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5 de Outubro de 2025
Game Reviews

Review – Spirit of the North 2

Spirit of the North 2 leva os jogadores de volta a um universo imerso na mitologia nórdica, novamente na pelagem silenciosa de uma raposa. A missão nos braços desta criatura é clara: erradicar a corrupção causada pelo malévolo xamã Grimnir. Ao contrário da experiência mais linear do primeiro jogo, esta sequência apresenta um vasto mundo aberto, […]

  • maio 19, 2025
  • 11 min read
Review – Spirit of the North 2

Spirit of the North 2 leva os jogadores de volta a um universo imerso na mitologia nórdica, novamente na pelagem silenciosa de uma raposa. A missão nos braços desta criatura é clara: erradicar a corrupção causada pelo malévolo xamã Grimnir. Ao contrário da experiência mais linear do primeiro jogo, esta sequência apresenta um vasto mundo aberto, repleto de florestas densas, campos nevosos e criptas subterrâneas, que podem ser exploradas em qualquer ordem. Acompanhando a raposa, um astuto corvo atuará como guia, levando o jogador a antigos Guardiões cuja restauração é crucial para a narrativa.

Novidades e Características

Entre as inovações do jogo, destaca-se o aumento significativo na duração, que se aproxima de duas vezes o tempo do antecessor. O que antes era um passeio contemplativo transformou-se em uma jornada que facilmente ultrapassa doze horas de exploração. As batalhas contra chefes agora segmentam cada região, deslocando o enfoque de quebra-cabeças simples para desafios intensivos em múltiplas fases, testando tanto reflexos quanto raciocínio crítico. O design dos quebra-cabeças foi aprimorado, exigindo do jogador uma combinação de tarefas de coleta e superação de obstáculos ambientais.

Utilizando o poderoso Unreal Engine 5, o título se destaca em plataformas como PC, PlayStation e Xbox, apresentando iluminação dinâmica e efeitos climáticos que conferem uma ambientação rica e diversificada a cada bioma. Embora esta análise busque evitar revelações indesejadas, abordará como a flexibilidade do mundo aberto e os combates com chefes modulados transformam a jornada da raposa em uma experiência que antecipa tanto a meditação quanto o desafio.

Narrativa e Ambientação

O jogo se inicia em um ambiente devastado pela mágica corruptora de Grimnir: árvores deformadas, arcos de pedra em colapso e cinzas flutuantes falam de uma civilização em queda. Com seis biomas distintos — que vão de terras altas envoltas em névoa a cavernas congeladas — cada um alberga um Guardião Perdido, cuja lenda se entrelaça à narrativa e ao design visual dessa região. Assim como em Dark Souls, onde cada chefe é cuidadosamente posicionado em um espaço específico, os Guardiões de Spirit of the North 2 se erguem como figuras majestosas, dando um propósito à exploração e uma conexão clara com o mito que permeia a história.

O jogador assume o papel de uma raposa muda, com diferenças visuais limitadas que se restringem à escolha da cor da pelagem e da tonalidade dos olhos. A falta de diálogo verbal remete ao protagonista silencioso de Journey, mas a conexão se aprofunda ao se juntar a um corvo companheiro. Este personagem não apenas marca objetivos distantes, mas também desenvolve habilidades conjuntas que se tornam fundamentais na resolução de quebra-cabeças ao longo do jogo.

A narrativa se desenrola de maneira sutil, sem diálogos. Murais fragmentados esculpidos nas cavernas, pilares semi-enterrados e mudanças climáticas inesperadas conseguem expressar a influência corruptora de Grimnir de forma mais eficaz do que qualquer cena cinemática. Os pergaminhos, frequentemente escondidos atrás de quebra-cabeças opcionais ou em penhascos erodidos pelo vento, fornecem insights sobre o contexto cultural, reminiscentes dos logs de dados em Horizon Zero Dawn. Sequências de memórias interrompem as lutas contra chefes, revelando traumas dos Guardiões e equilibrando mistério e clareza.

Em meio a essa tapeçaria rica, um fio emocional constante emerge: a solidão da raposa é sentida nos vales desolados, e sua alegria se intensifica quando um Guardião é restaurado, banhando o céu em luz purificadora. O jogo aborda, assim, temas como a solidão, a redenção e a capacidade regenerativa da natureza, utilizando visuais impactantes e uma trilha sonora envolvente para reforçar cada mudança temática.

