Review – REMATCH
REMATCH chegou! O novo jogo da Sloclap conhecida por SIFU está entre nós e te contamos o que achamos do novo game de futebol.

A busca por um futebol virtual leve, criativo e acelerado parece, há anos, um desejo não atendido pelos grandes lançamentos esportivos. Chega REMATCH e, de forma ousada, muda o cenário: aqui, futebol é sinônimo de pura energia, ação frenética e personalidade visual, deixando de lado qualquer resquício de simulação tradicional. O jogo da Sloclap reimagina o esporte mais popular do mundo, colocando o entretenimento acima da fidelidade ao “futebol de verdade” e transportando o competente know-how que o estúdio demonstrou em Sifu para um campo completamente novo.
Visual e Identidade Estilizados
Logo ao adentrar o universo do jogo, salta aos olhos o visual estiloso – cores marcantes, traços cel-shade e personagens com design caricato. A atmosfera remete ao que há de mais vibrante no gênero arcade, mas é na movimentação dos jogadores que REMATCH realmente surpreende. Dribles, fintas e passes fluem em um ritmo ágil, com animações suaves e um senso de contato físico que transmite satisfação a cada toque na bola. Nada parece ser forçado ou automático; o domínio dos controles exige aprendizado, tornando recompensador cada lance bem executado.

Jogabilidade e Cooperação: O Coração do Arcade
Diferentemente dos simuladores convencionais, a experiência aqui é totalmente centrada na ação multiplayer: só há partidas em equipes, com opções de 3×3 a 5×5, e cada jogador assume o controle de um único personagem por vez. Sem impedimentos, sem faltas, sem cartões – o futebol aqui é despojado, rápido e imprevisível.
O posicionamento, trabalho em equipe e a comunicação tornam-se essenciais, especialmente pelo sistema de rodízio que periodicamente coloca todos na posição de goleiro, exigindo atenção e versatilidade. No controle, REMATCH não oferece facilidades: é preciso aprender de verdade a calibrar passes e chutes, ajustando força e direção via câmera em terceira pessoa. Aprende-se “na raça” o valor do posicionamento, já que abrir mão da defesa é quase sempre fatal – e ver times inteiros perseguindo a bola, negligenciando o gol, é uma marca das partidas iniciais, mas o jogo rapidamente recompensa quem evolui em coletivo.
O sistema de chat rápido contribui para o entrosamento imediato entre os jogadores, por vezes transformando desconhecidos em aliados estratégicos ao longo da partida. Esse dinamismo mantém o ritmo pulsante e imprevisível até o apito final.
Personalização e Progresso Visual
Há um universo colorido de opções estéticas: cabeleiras excêntricas, tênis estilosos, acessórios variados e efeitos visuais para cada jogador transformar seu avatar. Tudo isso é liberado de diferentes formas, inclusive pelo Passe de Temporada pago, ampliando a sensação de personalização – mas, é importante frisar, essas aquisições nunca afetam o equilíbrio competitivo.

Monetização: Um Pé no Free-to-Play?
É impossível ignorar o debate sobre o modelo de negócio de REMATCH. Apesar de soar como um “free-to-play”, o jogo exige compra, disponível também no Game Pass desde o lançamento, mas com preço acessível nas lojas digitais. Ainda assim, para parte do público, pode causar estranhamento pagar por algo que se alinha tanto ao modelo gratuito. O compromisso da Sloclap com microtransações 100% cosméticas ameniza essa preocupação – nada aqui influencia a performance ou entrega vantagens a quem gasta mais.
Dinamismo, Acessibilidade e Diversão Pura
Nas partidas, a adrenalina nunca cai. Matchs rápidas, regra de misericórdia para evitar chatices em caso de goleada, e retorno imediato ao lobby para quem quer emendar uma sequência de jogos. O ritmo, aliado ao ciclo viciante de “só mais uma partidinha”, celebra exatamente o tipo de diversão que se tornou rara em títulos esportivos. A evolução natural da comunidade também faz parte da experiência, com a curva de aprendizado se tornando nítida a cada nova sessão.
Ainda assim, a escolha do modelo pago é um desafio para manter uma base de jogadores consistente e engajada — requisito básico num jogo que depende quase totalmente do online para sobreviver. Além disso, nas primeiras partidas, a falta de aderência tática pode gerar caos, mas isso tende a diminuir conforme os jogadores evoluem e se adaptam à proposta coletiva, o que mostra que o jogo aposta na meritocracia das habilidades e do entrosamento.

Vale a pena?
No fim do dia, REMATCH confirma-se como o respiro que o futebol digital precisava: frenético, instintivo, acessível e profundamente divertido. O gameplay privilegia a criatividade e a coordenação e cada momento no campo pode virar um espetáculo — seja dando um drible, acertando um chute improvável ou salvando a equipe na última linha. O resultado é uma experiência empolgante, uma alternativa muito bem-vinda aos simuladores tradicionais e uma aposta segura para quem quer inovar no multiplayer competitivo.
Se a Sloclap conseguir manter a comunidade viva, promovendo eventos e atualizações frequentes, REMATCH tem tudo para se consagrar como o principal expoente do futebol arcade moderno: transformando cada jogo em uma celebração e cada vitória em uma festa — provando que, no fundo, a melhor parte de jogar futebol, digital ou não, é a pura diversão coletiva.






