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REVIEW | MARVEL’s AVENGERS

Marvel’s Avengers foi anunciado na E3 de 2017 e deixou muitos dos fãs da franquia com o pé atrás, levando em consideração o tamanho de Vingadores em todas as mídias que já passaram – desde os quadrinhos, até mesmo nos cinemas – não seria uma tarefa fácil produzir um game sobre os heróis mais poderosos […]

  • setembro 8, 2020
  • 11 min read
REVIEW | MARVEL’s AVENGERS

Marvel’s Avengers foi anunciado na E3 de 2017 e deixou muitos dos fãs da franquia com o pé atrás, levando em consideração o tamanho de Vingadores em todas as mídias que já passaram – desde os quadrinhos, até mesmo nos cinemas – não seria uma tarefa fácil produzir um game sobre os heróis mais poderosos e fascinantes da Marvel mesmo nas mãos dos talentosíssimos desenvolvedores da Crystal Dynamics e Eidos junto da Square Enix.

E o pé atrás não era atoa, os heróis que compõem o time de Avengers são carismáticos, poderosos, e com histórias e poderes bem profundos que merecem cuidados ‘cirúrgicos’ ao serem explorados, até porque fãs se importam muito com seus heróis e diferente do que aconteceu com Homem-Aranha (PS4) da Insomniac aqui existem muito mais a ser criado e consequentemente muitas janelas podem se abrir durante o tempo, e essa é uma das promessas da Square Enix para Marvel’s Avengers; ser um game single-player com um forte multiplayer e um pós jogo amplo com o passar do tempo, como aconteceu com Destiny 2.

Nas semanas anteriores testamos o beta do jogo, mas resolvi que não escreveria sobre ele porque mesmo sendo um beta bem maior do que imaginávamos, alguns pontos me deixou confuso, mas agora, depois de jogarmos o final release devo acrescentar que tudo o que me causou confusão no beta foi totalmente esclarecido aqui.

Marvel’s Avengers tem uma história totalmente nova e foi desenvolvida em colaboração com a própria Marvel, portanto, você pode esperar por algo bem fiel aos personagens e ao enredo já conhecido dos quadrinhos. A história serve tanto como um enredo de origem quanto uma aventura épica.

A campanha do single-player começa a partir do fracasso dos Vingadores durante a A-Day – um dia em que os Vingadores se reúnem para celebrar as vitórias junto aos seus fãs – que abalou a estrutura (literalmente) dos heróis, fazendo com que todos eles se separassem acabando com o time. De início, podemos controlar cada um dos poderosos Vingadores e a jogabilidade de cada um deles é incrível. Você realmente se sente poderoso e cada personagem tem seus poderes bem diferenciados e fieis. No entanto, após esse primeiro ato do jogo, você toma o controle de Kamala Khan uma das fãs dos Avengers que estava presente no A-Day e acabou descobrindo o que – e quem – causou todo aquele caos, resultando na morte de um dos heróis principais.

A verdade imediata é que fazer um jogo baseado nos heróis queridos da Marvel e tirar do usuário a possibilidade de jogar com o Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Viúva Negra ou Hulk é uma jogada muito arriscada, mas neste caso funciona bem, pois é uma jornada paralela àquela que o próprio jogador experimenta: Kamala se transforma em Ms Marvel e o jogo cresce conforme novos heróis e mecânicas são adicionados.

O desenvolvimento desta campanha é bastante linear e permite o aparecimento de elementos e cenários que torna a sua experiência muito mais incrível. Momento de exploração e furtividade também são essenciais e muitas vezes obrigatórias durante a gameplay, mas o que nos chama mais atenção é o combate com as tropas da AIM, mesmo com uma inteligência artificial muito limitada de alguns inimigos sendo um problema pra mim, o combate é uma das partes mais divertidas sem dúvida. Digo problema com a IA dos inimigos pois muita vezes eu estava DE FRENTE para eles e não fui visto, nem que houvesse nenhum obstáculo que pudesse impedir a visão deles. A campanha dura em cerca de 11 a 12 horas.

