REVIEW | ONE PUNCH MAN: A HERO NOBODY KNOWS
Jogamos One Punch Man: A Hero Nobody Knows e a gente te conta o que achamos do game!
Ninguém faz jogos de luta baseado em famosos animes como a Bandai Namco e ultimamente, baseado nos recentes lançamentos da publisher, vimos que é cada vez mais uma tendência esse tipo de game ganhar espaço entre o catálogo deles. Outra coisa curiosa é que embora os jogos pareçam muitas vezes ter a mesma mecânica, e até mesmo o polimento dos gráficos, cada um deles tem seu estilo, sempre levando muito em consideração a fórmula da obra original, e com One Punch Man: A Hero Nobody Knows não é diferente.
Fugindo do convencional e chegando próximo à natureza sátira de One Piece, o game quebra a barreira da seriedade do combate proporcionando um novo estilo de jogo de luta, no qual a luta não é o único foco, temos elementos simples de RPG e até mesmo personalização de personagem, o que ao meu ver, é sempre algo muito bem vindo dependendo do que o público espera.
Explicando rapidamente sobre o anime em si, One-Punch Man é o que o título descreve: um homem com apenas um soco, ou seja, ele não precisa dar mais de um soco pra derrotar qualquer inimigo. Este homem é Saitama, um jovem recém-desempregado, que após salvar um garoto de ser morto por um homem caranguejo, resolve se tornar herói. Em sua jornada, Saitama fica tão forte, que derrota os monstros com apenas um soco e isso o deixa muito entediado, e sempre encontra alguém que diz ser mais forte, mas no final é sempre a mesma história, como disse antes, um soco só basta.
Mas o que fazer para criar um jogo sem desonrar o ponto chave do anime e impedir que o grande protagonista não destrua seus oponentes tão rapidamente tornando assim o jogo entendiante como a vida de Saitama no mangá/anime?
A saída que a desenvolvedora Spike Chunsoft encontrou foi a mesma do autor do mangá: Fazer que Saitama seja um personagem paralelo em seu próprio mundo. Literalmente, jogando o game por horas, conto nos dedos as vezes que controlei Saitama.
Pra falar a verdade, o One Punch Man é mais um power-up do que um personagem jogável no final das contas. Mas como Saitama aparece? Durante uma luta em que ele deve aparecer, há uma pequena janela ao lado de um cronômetro em que faz uma contagem regressiva, obviamente trata-se da contagem até que a grande estrela apareça. Nesse caso, no momento em que estou controlando um personagem fraco – geralmente o próprio herói criado por mim – meu objetivo as vezes nem é ganhar a luta em si, pois ela parece perdida, mas sim aguentar até que Saitama chegue, deixando sempre a impressão de que o tempo (ou a falta dele) é o nosso melhor aliado. O desfecho de combos perfeitamente executados e defesas no tempo certo pode reduzir um pouco o cronômetro, mas quando Saitama entra, a luta acaba efetivamente. Apenas um golpe fará qualquer inimigo ser derrotado.
Então onde começamos no game? O jogador controla um personagem personalizado recém-recrutado para a The Hero Association e que sua principal tarefa é subir na hierarquia. No caminho, eles farão missões, farão buscas e percorrerão uma área central interagindo com personagens nomeados de todo o universo do One Punch Man (algo bem parecido com Jump Force). Pessoas como Stinger, Silverfang, Hellish Blizzard e Terrible Tornado, e até alguns originais, como o Lecture Man, que ensina a tutorial, estão para escolha. Os jogadores também se encontrarão com Saitama e Genos, inserindo-se nos principais eventos da primeira temporada da série de TV, não muito diferente de uma espécie de anime.
As opções de personalização inicial são bastante limitadas, mas o guarda-roupa se expande à medida que os jogadores ganham mais prestígio e sobem no ranking de heróis. Mais pra frente no jogo, podemos criar ‘clones’ de qualquer um dos personagens do anime, além de algumas monstruosidades verdadeiramente originais. Outras personalizações, como conjuntos de movimentos baseados nos repertórios dos personagens da obra original deixam tudo mais divertido.
VEREDITO
Como eu sempre digo: Para fãs do anime, One Punch Man: A Hero Nobody Knows é algo que você DEVE dar uma chance. Mas caso você não conheça a obra do mangá/anime e queira um jogo de LUTA “raíz”, talvez seja melhor você aguardar uma promoção do jogo e comprá-lo em outro momento, visto que, apesar de o OPM ter as suas peculiaridades e diferenças de qualquer outro game de luta no mercado atual, ele é claramente um game de nicho e não agradará aos fãs de outras franquias.
Review realizado no PlayStation 4 Pro com uma cópia cedida pela Bandai Namco Brasil.