REVIEW | TONY HAWKs PRO SKATER 1 + 2

Nem preciso lembrar que os jogos originais Tony Hawk Pro Skater são alguns dos melhores games já feitos, principalmente nesse gênero de esportes radicais. Vindo de uma era que ainda não se tornaria. Os tempos mudaram, e foram surgindo continuações vazias que claramente fizeram perder a essência dos jogos originais do Pro Skater. Quando isso acontece, nada melhor do que apagar tudo e reiniciar do zero, resgatando aquilo que de melhor a franquia tinha em sua melhor fase. E foi exatamente isso que vimos nesse remake que demorou mas chegou Confiscando* e destruindo tudo de ruim que foi lançado da franquia nos últimos anos. *referência*

Tony Hawk Pro Skater, lançados na virada do século – está completando seus 21 anos de existência em setembro de 2020 – mas com o passar o tempo se tornou algo não tão chamativo pelos próprios fãs, parecia seguir um mesmo padrão, poucas melhorias e jogo lançados de qualquer jeito, só mesmo para cumprir algo que já era frequente. Até 2010, eram jogos praticamente anuais a chegar ao mercado que buscavam emular o sucesso dos primeiros títulos, ou até oferecendo novidades que tentavam cativar um público que parecia ter se perdido no caminho. Nesse meio tempo, surgiram títulos de relativo sucesso, como a franquia Skate e até alternativas menos populares, como Olli Olli e o mais recente deles, Skater XL, para tentar preencher a lacuna deixada para este nicho específico. Mas na memória, Tony Hawk ainda era sinônimo máximo do skate moleque digital.

Como muitos de seus primeiros contemporâneos da era 3D, os dois primeiros jogos de Tony Hawk não são tão atraentes hoje em dia. Mas é uma prova para os designers que, apesar de seu bloco de baixa resolução, muitos dos níveis icônicos ainda estão gravados em nossos cérebros.

É nada menos do que de tirar o fôlego, então, a primeira vez que você entra no nível Warehouse, abertura do primeiro jogo, sente como se estivesse revisitando um velho amigo. O layout permanece basicamente o mesmo, cada quarter-pipe, rail e pilha de caixas quebráveis ​​em seu lugar certo – mas cada superfície em que suas rodas atingem é texturizada e cheia de detalhes.

O nível de Venice Beach ensolarado do THPS 2 parece incrível em uma TV ou monitor HDR, enquanto a seção semi-escondida de Brookyn Banks da cidade de NY na verdade lembra sua inspiração da vida real. E os carros ainda estão inexplicavelmente determinados a atropelá-lo em todas as oportunidades.

Tão impressionantes são os próprios skatistas, que em 2020 se parecem com seres humanos, em vez de uma coleção de formas folgadas vestindo jeans. Ver um Tony Hawk obviamente de meia-idade fazer seu truque de marca registrada, perfeitamente animado, não parou de nos impressionar depois de mais de 20 horas de jogo.

A maior parte da formação original permanece (todos retratados como sua idade atual), e agora são acompanhados por um elenco moderno que inclui Leticia Bufoni, Lizzie Armento e o garoto-propaganda da Nike SB Nyjah Huston. Todos são personalizáveis ​​com novos trajes e shapes que você compra com o dinheiro ganho no jogo, e você também pode criar seu próprio skatista, o que é muito legal tambem.

Nos jogos THPS , a música sempre foi quase tão importante quanto o skate em si, e a maioria das canções clássicas dos dois primeiros jogos está de volta para a nova edição. Uma mistura de hip-hop, rock e pop-punk, é uma delícia revisitar até mesmo as músicas malucas (das quais existem várias), e a Activision conseguiu até mesmo garantir uma série de músicas mais contemporâneas para completar a trilha sonora. Provavelmente, você nunca ouviu Less than Jake e Skepta na mesma lista de reprodução antes. E claro não podíamos deixar de citar Confisco do Charlie Brown Jr. que após muitos pedidos de fãs, finalmente entrou na trilha do game.