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REVIEW | PRINCE OF PERSIA: THE LOST CROWN

Clássico Renovado: Confira o que achamos da Jornada do Príncipe da Persia em The Lost Crown.

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Sempre fui muito fã da franquia Prince of Persia, inclusive joguei até mesmo os jogos que sairam exclusivamente para os consoles de Nintendo, porém, a franquia acabou ficando meio esquecida na geladeira da Ubisoft e assim passaram-se 14 anos desde o último triunfo da icônica saga, mas agora, em 2024 o jogo retornou e ao estilo de Metroidvania de deslocamento lateral, o qual deu origem à franquia pelas mãos de Jordan Mechner.

Como um admirador de longa data, devo confessar que mantive um ceticismo cauteloso quando a Ubisoft revelou Prince of Persia: The Lost Crown. Tenho um afeto especial pela trilogia “The Sands of Time” e estava ansioso pelo tão adiado remake. Além disso, não desejava ver a série retrocedendo; buscava inovação, e não esperava jogar algo nesse estilo, então, obviamente fiquei um pouco desapontado quando descobri os planos da Ubisoft com o The Lost Crown.

No entanto, para todos os fãs como eu, que estavam hesitantes, digo: embarquem nesta jornada! Os fanáticos pelo The Sands of Time não serão desapontados, pois a trama é tão envolvente quanto nos títulos 3D anteriores. Nunca imaginei me envolver tanto com um Metroidvania, até porque, por mais que tenha muitos bons por ai, não é o meu estilo preferido.

A narrativa se inicia com a descrição de uma guerra na Pérsia, que parecia perdida até a invocação dos 7 Imortais para mudar o curso dos acontecimentos. O jogador assume o papel de Sargon, o membro mais jovem e promissor do grupo.

Após o cerco inicial (que serve como tutorial), somos apresentados à Rainha e ao Príncipe da Pérsia, Ghassan. Em breve, a Rainha é traída e o Príncipe é sequestrado. Isso motiva os Imortais a procurarem o culpado e resgatarem o Príncipe. Sargon e os Imortais partem então para o Monte Qaf em busca dos traidores e, acima de tudo, para trazerem o Príncipe de volta. A trama é envolvente e possui várias reviravoltas que não apenas vão prender a sua atenção, mas também vai fazê-lo se tornar um jogo muito memorável.

Ao chegar na área principal do Monte Qaf, é fácil ficar sobrecarregado com as opções disponíveis. No entanto, logo percebemos que algumas áreas e objetos estão fora de alcance, relembrando-nos de que se trata de um Metroidvania. Os pontos de salvamento são numerosos, mas não excessivos, mantendo o jogador alerta, pois a morte significa voltar ao último ponto salvo.

O mapa em de The Lost Crown é vasto! Cada região apresenta uma estética única, seja nas catacumbas, bibliotecas ou florestas. Há uma grande diversidade de locais para explorar e novos inimigos para aprender a enfrentar, pois simplesmente atacar não será suficiente. Você precisará esquivar, deslizar e utilizar uma variedade de poderes temporais adquiridos ao longo da jornada. Além disso, se houver uma área inacessível no início do jogo, você pode marcar sua localização no mapa para referência futura. Isso se mostrou útil para os menos atentos como eu e é algo que eu não tinha visto em outros jogos do gênero.

Claro que o game também apresenta várias opções de personalização do personagem. Sargon, ao seguir a história e completar missões, adquire poderes adicionais e também encontra outros personagens amigáveis. Alguns são comerciantes vendendo mapas, outros são capazes de forjar e melhorar suas armas. Os principais colecionáveis são os amuletos, que proporcionam vantagens em vários aspectos do seu estilo de combate, desde saúde extra até auxílio na localização de áreas ocultas ou aumento de dano. Portanto, independentemente do seu estilo de jogo, haverá algo para melhorar seus pontos fracos ou intensificar sua agressividade.

E você vai precisar disso! Quase todos os inimigos possuem padrões de combate específicos. Uma vez que você os compreende, derrotá-los torna-se mais fácil, até que eles mudam suas táticas, mantendo os combates dinâmicos contra inimigos comuns. Lembre-se: ataques amarelos podem ser bloqueados no momento certo, ativando uma animação especial de contra-ataque, enquanto os ataques vermelhos exigem esquiva imediata.

Isso também se aplica aos chefes principais. Se você viu os trailers, não se preocupe, pois os mostrados são apenas os iniciais e servem como aquecimento. Conforme você avança, os chefes no Monte Qaf se tornam maiores e muito mais desafiadores. Nem todos são acessíveis de imediato, então não se aventure despreparado. Geralmente, suas áreas ficam inacessíveis até que você adquira poder suficiente para enfrentá-los, então o jogo cuida para que você não meta “os pés pelas mãos”. Devo confessar que um dos primeiros chefes me fez desistir algumas vezes, até que decidi aprimorar meu personagem para o confronto. Não sendo um entusiasta de Metroidvania ou jogos desafiadores, senti um certo orgulho ao derrotar cada um dos chefes.

Prince of Persia: The Lost Crown superou minhas expectativas, pois me cativou em um gênero que nunca me atraiu tanto particularmente. Combinou elementos de fantasia, manipulação do tempo e magia, características que adoro na franquia, e me inclinou para um outro estilo de jogo do que eu estou acostumado atualmente, inclusive me fez até mesmo ter vontade de visitar e revisitar outros jogos do gênero.

Se você é fã de algum título da série Prince of Persia, certamente irá se encantar com este jogo. Caso você não seja tão fã de metroidvania, vai por mim, dê uma chance mesmo assim para esse jogo que provavelmente você não se arrependerá. Ah, um dos maiores problemas pra mim é o preço do jogo, longe de mim querer desmerecer o trabalhos dos desenvolvedores ou da própria publisher em si, mas obviamente um jogo com esse teve custos bem abaixo de um AAA convencional e está sendo vendido (no lançamento) pelo preço “cheio” de outros jogos de custos bem maiores. Então, se você não está confortável em jogar e nem sabe se vai gostar do gênero, minha indicação é que jogue mesmo assim, mas espere uma promoção ou assine o Ubisoft+ – serviço de assinatura da Ubisoft – que já possui o game em seu catalogo.

Prince of Persia – The Lost Crown já está disponível para PC, PS5, Xbox Series e Nintendo Switch.

Jornalista e professor de comunicação. Eu falo muito de bonecos. Since 1986.

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