22 de Novembro de 2024
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REVIEW | STAR WARS SQUADRONS

Depois de vivenciar várias e várias adaptações de Star Wars para os games, desde o Super Star Wars lançado para Super Nintendo lá no começo dos anos 90, devo começar destacando que na maioria das vezes o combate espacial seja na X-Wing ou na TIE Fighter sempre foi algo que me atraia e me fascinava. Não que os outros […]

  • outubro 20, 2020
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REVIEW | STAR WARS SQUADRONS

Depois de vivenciar várias e várias adaptações de Star Wars para os games, desde o Super Star Wars lançado para Super Nintendo lá no começo dos anos 90, devo começar destacando que na maioria das vezes o combate espacial seja na X-Wing ou na TIE Fighter sempre foi algo que me atraia e me fascinava. Não que os outros elementos como os combates de sabres de luz e até mesmo a destruição de um AT-AT não me chamasse a mesma atenção, mas essa é a principal beleza dos games de Star Wars pra mim, a possibilidade de vários estilos de jogo e um gameplay variado.

Quando Star Wars Squadrons foi anunciado, um pouco depois do sucesso que foi o Jedi Fallen Order (que inclusive também fizemos a reviews que você pode confirar clicando aqui), fiquei curioso, ansioso e ao mesmo tempo em que tive um pé atrás pensando como esse universo seria explorado de forma que toda a gameplay fosse totalmente focada no combate das espaçonaves do universo de Star Wars sem que houvesse uma saturação que não acontecia em outros games pela variedade de estilos de gameplay dentro de um mesmo game. 

Sim, antes que alguém pense algo, houve alguns jogos de combate espacial estilo arcade de Star Wars e alguns deles eram até bons, como o Star Wars Rogue Leader: Rogue Squadron II, lançado em 2001. Mas Star Wars: Squadrons nos trouxe um retorno bem-vindo a algumas das complexidades do simulador, enquanto ainda mantém um enredo bem trabalhado dentro do universo que os fãs tanto amam. 

A mecânica básica será familiar caso você já tenha jogado algum outro jogo simulador de vôo em primeira pessoa, mesmo fora do universo de Guerra nas Estrelas. Você pode inclinar a sua nave para cima e para baixo, assim como levemente para a direita e para esquerda, sempre para frente e nunca para trás. Basicamente, o controle de vôo é isso. Já os comandos de combate são igualmente simples, você fixa sua mira no inimigo, em seguida dispara lasers ou mísseis contra ele. A liberdade de vôo é um das coisas mais impressionantes e animadoras do game, te dando a possibilidade de desfrutar e explorar um universo vasto e incrivelmente imenso.

Cada starfighter em Squadrons tem a capacidade de reequilibrar a alimentação de energia para priorizar diferentes componentes da nave: os motores, as armas laser e, em certas naves, o sistema de escudo. Isso dá a você acesso a benefícios específicos relacionados a esse sistema ao custo de reduzir a eficiência de outros. Por exemplo: focar toda a potência nos motores, torna a sua nave mais manobrável e aumenta significantemente a sua velocidade; caso prefira priorizar os lasers, isso te permitirá sobrecarregar os disparos por mais tempo, consequentemente tendo um combate mais agressivo; investir nos escudos fará com que eles carreguem mais rápidos e absorvam mais dano. Você deve equilibrar a sua nave de forma que não sinta necessidades durante o gameplay, mas é emocionante tomar essas decisões instantâneas no meio de uma missão e agir mais como o piloto que você deveria ser. 

Como eu disse anteriormente, todos os comandos são simples de executar (mapeados para o D-pad em um controlador por padrão, embora você possa reconfigurar todos os controles), o que significa que o desafio vem de internalizar as melhores opções para as situações em que você se encontra e lembrar de mudar as coisas quando chega a hora, no calor do momento.

É claro que o feedback que você recebe ao jogar com esses sistemas torna a experiência realmente satisfatória, e o projeto de produção testado e comprovado de Star Wars é executado bem nos Squadrons. Os sons familiares de dróides e torpedos de prótons são estranhamente reconfortantes, e ouvir o barulho do titânio enquanto você voa por um TIE que acabou de destruir é muito emocionante para quem é fã da franquia. Os cockpits exclusivos de cada nave também têm uma ótima aparência, com medidores de fácil leitura e que ao mesmo tempo não traem a visão retro-futurística característico de Star Wars.

A campanha é relativamente pequena e levamos aproximadamente 8 horas para finalizá-la por completo, mas assim como a nostalgia de ouvir os sons que estamos cansados de ouvir nos filmes da franquia, poder visitar alguns lugares das galáxias e ter a impressão que já passamos por alí antes é recompensador. Um dos pontos mais legais da campanha é que você assume o controle de dois pilotos, cada um lutando em um dos dois lados da guerra intergalática entre a recém-renomeada Nova República e o Império Galáctico. Tudo começa com uma deserção, que leva a um projeto militar secreto e reflexões leves sobre lealdade, moralidade pessoal e o que constitui uma vitória enquanto servia durante a guerra – uma trama que consegue justificar a escalada de emocionantes encontros de combate espacial. 

Além das missões principais, você também vai ‘esbarrar’ com alguns objetivos opcionais que surgem às vezes e podem servir como formas de tornar uma tarefa futura mais fácil se você for bom o suficiente para concluí-los. O que torna essas missões especiais não são os objetivos básicos: é o espetáculo de alguns dos mapas em que acontecem. Voltando para a parte nostalgia do que já citei, Squadrons leva você a algumas regiões emocionantes da galáxia de Star Wars, que são fáceis de apreciar imediatamente. Nebulosas coloridas cheias de tempestades com raios, cemitérios do Star Destroyer e uma lua estilhaçada são apenas alguns dos estágios memoráveis ​​de encontros da campanha.
A jogabilidade é intensa e muito divertida, mas tende a cair na mesmice depois de um tempo. Após a campanha, você não tem muitos incentivos a voltar a jogar, porém, o modo multiplayer está aí pra isso e nele você pode participar de batalhas de 5v5 igualmente divertidas. Há um modo de combate mortal em equipe denominado ‘dogfighting’, bem como o modo Fleet Battles, um cenário de cabo de guerra baseado em objetivos entre as duas facções principais de Star Wars. Talvez pensando no jogo como um todo, o multiplayer seja o principal foco de Squadrons, até porque a campanha principal é simples, e bem pequena comparada a outros games da franquia que são claramente focados no single player. 

Star Wars Squadrons também apresenta um sistema de progressão que recompensa duas moedas diferentes para gastar no desbloqueio de diferentes componentes da nave e itens cosméticos, o jogo é notavelmente livre de microtransações. Simplesmente nivelar seu perfil permitirá que você desbloqueie uma variedade útil de diferentes opções de carregamento para naves da República ou Imperiais, cada uma das quais dará a sua nave uma vantagem distinta. A moeda para cosméticos também é distribuída em desafios diários, mas é algo bem mais lento de se conseguir. Felizmente, a quantidade de opções de cosméticos verdadeiramente interessantes também é bastante baixa na minha opinião, o que significa que o tempo que eu precisava gastar para comprar as coisas que eu queria parecia razoável.

A verdadeira razão pela qual você é levado a continuar jogando Squadrons é pela pura alegria de pilotar uma nave que estamos cansados de ver em outras mídias, é poder enfretar outros jogadores e viver e reviver diversas batalhas dignas das telonas. 

About Author

LuanVerissimo

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.