22 de Novembro de 2024
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REVIEW | SONIC COLORS ULTIMATE

Sonic está de volta com jogo remasterizado diretamente do Nintendo Wii

  • setembro 10, 2021
  • 6 min read
REVIEW | SONIC COLORS ULTIMATE


Já fazia algum tempo que não tínhamos algo novo e marcante do porco espinho azul mais famoso do mundo, para ser mais preciso, desde 2017, quando tivemos o lançamento de Sonic Forces que apesar de ter sido muito bem visto por uns, foi odiado por outros. Claro que essa ‘lista’ não inclui derivados nem jogo mobile. Agora, 4 anos depois, esse jejum acabou com o lançamento de um jogo aclamado de 2010, que não pôde atingir toda a sua plenitude graças a uma limitação da época que fez com que Sonic Colors tenha sido jogado somente por quem fosse dono do console Nintendo Wii da gigante japonesa. Sonic Colors: Ultimate chegou e agora está tentando consertar isso, servindo-se como uma remasterização HD com alguns novos elementos para jogadores novos e antigos. 

Pelos padrões de hoje, Sonic Colors: Ultimate tem uma narrativa que não é nada muito profundo ou que te faça pensar, até porque como muitos outros jogos do gênero o jogo é focado na gameplay em si, e isso é uma coisa boa. Os jogos anteriores do Sonic tentavam ao máximo incluir narrativas com temas e ideias sombrios, na maioria das vezes, eles não conseguiam prender a atenção no enredo e saíam claramente deixava a entender que essa parte era só uma ‘encheção de linguiça’ para poder dizer que o jogo possui uma história. Colors nada mais é do que um bom e velho enredo de Sonic versus Robotinik com escrita afiada, personagens divertidos e uma premissa simples. Buscando corrigir seus erros passados, Robotinik abre o Incrível Parque de Diversões Interestelar e convida todos a comparecer. Suspeitando de um motivo oculto, Sonic e Tails investigam o parque para descobrir o que realmente está acontecendo. É algo parecido com um filme infantil, mas serve como um pano de fundo apropriado para a jogabilidade que é rica em corridas, loops, mudança de posição de tela e combates rápidos, elementos dignos de um jogo do Sonic.

Sonic Colors apresenta aquela conhecida fórmula “Boost” – que é bem comum em jogos de corrida – onde Sonic tem um medidor de boost que pode ser gasto para alcançar velocidades ainda maiores. Colors ostenta uma infinidade de níveis curtos e doces que combinam seções 3D que induzem a emoção e seções 2D que requerem mais precisão e intenção. Sobre esse boost e velocidade dom jogo, eu diria que em um primeiro momento pode ser bem estranho e incomodo, mas devemos lembrar que estamos falando de Sonic, então obviamente que a velocidade é um ponto chave desse personagem. Enquanto a maioria dos níveis tendem a ser um pouco duros no início, o game mantém as coisas interessantes e desafiadoras enquanto dura. Digo isso porque Sonic Colors é um jogo Sonic relativamente curto e fácil quando você pega o jeito, e a maior parte de seu valor pode ser encontrada na repetição de níveis para tempos melhores, o que dá ao jogo tempo de game quase ilimitado, outra coisa que elava o replay são as buscar pelos itens colecionáveis ​​e exploração de rotas que você pode ter perdido em sua primeira corrida. O Ultimate se duplica com o modo Rival Rush, onde você pode enfrentar o Metal Sonic. Há apenas um Rival Rush por planeta, totalizando seis.

Cada um dos 6 planetas disponíveis tem 6 atos cada e uma luta de chefe. Nenhum desses atos é particularmente longo, mas são esses níveis curtos que trazem a vontade para jogarmos e re-jogarmos para ter aquela sensação de “consegui fazer o meu melhor” e esse é o principal desafio do jogo. Há um nível de design realmente estelar em exibição aqui que enfatiza a otimização e memorização para obter os melhores tempos possíveis. E por falar em otimização, nossos testes foram feitos no Switch e definitivamente o port está realmente incrível e impecável. Apesar dos múltiplos ambientes e a rápida transição entre eles, não experimentamos nenhuma queda brusca de fps, nem quaisquer outros problemas que atrapalhasse o nosso desempenho no jogo. Onde o Sonic Colors perde força é nas lutas contra chefes. Quase todos são desinteressantes e, para piorar as coisas, metade deles são recriados com alguns novos ataques.

Mas vamos falar sobree o que realmente importa no jogo, a ambientação e jogabilidade! Cada local é visualmente distinto e cada um é o lar de um tipo diferente de Wisp que Sonic pode usar para atravessar os níveis. Essas são habilidades opcionais que permitem que Sonic explore rotas alternativas e busque itens colecionáveis. Cada um é único e oferece algo novo para brincar, desde o Green Wisp que permite Sonic paire e persiga aglomerados de anéis, até o Purple Wisp que envia Sonic em um frenesi, destruindo tudo em seu caminho.

Uma novidade em Sonic Colors: Ultimate é a loja de cosméticos, uma loja dentro do jogo onde você pode comprar roupas e efeitos que alteram a aparência de Sonic durante o jogo. Você é constantemente recompensado com tokens por obter altas classificações, explorar níveis e até mesmo completar corridas de Rival Rush, e embora pareça um nível superficial no início, achei muito divertido personalizar meu Sonic de uma forma que era exclusiva para mim. 

Vale a pena?

Se você é fã do ouriço super Sonico, sem sombras de dúvidas você vai se divertir muito com Sonic Colors: Ultimate. Até porque ele trás ao jogador uma experiência bem diferente dos jogos clássicos e uma jogabilidade única. Caso você já tenha jogado em 2010 e não tenha curtido muito e mesmo assim queira dar uma nova chance, as mudanças – principalmente gráficas – são efetivamente boas, mas eu consideraria esperar uma promoção pelo menos de 30% levando em consideração que o jogo para PC, por exemplo, está saindo a R$200 (preço de lançamento). Caso você nunca tenha jogado e gostou dos trailers, dos vídeos e acha que pode se divertir, provavelmente você se divertirá muito sim! Só leve em consideração que o jogo é relativamente curto, mas possui um alto poder de replay, onde você vai desafiar a si mesmo constantemente para adquirir melhores pontuações mesmo que isso não seja necessário para seguir em frente.

About Author

Raul Constantino

Jornalista e professor de comunicação. Eu falo muito de bonecos. Since 1986.