REVIEW – Pokemon Ultra Sun e Ultra Moon
Durante a Nintendo Spotlight deste ano, conferência da Nintendo durante a E3, fomos informados de que a Game Freak já estava toda empenhada no desenvolvimento de um novo jogo “core-RPG” de Pokémon para o Nintendo Switch. Podemos classificar um core-RPG de Pokémon como um jogo da franquia que seja do gênero RPG e que siga a fórmula tradicional […]
Durante a Nintendo Spotlight deste ano, conferência da Nintendo durante a E3, fomos informados de que a Game Freak já estava toda empenhada no desenvolvimento de um novo jogo “core-RPG” de Pokémon para o Nintendo Switch. Podemos classificar um core-RPG de Pokémon como um jogo da franquia que seja do gênero RPG e que siga a fórmula tradicional estabelecida dentro da série — basicamente, um novo jogo da série principal.
A partir deste anúncio, as esperas de um novo título da franquia para o novo e já popular console da Nintendo subiram consideravelmente. Todavia, a Game Freak demonstrou que ainda não esqueceu o Nintendo 3DS e da sétima geração, e demarcou o ano de 2017 para lançar os jogos que encerrariam o ciclo de passagem da franquia pelo portátil: Pokémon Ultra Sun e Pokémon Ultra Moon.
Entretanto, a receptividade para estas versões melhoradas dos primeiros jogos da sétima geração dos monstrinhos durante a época do pré-lançamento foi bem negativa e acarretou, a propensos consumidores, o surgimento da dúvida, se deveriam comprar ou não. Durante esta análise, feita utilizando a versão Pokémon Ultra Sun como base, o veredito será realizado a partir de observação dos aspectos do jogo tanto para o ponto de vista de quem já jogou Pokémon Sun & Moon (3DS) quanto para o ponto de vista de quem não jogou as versões anteriores.
Há muito tempo não víamos mais na série principal de Pokémon a tradição de termos duas versões iniciais no início de geração e, após um certo período de tempo, uma versão que melhorava falhas destas versões iniciais, denominada como “terceira versão”. A última terceira versão propriamente dita foi Pokémon Platinum (DS), jogo que já tem 9 anos de existência.
Pokémon Ultra Sun & Ultra Moon retomam esse conceito pois são basicamente uma terceira versão dividida em dois jogos similares entre si. Estes jogos possuem tudo que uma terceira versão se propõe a ser, sendo basicamente uma melhoria de pequenos aspectos de seus jogos antecessores.
Após a quinta geração onde tivemos a evolução do conceito de terceira versão com as sequências de Pokémon Black & White (DS), se deparar novamente com simples versões melhoradas em um ano após o lançamento dos jogos base aparenta um retrocesso. Ainda assim, Pokémon Ultra Sun & Ultra Moon, como “terceiras versões”, seguem o propósito de melhorar o que falhou em Pokémon Sun & Moon e conseguem alguns acertos, porém também alguns erros.
O que estas “ultra” aventuras trouxeram de novo
Tirando de questão as melhorias propostas por estes jogos, Pokémon Ultra Sun & Ultra Moon também se responsabilizaram de trazer algumas novidades. Confesso que várias conseguiram chamar a atenção, mas uma ou outra acabou sendo esquecida enquanto o progresso do jogo ocorria.
Destaca-se entre estas novidades esquecíveis o Alola Photo Club, que embora interessante na primeira vez de uso com todas as opções possíveis de construção de foto, é muito fácil se esquecer do minigame conforme o jogo avança. Entretanto, em contrapartida, o Mantine Surf — que é uma espécie de minigame também — se demonstra muito mais divertido e cativante.
Nele você utiliza um Mantine como prancha de surfe e deve seguir um percurso marítimo fazendo manobras nas ondas ao redor e desviando de obstáculos. Conseguindo uma quantidade de pontos a partir de manobras feitas, você pode receber Beach Points que podem servir como Battle Points e lhe ajudar no momento de ensinar golpes aos seus Pokémon que eles normalmente não aprendem ou até mesmo no momento de comprar Mega Stones. O impacto desta novidade nesse meio tornou-o muito mais relevante e hora ou outra me vejo surfando no Mantine tanto para o fim de conseguir estes BPs quanto para simplesmente me divertir.
Não somente um Mantine controlável é novidade, você também pode viajar pelo Ultra Space montado em um Solgaleo ou Lunala. Esta viagem permite que você descubra diferentes dimensões e capture diversos lendários a disposição, de forma a lembrar um pouco a caça de lendários presente em Pokémon Omega Ruby & Alpha Sapphire (3DS). A grande diferença é que diferente de como era satisfatório controlar Mega Latios e Mega Latias pelo céu de Hoenn nos remakes, os controles dos lendários do Sol e da Lua em Ultra Sun & Ultra Moon são muito ruins de se adaptar.
Os controles utilizam o giroscópio do 3DS, fazendo com que você tenha que manusear o console para conseguir movimentar o lendário de um lado a outro. O tempo de resposta durante essa execução tem um pouco de delay e não é raro se deparar esbarrando em esferas de energia que diminuem a velocidade do lendário puramente pela falta de estabilidade dos controles. Há nos jogos a função de desligar os controles giroscópicos para estas viagens interdimensionais, mas para isso você deve falar com um NPC no escritório da Game Freak, fazendo com que ,caso você não saiba previamente dessa informação, provavelmente nem imaginaria que os jogos fornecem tal opção.
Outra adição foi o surgimento da Battle Agency, uma Battle Facility — local voltado geralmente para a execução de batalhas consecutivas que não interferem na progressão do jogo — baseada na antiga Battle Factory, onde você utiliza Pokémon aleatórios nos combates. Conectada ao Festival Plaza — que, infelizmente, retorna ao jogo — a diferença aqui é que você deve se unir a outros treinadores do Festival Plaza e utilizar também Pokémon aleatórios relacionados a eles.
Embora divertida, a Battle Agency acaba perdendo um pouco sua relevância quando comparada as outras Facilities do jogo como Battle Royal ou Battle Tree, por causa de sua conexão com o Festival Plaza a premiação pelas batalhas por lá são Festival Coins, a moeda do Festival Plaza, ao invés de Battle Points. E como os FCs são uma moeda bem mais fáceis de conseguir aos montes por meio das Global Missions, a importância da premiação da Battle Agency decai.