REVIEW | Metro Exodus
Baseado em uma série de livros do autor russo Dmitry Glukhovsky, Metro Exodus chega quase 5 anos após a remasterização dos dois grandes games de sucesso da franquia unidos e distribuídos como Metro Redux. Após um desastre nuclear, resultado da terceira Grande Guerra, sobreviventes se instalam dentro e ao redor do sistema de metrô de […]
Baseado em uma série de livros do autor russo Dmitry Glukhovsky, Metro Exodus chega quase 5 anos após a remasterização dos dois grandes games de sucesso da franquia unidos e distribuídos como Metro Redux. Após um desastre nuclear, resultado da terceira Grande Guerra, sobreviventes se instalam dentro e ao redor do sistema de metrô de Moscou e tentam refazer suas vidas nos túneis, evitando contato com o ‘mundo externo’.
Os jogos anteriores, eram basicamente um game de primeira pessoa linear, misturando horror furtivo e sobrevivência com uma história impressionante e ambiciosa escrita por Dmitry, que usou o tema para refletirmos o quanto algo do tipo poderia impactar na vida real.
Embora a gente veja muita influencia de outros jogos bastante conhecidos, os títulos de Metro tem algo em comum; a dificuldade em encontrarmos recursos, o que nos dá um ar de realismo. É algo muito próprio do game! Cada tiro tem que ser bem posicionado pois ele vale ouro, e se a munição acaba? Você tem que fazer por você mesmo. Por isso é tão importante o seu modo de estratégia de se locomover de um ponto a outro, evitando conflitos desnecessários. Embora não haja estatísticas, ou opções de diálogo, o forte impulso narrativo e a exploração também pode ser comparado com alguns elementos que estamos acostumados a ver em alguns RPGs de ação.
Metro Exodus tem uma diferença muito vantajosa em comparação a seus jogos passados; o novo jogo inclui várias áreas de mundo aberto livres para exploração, coisa que vimos pouco em seus jogos anteriores, por serem completamente lineares como dito anteriormente. Por falar em história, Exodus é um sequencia direta para ambos os jogos lançados anteriormente, mas tem uma narrativa muito mais simples e que não te força ter um conhecimento prévio sobre a franquia, então se você tem interesse em jogar e quer começar por aqui, vá em frente!
No game, você joga com o personagem chamado Artyom Alekseyevich Chyornyj (ainda estou na luta de aprender a pronunciar, rsrs), um ‘soldado’ de elite que ficou obcecado com a ideia de existirem outros sobreviventes fora da área de conforto do Metro. O game se passa 23 anos após o primeiro míssil nuclear atingir paisagem ao redor de Moscou, dessa vez, é menos perigoso radioativamente andar fora das dependências “seguras” do metrô do que nos jogos anteriores, por sua vez as criaturas que te ameaçam parecem estar mais rápidas e expertas devido à evolução da mutação.
O enredo de Exodus se estende por um ano, iniciando no inverno de Moscou e abrangendo uma grande quantidade de variedades de outras paisagens, de deserto à floresta. Com as mudanças de estação e de localização,, as transições entre história e objetivos secundários funcionam muito bem, assim como a exploração e coleta de recursos para criar itens consumíveis. O mundo aberto te dá uma sensação de liberdade muito satisfatória, principalmente por que além de mostrar variações de estações climáticas, o jogo também varia entre o dia e a noite. O que te proporciona algumas possibilidades estratégicas como; esperar a noite chegar para atacar um grupo de inimigos humanos, mas consequentemente poder ser abordado por criaturas noturnas mais ativos.
No começo da análise eu citei que uma das dificuldades do game é a escassez de munição, mas a verdade é que se você for com calma você não terá problemas de falta de munição, mas acho que ainda é mais fácil e recompensador usar a estratégia de stealth, principalmente se você não estiver seguro com a sua mira, ou não ter muita paciência de produzir itens como munições. A inteligência artificial do game é algo que merece um destaque; a reação dos inimigos quanto aos seus movimentos e escolhas está muito mais realista do que nos jogos anteriores, o que torna o gameplay do jogo ainda mais divertido.
O único ponto negativo que vi no game – e que mexeu muito comigo, negativamente – foram as longas demoras no loading do jogo, porém, tenho certeza que isso é algo que uma boa atualização poderia corrigir se de fato a desenvolvedora quiser.
Conclusão
Um gameplay bem construído, o mundo aberto a possibilidades, a sobrevivência sendo um dos destaques do jogo e os gráficos muito bem trabalhados em todos os variáveis ambientes – ainda mais se levarmos em consideração que o orçamento total do game é bem menor do que grandes ‘concorrentes’. O resultado final de Metro Exodus é um jogo que parece (e é) um dos games mais maduros e significativos pós-apocalípticos comparado a outros títulos desta geração. É como se a franquia Metro tivesse crescido junto com os fãs que acompanham a base da série desde os primeiros títulos, ou até mesmo os que conheceram somente à partir do remaster em 2013 a 2014.