Explorando um Mundo Aberto

Spirit of the North 2 incita os jogadores a se aventurarem por seis biomas únicos — clareiras exuberantes, montanhas açoitando pelo vento, campos de gelo cristalizado, criptas subterrâneas e terras repletas de cinzas — cada um imbuído de sua própria estética. A transição entre essas paisagens é fluida, renunciando a telas de carregamento em favor de um terreno coeso. Enquanto você navega por riachos sinuosos entre ruínas cobertas de musgo, a beira de imponentes neves parece quase cinematográfica. Contudo, reconhece-se a repetição de estruturas, como cabanas e campos de guaxinins, que podem diminuir a sensação de descoberta. Essa sensação de familiaridade se assemelha aos amplos ambientes de Xenoblade, que deslumbram a princípio mas eventualmente revelam uma arquitetura repetitiva.

O mapa permite a conexão entre regiões, movendo-se livremente por um terreno contínuo, onde pontos de viagem rápida — como tocas de raposa e obeliscos majestosos — funcionam como marcos, similares a jogos de mundo aberto consagrados como Assassin’s Creed. No entanto, a aquisição desses marcos requer a coleta de gemas com os comerciantes guaxinins, ao invés de simplesmente serem descobertos. O corvo que acompanha a raposa serve como uma bússola improvisada, muitas vezes voando em direção aos objetivos, embora sua orientação possa ser inconsistente, levando a momentos de frustração.

Colecionáveis são um aspecto essencial da jogabilidade. Os Spirit Wisps flutuam em clusters pelo mapa, que você persegue em breves sequências que às vezes parecem mais preenchimento do que um real desafio. Cada porta de masmorra demanda um número crescente de Wisps, forçando você a explorar minuciosamente o ambiente. Além disso, pergaminhos de lore, ocultos em regiões desafiadoras ou em penhascos expostos ao vento, recompensam aqueles que se dedicam a desvendar a narrativa, similar aos registros encontrados em Horizon Zero Dawn. Os tesouros dispostos em acampamentos de guaxinins podem oferecer gemas e itens cosméticos, com suas localizações frequentemente seguindo um padrão previsível.

O jogo caminha em uma delicada balança entre liberdade e o risco de um vagar sem rumo. Extensas pradarias podem parecer áridas até que um marco ou um obelisco chame a atenção. Às vezes, a falta de pontos de referência — ou a excessiva quantidade de Wisps necessários para o progresso — pode causar perda de ritmo ao retornar. Isso, por sua vez, pode fazer o mundo parecer mais uma obrigação do que uma aventura, um tropeço observado em outras explorações de grande escala que carecem de atividades paralelas envolventes. Contudo, quando um mural escondido surge em seu campo de visão ou o corvo aponta para uma caverna secreta, a grandiosidade do mundo ainda consegue evocar um verdadeiro senso de assombro e maravilha.

Dinâmica de Jogo e Progresso

Os Spirit Wisps desempenham um papel fundamental no acesso a cada masmorra, dançando em clusters brilhantes que desencadeiam sequências de perseguição. Tendo um limite de carga por vez, qualquer excesso deve ser depositado nas tocas de raposa; caso contrário, a morte pode levá-los de volta ao mundo. Esses ciclos de coleta incentivam a exploração, embora em alguns momentos possam se assemelhar a conteúdo adicional em títulos de mundo aberto, como os da série Assassin’s Creed, em vez de descobertas intencionais.

As runas oferecem uma camada tática. Com slots distintos para habilidades da raposa e do corvo, é possível combinar impulsos de movimento (como saltos duplos e deslizes) com vantagens úteis (como detectores de pergaminho e imãs de gemas). Essa troca flexível entre runas, em função das demandas do ambiente, enriquece a estratégia, embora as frequentes alternâncias possam atrapalhar o fluxo do jogo — um equilíbrio delicado entre liberdade e a gestão do menu.

As gemas, coletadas em baús e oferecidas pelos comerciantes guaxinins, alimentam uma árvore de habilidades simples, onde a herança pode ser investida em saúde, energia espiritual ou aumento na coleta de gemas. Mesmo assim, a escassez de gemas — que podem ser perdidas em mortes repentinas não registradas — traz um adicional de desafio que pode frustrar, especialmente em momentos críticos.