Outro ponto positivíssimo do jogo são as habilidade e formas de como cada personagem possui características únicas, tanto de combate em si como até mesmo de mobilidade; O Hulk pula das paredes, destrói o chão com seu peso e consegue segurar coisas ao seu redor usando como arma, o Homem de Ferro voa com seus propulsores e é ideal para combates aéreos, já o Thor possui um combate mais concentrado e também pode voar com a ajuda do seu poderoso Mjonir, Kamala usa seus membros elásticos para destruir os inimigos e se pendurar em alturas maiores do que poderia alcançar normalmente. Mas, além disso, o jogo exibe todos os traços do caráter de cada um dos seus personagens; a arrogância de Stark, as dúvidas de Bruce Banner e sua relação complicada com o Hulk, a frieza da Viúva Negra e o espírito de liderança do Capitão América. 

Para você que achou pouco o tempo de campanha, vou te deixar mais tranquilo agora: A campanha é de todas as formas algo muito positivo principalmente para os fãs, mas definitivamente não é o foco principal do jogo, mas sim um prólogo do que nos espera no modo online. 

Marvel’s Avengers é estruturado como um MMO. Durante a campanha, somos apresentados a duas áreas de encontro, o porta aviões da SHIELD e o Formigueiro, onde Hank Pym e os inumanos se refugiam. De qualquer um desses pontos podemos acessar a mesa de guerra; um mapa holográfico mostrando as missões disponíveis. E aqui está o verdadeiro ponto forte do jogo. 

Cada personagem tem suas missões icônicas que expandem sua história (por exemplo, as do Hulk lidam com a radiação gama e o confronto com o Abomination, ou as de Thor nos levam a enfrentar um impostor que se apresenta como o Deus Trovão). Além das missões de facção, nas quais cumprimos tarefas para a SHIELD ou para Pym, o homem formiga. Também há missões contra as instalações da AIM, ou prática de luta contra ondas de inimigos na sala HARM. 

Todos esses níveis nos oferecem recompensas com as quais podemos melhorar nossos personagens, da mesma forma que vimos em outros jogos do gênero como Destiny. Além disso, essas operações podem ser jogadas sozinhas (com três aliados controlados por IA) ou no modo multiplayer cooperativo para 4, com matchmaking. E realmente as sensações são bastante semelhantes às que tivemos com o Destiny 2.

À medida que jogamos, subimos de nível (neste caso, o nível nos permite desbloquear habilidades em três árvores de progresso, e não afeta as características de combate) e acessamos novos objetos que podemos equipar. Esses modificadores, que são classificados por sua raridade, podem aparecer em baús ou como saques ao eliminar um inimigo e afetam nosso poder. Então, em alguns jogos ficamos “gananciosos” e vasculhamos todos os cantos dos cenários – bastante abertos – em busca daquela armadura lendária.

A progressão do personagem vai mais longe do que somente subir níveis e desbloquear habilidades, podemos obter diferentes tipos de moeda para comprar modificadores nas lojas da SHIELD ou do formigueiro, e também desbloquear novas skins (há muitas delas inspiradas nos quadrinhos, portanto temos uma infinidade de possibilidades já disponíveis ou que ainda estão por vir) com esquemas que encontramos no campo de batalha. A tudo isso devemos adicionar colecionáveis ​​- comic e documentos – e a possibilidade de desbloquear recompensas em um cartão de personagem, que funciona como um passe de batalha. 

A exploração tem um papel secundário e as partes da infiltração são apenas para dar algo a mais; Os personagens aqui resolvem seus problemas na porradaria. O sistema de combate é bastante simples. Temos um ataque rápido e forte e três especiais que carregam no decorrer da partida. E, além disso, todos os personagens têm um ataque à distância – jogando o escudo de Cap, os repulsores do Homem de Ferro ou rasgando um pedaço de rocha com o Hulk e usando-o como um projétil. 

