REVIEW | MORTAL KOMBAT 1: KHAOS REIGNS

Mortal Kombat 1 é um jogo de luta que revitalizou a clássica franquia com mecânicas de combate inovadoras e uma narrativa envolvente. Desenvolvido pela NetherRealm, o jogo conquistou fãs antigos e novos com sua combinação de ação intensa e histórias bem elaboradas. No entanto, o lançamento inicial foi marcado por problemas como microtransações agressivas e a falta de funcionalidades como o Krossplay, que deixaram muitos jogadores desapontados.

Com o passar do tempo, a situação melhorou significativamente. A NetherRealm implementou correções importantes e introduziu personagens emocionantes como DLC, aproximando a nova linha do tempo de seu verdadeiro potencial. A expansão Khaos Reigns surge como uma adição promissora a esse cenário.

O modo história de Mortal Kombat 1 sempre foi um destaque, e muitos consideram um dos melhores trabalhos da NetherRealm. A expectativa era que Khaos Reigns, com seu epílogo semelhante ao Aftermath de MK11, trouxesse mais dessa qualidade narrativa, mas isso não se concretizou.

A expansão começa logo após os eventos principais de Mortal Kombat 1, destacando o conflito entre o Lin-Kuei de Sub-Zero e o recém-formado Shirai Ryu de Scorpion. Com a ajuda dos reformulados Cyrax e Sektor, que agora usam exotrajes, Bi-Han inicia um ataque no casamento de Kuai Liang, reacendendo a rivalidade entre os irmãos.

A rivalidade histórica entre Sub-Zero e Scorpion sempre foi um ponto forte da série, e havia esperança de que Khaos Reigns aprofundasse essa narrativa com as novas versões dos personagens. No entanto, a introdução de Khaos Havik transforma a história em uma aventura multiverso, desviando o foco do que realmente importava.

Um dos aspectos menos cativantes da campanha de Mortal Kombat 1 foi sua conclusão, que desviou o foco da intrigante linha do tempo de Liu Kang para uma confusão de variantes. Isso resultou em um final emocionante, mas não deveria ter sido o centro das atenções, algo que Khaos Reigns não conseguiu evitar.

Grande parte da expansão se passa no reino de Khaos Havik, onde encontramos versões alternativas de personagens que não geram o mesmo apego emocional. Quando a narrativa se concentra nos personagens conhecidos, especialmente na transformação de Bi-Han em Noob Saibot, a história ganha força, mas perde impacto ao focar em versões multiverso irrelevantes.

Apesar de Khaos Havik ser um vilão interessante com momentos memoráveis, ele não justifica ser o foco de um epílogo inteiro, ainda mais por não pertencer à nova linha do tempo principal. Noob Saibot é o único elemento da expansão que realmente se desenvolve, mantendo sua essência com algumas mudanças sutis.

A controvérsia em torno das mudanças de gênero de Cyrax e Sektor não é central na expansão. Cyrax mostra potencial ao se aliar ao Shirai Ryu, e o romance de Sektor com Bi-Han é uma reviravolta intrigante, mas ambos carecem de desenvolvimento em comparação com o restante do elenco.

Antes que se perceba, Khaos Reigns chega ao fim. Com duração relativamente curta, a expansão não oferece muito além da introdução de Noob Saibot. Embora seja ótimo ver o personagem de volta, o conteúdo é limitado.

O ponto forte de Khaos Reigns está em seus três novos personagens jogáveis, que são adições valiosas ao elenco. Noob Saibot se destaca novamente, mantendo sua jogabilidade clássica com novas nuances, como a habilidade de detonar seu projétil.

Cyrax apresenta uma jogabilidade renovada, mantendo técnicas familiares, mas com propriedades diferentes graças ao exotraje. Ela é ágil e versátil, oferecendo uma experiência melhorada em relação à versão anterior.

Por outro lado, Sektor não se destacou tanto para mim, devido ao seu foco em projéteis pesados. Mesmo assim, a NetherRealm demonstra sua habilidade em criar personagens interessantes e inovadores.

Mortal Kombat 1 continua a acertar com seus personagens DLC pós-lançamento, e estou confiante de que os futuros lutadores também serão incríveis. No entanto, apesar das fortes adições ao elenco, a expansão é ofuscada pela última oferta da NetherRealm. Ainda assim, a experiência de jogo continua a ser enriquecida, especialmente para aqueles que apreciam o combate intenso e as histórias complexas que a série sempre trouxe. Para os fãs dedicados, Khaos Reigns oferece um vislumbre de potencial não totalmente realizado, mas ainda assim atraente.

Mortal Kombat 1: Khaos Reigns está disponível para PC (via Steam), PlayStation 5, Xbox Series, Xbox One, e Nintendo Switch.

7

Bom

Mortal Kombat 1continua a acertar com seus personagens DLC pós-lançamento, e estou confiante de que os futuros lutadores também serão incríveis.

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