A personalização estética oferece uma entrada para que os jogadores expressem sua individualidade, mas seu impacto nas mecânicas de jogo é desigual. Uma raposa personalizada pode elevar a imersão, mas apenas as runas e as escolhas na árvore de habilidades afetam diretamente a progressão da jornada. Encontrar um equilíbrio entre autoexpressão e recompensas mecânicas permanece um desafio significativo para o design do jogo.

Apresentação Audiovisual

Spirit of the North 2 aproveita a potência do Unreal Engine 5 para entregar uma apresentação visual impressionante, destacando iluminação dinâmica e texturas de alta qualidade. Raios de sol filtram-se através das copas das árvores com um realismo envolvente, enquanto efeitos como brasas flutuantes nas cavernas ou flocos de neve giratórios em áreas montanhosas elevam a imersão. O ciclo de dia e noite e as variações climáticas trazem um profundo nível de detalhes, embora a repetição de estruturas, como cabanas de pedra, possa criar momentos que soem reciclados ao invés de uma nova criação.

Sonoramente, a trilha de Pav Gekko é suave durante a exploração livre, combinando cordas sutis e tons ambientais que evocam a estética minimalista de Journey. Contudo, durante os confrontos com chefes, a música evolui para camadas rítmicas e temas urgentes. A ambientação austera, que inclui sons como o canto distante de pássaros ou o crepitar de fogueiras nas tocas, se integra harmoniosamente com os sons do UI, como os sinos que anunciam a presença dos Wisps espirituais. No entanto, o ambiente sonoro é manchado por interrupções regulares — a música pode silenciar inesperadamente após a morte e os efeitos sonoros de chuva podem falhar, quebrando a atmosfera cuidadosamente construída.

O HUD se oscila entre clareza e confusão. Um mapa com neblina sobre as áreas revela regiões à medida que os obeliscos são desbloqueados, em um estilo que lembra as mecânicas de descoberta de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas ícones sobrepostos podem dificultar a visualização de novas áreas reveladas. As dicas de uso para Wisps, runas e pergaminhos são concisas, porém o menu de troca de runas frequentemente parece lento, especialmente durante quebra-cabeças que exigem mudanças rápidas. Um menu radial ou sistema de teclas de atalho mais dinâmico poderia melhorar a experiência, permitindo ajustes mais ágeis sem romper a imersão.

Desempenho e Estabilidade

Spirit of the North 2 consegue manter uma performance de quadro estável em PC e consoles, com a taxa de quadros frequentemente em torno de 60 fps durante explorações em áreas abertas, caindo levemente apenas em eventos climáticos complexos. A transição suave entre as áreas elimina a maioria das telas de carregamento, embora a viagem rápida para as tocas de raposa ainda possa apresentar interrupções perceptíveis. Mesmo com alguns patches no dia do lançamento, muitas correções necessárias e melhorias permanecem indefinidas, gerando incertezas entre os jogadores sobre o futuro do jogo.

No entanto, a experiência é frequentemente pontuada por uma gama de bugs perturbadores. Paredes invisíveis e texturas ausentes podem surgir em belos trechos do ambiente, uma reminiscência dos problemas de teste encontrados em versões iniciais de títulos como Abzû. Falhas de iluminação podem obscurecer salas inteiras após a morte em um chefe, obrigando os jogadores a tatear no escuro para reentrar em áreas. Problemas de animação também podem ocorrer, com erros resultando em personagens bloqueados — principalmente durante confrontos com chefes — exigindo reinícios completos. As interrupções de áudio podem retornar no momento mais inadequado: a trilha sonora pode falhar abruptamente, ou efeitos sonoros podem apresentar repetições gritantes que prejudicam a ambientação.

O sistema de checkpoints segue uma filosofia similar aos “bonfires”: descansar em uma toca redefine o seu ponto de ressurgimento, mas inconsistências nos respawns podem resultar em perdas significativas de progresso. Isso pode gerar uma frustração aguda, especialmente quando Wisps ou itens essenciais não são depositados corretamente.

Esforços concentrados em uma série de correções poderiam mitigar problemas de estabilidade e desempenho, enquanto melhorias funcionais, como tutoriais mais claros e uma interface de mapa mais organizada, ajudariam a sustentar a ambição do mundo aberto.

Spirit of the North 2 já está disponível para PC, PlayStation e Xbox.

9

Ótimo

Spirit of the North 2 vai agradar não somente aos fãs da franquia mas aos gamers em geral.

Plataformas:

PCXboxPlayStation
About Author

Raul Constantino

Jornalista e professor de comunicação. Eu falo muito de bonecos. Since 1986.