REVIEW | RIDERS REPUBLIC

Riders Republic, o novo game da Ubisoft pode facilmente ser considerado o jogo de esportes radicais mais versátil dos últimos tempos. E não é exagero meu, no game, você pode mergulhar nos skis dentro dos matagais gelados e logo após essa experiência, trocar rapidamente por um Wingsuit no céu em direção a uma montanha. Se você cronometrar a aterrissagem corretamente, pode mudar para uma bicicleta montanha abaixo e percorrer um bioma completamente diferente, com o vento soprando ao seu redor enquanto você desliza entre árvores e outros jogadores.

Preciso dizer que Riders Republic é uma conquista notável para os gamers que amam esportes radicais. Quando você encontra seu esporte preferido e o abraça, com todas as assistências ativadas no modo Trickster, é absolutamente incrível jogar. Sabe aquela sensação de frio na barriga que tem quando chega ao topo de uma montanha-russa ou ao subir uma rua íngreme de carro? Riders Republic vive essa euforia quando você está deslizando por suas várias e várias montanhas. Imagino que seja apenas uma amostra da sensação de competir em esportes radicais reais, sem o risco de se machucar de verdade, o que é ótimo pra mim. Hahaha

A Ubisoft claramente aprendeu muito com Steep, precursor de esportes de neve lançado bem antes de Riders Republic, e uniu essa jogabilidade também incrível com a mecânica de troca de veículos da série The Crew. E embora, na minha opinião essa troca de modalidades não tenha funcionado tão bem em The Crew 2, em Riders Republic sem dúvidas funcionou, e muito!

Um ponto negativo do game, e que foi responsável por cortar um pouco a minha imersão, foi a narração. Essa que por várias vezes interrompe o fluxo natural da gameplay com frases e comentário irrelevantes, mas nada que um Spotify ao fundo não possa resolver. Sobre a progressão no jogo, eu confesso que demorei um pouco para pegar todas as mecânicas diversas dos vários esportes presentes no game, pois a minha sensação é que em algumas dessas modalidades a sensibilidade dos controles aumentam drasticamente e isso acaba dificultando um pouco no aprendizado quando você tenta seguir um fluxo natural de gameplay.

Algumas horas depois e as melhores partes do sistema de progressão começarão a se encaixar, resultando em uma imersão ainda maior e facilmente roubará o seu tempo de forma que você nem mesmo vai perceber. Seu personagem passa a ganhar equipamentos regulares e novos veículos conforme você avança. 

Embora eu possa indicar de olhos fechados o game, devo dizer, porém, que nem todos os esportes de Riders Republic são igualmente divertidos. Esportes na neve são melhores do que andar de bicicleta por exemplo, provavelmente devido à experiência da desenvolvedora após sua experiência em Steep. Mas caro que isso também pode ser questão de gosto, então não leve isso em consideração para uma decisão final de compra. Caso você curta esportes radicais e queira uma experiência bem diferente dos jogos que temos entre os principais da geração neste momento, tenho certeza que você não irá se arrepender.

O Wingsuit, por exemplo, ao mesmo tempo em que nos dá a sensação de liberdade, também me deu a sensação de que foi feito somente para passar de um trecho do mapa a outro, ao contrário de outros esportes que te dão uma impressão bem maior de competição com você mesmo.

Em alguns momentos você também poderá se deparar com alguns problemas de física, como ser jogado de forma exagerada após esbarrar em um arbusto, ou ter o seu corpo jogado fortemente após um simples tropeço, entre outros pequenos problemas físicos que você pode encontrar mas que também não afetarão muito o seu desempenho no jogo e que provavelmente serão corrigidos após alguma atualização futura. Mas, por enquanto, se você apenas mergulhar e ignorar as manobras mais difíceis, poderá fazer melhor, mas a maior parte da diversão é tentar fazer flips e giros fora das muitas rampas de uma pista. 

Uma das coisas de que gostei, e espero que outros aproveitem, é a visão em primeira pessoa. Eu nunca esperei que este jogo de esportes de ação em ritmo acelerado incluísse uma visão em primeira pessoa da mesma forma que jogos de corrida de carros como Forza Horizon 5 e que funcionam muito bem lá. Achei que fazendo manobras de um lado para o outro, o cérebro não seria capaz de processar tudo e eu ficaria tonto, mas definitivamente isso não aconteceu e por incrível que pareça eu me diverti muito usando a visão em primeira pessoa. E olha que eu nem sou muito fã deste tipo de câmera nem mesmo em jogos de carro como Forza e F1.

Uma das coisas que mais me chamou atenção no game foram as muitas skins peculiares e ridículas para desbloquear. Se você quiser usar um terno de unicórnio, ou quem sabe um urso, pode fazer isso sem problemas! O jogo é bastante expressivo com sua personalização, desbloqueando equipamentos e skins exclusivas quanto mais você jogar. Também não é muito difícil desbloquear coisas novas depois de novas corridas.

Vale a pena?

Definitivamente, Riders Republic é um jogo que você vai querer jogar por horas e vai se divertir facilmente em cada uma dessas horas! É insano, é radical e passa essa adrenalina na maioria das partes do gameplay. A campanha pode ser cansativa, mas eu arrisco dizer que você provavelmente se divertirá ainda mais jogando o modo casual. As personalizações de personagem também é algo que vai te chamar muita atenção e difícilmente você vai encontrar outro game que deixe você competir por vários esportes radicais vestindo uma roupa de unicórnio. LOL

Riders Republic já está disponível para Xbox One, Xbox Series X|S, PlayStation 4 , PlayStation 5, e PC.