Raider. Um verdadeiro festival de cores; os verdes da selva exuberante, o azul das águas cristalinas, o laranja do pôr-do-sol sul-americano e os dourados dos templos antigos. Esse misto de cores trás um ambiente muito agradável para o game, definitivamente.

O lado positivo é que a narrativa não acaba sendo a atração mais atraente de Shadow of the Tomb Raider, não que o enredo não seja bom, muito pelo contrário, é bem explicado e envolvente. Mas, a selva peruana é repleta de oportunidades para explorar ruínas abandonadas. Há nove túmulos espalhados, cada um deles com temas e dispositivos exclusivos.

Shadow of the Tomb Raider é um ótimo game para os fãs da franquia, mas peca diante a evolução que outras franquias de mesma época vêm trazendo para a industria dos jogos. Apesar na narrativa também não fugir muito do que sempre foi, o enredo ainda assim é envolvente e, como sempre, Lara Croft é uma das melhores coisas do game, unida com os lindos cenários e jogo vai te proporcionar cerca de umas 12 a 15 horas de campanha principal.

O game já está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC.

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Redação AcessoGEEK

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