O Hulk e Kamala são devastadores em combates corpo a corpo, já o Capitão América e a Viúva Negra são personagens mais ágeis, que baseiam sua habilidade ofensiva na velocidade, e tanto o Homem de Ferro quanto o Thor podem voar e usar poderosos ataques à distância. Para marcar ainda mais as diferenças entre os super-heróis, alguns têm estados alterados, como a fúria do Hulk, e também os especiais deixam os cabelos em pé; Kamala se torna gigante, o Homem de Ferro usa sua armadura Hulkbuster e Thor é capaz de convocar o Bifrost. Se você realmente é fã dos personagens e dos quadrinhos, dá um arrepio só de pensar, né?

Os efeitos especiais dos jogo são algo que devemos aplaudir; para nos fazer sentir poderosos, cada um dos ataques é acompanhado por efeitos de destruição espetaculares que enchem a tela de partículas, fumaça e explosões. É muito gratificante destruir os inimigos e ter todos esses efeitos jorrando para todos os lados.

O lado negativo do game são os inimigos, poucas vezes você se sentirá realmente desafiados, seja pelos chefes maiores e muito menos pelas tropas da AIM, que como eu citei anteriormente, parecem que não têm nenhuma inteligência e raramente podem ser encarados como um desafio à altura. Durante meu tempo de jogo eu até mesmo aumentei a dificuldade para ver se não era esse o problema, mas não! Realmente a Inteligência Artificial dos inimigos merece ser revista. Outro ponto negativo é a pouca variedade de inimigos, é notável que parece que estamos lutando smepre com os mesmo inimigos e isso torna o jogo repetitivo e cansativo. Outra coisa que faz com que o jogo seja repetitivo é que visitamos os mesmos locais por várias e várias vezes, com os mesmos tipos de inimigos e três ou quatro esquemas que se alternam para abrir os bunkers, nos quais estão prisioneiros inumanos ou baús com equipamento. 

Não podemos falar do game sem citar os gráficos tão bonitos e chamativos, jogamos no PlayStation 4 Pro e no PC com uma RTX 2080 Ti. O modo foto funciona bem mas tem muitos problemas, no PC, um desses problemas que passei foi que em algumas vezes quando focamos uma cena ou personagem, a iluminação muda repentinamente sem possibilidade de consertar nos fazendo perder grandes frames. Outro problema é alguns shapes que sae do lugar como a grotesca captura que fiz e você pode conferir abaixo:

Ainda assim o modo foto pode ser muito útil e divertido para aqueles que – assim como eu – curtem muito tirar várias screenshots durante a gameplay.

Mas olhando pelo lado positivo, Marvel’s Avengers tem um excelente futuro pela frente e antes mesmo do lançamento a Square Enix já se antecipou e anunciou alguns conteúdos que serão adicionados futuramente como o Gavião Arqueiro e o Homem-Aranha (somente para PlayStation), consequentemente os heróis ganharão novas missões, poderes e inimigos. Outro anúncio animador é que poderemos jogar uma raid multiplayer com 6 personagens em modo cooperativo.

A Wartable é uma tela em branco, onde novas missões e atualizações podem continuar chegando, e se a promessa for mantida, os problemas que mencionamos anteriormente podem ser resolvidos. 

Vale a Pena?

Marvel’s Avengers é incrível, faz jus aos personagens, possui uma campanha single-player excepcional, um modo online que pode ser encarado como infinito – ainda mais com as promessas de novos conteudos chegando até mesmo gratuitamente no futuro -e um modo cooperativo tecnicamente impecável. No entanto, não é perfeito, possui problemas de missões, locais e inimigos repetitivos e uma IA nada inteligente e que pode facilmente prejudicar o fluxo de jogo dos players mais exigentes. Mas claramente é um dos melhores jogos de super heróis que já joguei até hoje!

Marvel’s Avengers está disponível para PC (via Steam), PlayStation 4, Xbox One e Stadia.

Agradecemos a Square Enix por fornecer o jogo para Review.

About Author

LuanVerissimo

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.