23 de Novembro de 2024
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REVIEW | Naruto to Boruto: Shinobi Striker é a revolução que os jogos da franquia precisava?

Naruto to Boruto: Shinobi Striker é o mais novo da franquia Naruto, desenvolvido pela quase estreante Soleil Ltd, digo, quase estreante pois esse é o segundo jogo que a empresa lança oficialmente. O primeiro game que a Soleil lançou foi o não muito conhecido por aqui Rockshot. Embora a desenvolvedora seja nova, sua equipe conta […]

  • setembro 16, 2018
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REVIEW | Naruto to Boruto: Shinobi Striker é a revolução que os jogos da franquia precisava?
Naruto to Boruto: Shinobi Striker é o mais novo da franquia Naruto, desenvolvido pela quase estreante Soleil Ltd, digo, quase estreante pois esse é o segundo jogo que a empresa lança oficialmente. O primeiro game que a Soleil lançou foi o não muito conhecido por aqui Rockshot. Embora a desenvolvedora seja nova, sua equipe conta com funcionários já experientes que trabalharam em grandes franquias como Dead or Alive, Ninja Gaiden, entre outros.
Com gráficos parecidos com os já conhecidos jogos de NarutoShinobi Striker mistura um enredo meio que linear com uma experiência de combate multiplayer, algo nunca antes visto na franquia Naruto, mas que já foi explorado em outras publicações da Bandai Namco, como é o caso de Dragon Ball Xenoverse 1 e 2.
De cara percebemos que Shinobi Striker cai com tudo na história do anime Boruto, muitos dos heróis conhecidos de Naruto já estão mais velhos e os novos personagens de Boruto estão presentes. Inclusive, aqui, Naruto já conseguiu o seu tão sonhado status de Hokage. Baseado neste olhar para o futuro, semelhante ao anime Boruto, a famosa vila de Konoha é bem mais desenvolvida, hoje já possui arranha-céus, monitores e realidade virtual. No game, o VR de Konoha tem um papel importante, é usado extensivamente para treinar nosso novo ninja, com seu treinamento sendo usado na Ninja World League, uma competição semelhante a um torneio entre todos os ninjas.

O primeiro passo do game é a criação de nosso próprio Ninja, o que também é algo novo para a franquia, podemos selecionar uma vila; Folha, Areia, Névoa, Nuvem ou Pedra. Isso alterará nossos tipos de corpo e cor de pele de acordo com a vila escolhida. Nós também podemos escolher entre 10 penteados, 10 sobrancelhas, formas de nariz, alguns tipos de corpo, entre 16 cores de nossos cabelos, olhos e pele com uma seleção limitada de roupas. Também é permitido apenas 1 ninja, por isso, se você quiser compartilhar o jogo com um membro da família ou amigo, será necessário usar uma conta separada. Ah, uma coisa interessante também é que na medida em que você vence desafios, você poderá conseguir novas armas e itens estéticos para poder modificar o seu ninja quando quiser.

Já na parte de customização não estética, você também pode criar um conjunto de avatares, uma combinação de “classes”, como tal, para trocar entre as derrotas nas partidas. Você tem 4 slots por set, que correspondem aos 4 papéis de Ataque Corpo-a-Corpo, Ataque-A-Distancia, Defesa e Cura, cada um com seu próprio estilo Ninjustu, TaiJutsu e overall. O ataque pode usar o Rasengan, o Flash da Folha e os Oito Portões Internos, enquanto o Combate à Distância recebe Jutsu de Bola de Fogo, Rede de Shuriken de Raios e Kirin. Infelizmente, você precisará comprar ou desbloquear novos equipamentos para equipar essas classes, com punhais e espadas curtas sendo restritas ao papel à distância, espadas maiores para defesa e assim por diante.

O VR é o coração do início do jogo, possui ao todo 24 missões principais para jogar. Essas missões consistem em tarefas simples e outras mais avançadas como matar uma quantidade fixa de ninjas, clones, lutar contra grandes feras e até mesmo levar remédios para samurais. O mais triste é que das 24 missões principais do VR, só umas 4 ou 5 são totalmente diferentes, as restantes são como se fosse uma cópia das outras, mudando somente os inimigos ou pequenos detalhes, o que faz parecer que a desenvolvedora não ligou muito para a variedade das missões, usando só um ctrl c + ctrl v entre uma e outra. Juntando isso com a história sem brilho sem um grande impacto de enredo, essa parte do game tinha tudo para mostrar o quanto que Shinobi Striker poderia ser revolucionário para a franquia, mas me desapontou duramente por conta dessa falha em não nos desafiar com missões diversas e bem diferentes entre uma e outra.

Além da parte do ‘treino’ VR, Shinobi Striker é totalmente focado no multiplayer. Existem 4 modos de jogo que conseguem divertir bastante (principalmente quando jogado com amigos): O já conhecido modo de captura de bandeira, batalha de base onde você assume zonas para ganhar pontos ao longo do tempo, batalha de combate que é como um mata mata de time e a batalha de barreira, onde uma equipe terá que proteger uma criatura enquanto o outro time terá que liberar o selo e matá-la.

A Jogabilidade de Shinobi Striker é um dos pontos que mais me chamou atenção, por ser simples e extremamente divertida. No game, você poderá correr entre paredes, dar grandes saltos entre plataformas e liberar ataques que vão desde de simples arremessos de Kunais, até grandes Ninjutsus já conhecidos pelos fãs da série.

Naruto to Boruto: Shinobi Striker se afastou bruscamente do estilo original dos jogos anteriores de Naruto, não só sua jogabilidade mas também os seus gráficos que além de muito bem representados, possuem um esquema de cores mais vibrante, permitindo que os seus Justus pareçam ainda mais impressionantes e devastadores.

O hub em que você espera e fala com os NPCs repete o mesmo problema do Hub de Dragon Ball FighterZ, me parece totalmente desnecessário, com metade dele nem sendo usado para nada. Na minha opinião esse local seria ideal para os jogadores apreciarem detalhes ricos, ou até mesmo cenários diversos, mas parece mais um lugar para mexer com emotes e conversar com outros jogadores.

VALE A PENA?

É uma pena, mas para mim Naruto to Boruto: Shinobi Striker, é uma grande decepção para mim, baseado nos trailer eu esperava algo muito revolucionário, comparado aos jogos anteriores, de fato é algo bem diferente mas me parece que o jogo foi lançado antes de estar completamente pronto. Além dos problemas que citei acima – como as missões que mais parecem recicladas umas das outras e o imenso hub nada variável e com um espaço desnecessário que novamente parece que há algo faltando ali – também tive problemas com o matchmaking que me colocou em partidas contra jogadores com um nível muito mais altos do que o meu. Por outro lado a jogabilidade do game é algo que os fãs da franquia precisam experimentar, pois pela primeira vez eu me senti realmente controlando um personagem de Naruto, não só pelos lindos gráficos (até porque jogos anteriores também possuíam gráficos incríveis) mas pela liberdade que a gameplay te dá de poder viajar em um mapa relativamente grande além de correr por paredes e poder aproveitar totalmente os poderes que o seu personagem possui. É algo realmente divertido!




About Author

LuanVerissimo

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.