REVIEW | Testamos o incrível Xiaomi Redmi Note 3 PRO
A Xiaomi estreou-se nos smartphones com corpo em alumínio com o lançamento do Redmi Note 3. Juntou-lhe um sensor de impressões digitais deu-lhe um preço abaixo dos 200€ para criar um smartphone bonito, com excelente qualidade de construção e boas especificações. Após algumas semanas de utilização intensiva, apresentamos a análise ao Xiaomi Redmi Note […]
A Xiaomi estreou-se nos smartphones com corpo em alumínio com o lançamento do Redmi Note 3. Juntou-lhe um sensor de impressões digitais deu-lhe um preço abaixo dos 200€ para criar um smartphone bonito, com excelente qualidade de construção e boas especificações.
Após algumas semanas de utilização intensiva, apresentamos a análise ao Xiaomi Redmi Note 3.
1 – Características Gerais
O novo smartphone Redmi Note 3 surge como um sucessor do Redmi Note 2 (lançado em Agosto de 2015), este último popularizado essencialmente pelo SoC Mediatek MT6795 Helio X10.
Neste Redmi Note 3, lançado em Novembro de 2015, embora em termos de especificações seja bastante semelhante ao seu antecessor, tem características que o destacam, fazendo dele um smartphone muito mais interessante e apetecível: a construção em alumínio, o sensor de impressões digitais e a bateria de 4000 mAh.
O Redmi Note 3 é um smartphone Dual-SIM (micro-SIM) com ecrã de 5,5 polegadas, de resolução FullHD, tem um SoC octa-core MediaTek Helio X10, 2 GB de memória RAM e 16 GB armazenamento interno (versão em análise), sem suporte para armazenamento externo microSD. A bateria é “enorme”, de 4000 mAh, e vem fornecido com a versão 5.0.2 Lollipop, com a interface proprietária MIUI 7.
Na caixa vem o Redmi Note 3, na cor cinza, um cabo USB/microUSB, um carregador, o acessório para abrir o slot dos cartões SIM e os manuais de instruções rápidas.
2 – Design
A construção do Xiaomi Redmi Note 3 é em metal, onde existem dois apontamentos em plástico posicionados nas extremidades superior e inferior, possivelmente para não causar problemas na qualidade do sinal das redes sem-fios. A forma como a Xiaomi construiu esta traseira quase não permite que se distinga o metal do plástico.
Tratando-se de um smartphone com ecrã de 5,5″, a dimensão de toda a estrutura demonstra que houve um bom aproveitamento do espaço ocupado pelo ecrã, ainda que a moldura lateral pudesse ser um pouco mais fina. A sua espessura é de 8,7 mm e o peso de 164 g, valores que lhe proporcionam uma boa ergonomia durante a utilização, maximizada pelas laterais curvas.
Na frente, além do ecrã de 5,5″, encontra-se a câmara de 5 MP, os sensores de luminosidade e proximidade, o LED de notificações RGB e o altifalante, acima do ecrã. Em baixo encontram-se os botões capacitivos de Menu, Home e Retroceder, com retroiluminação durante a utilização.
Na lateral, em baixo, está colocada a porta microUSB e o microfone e na lateral direita os botões de volume e power. Do lado esquerdo existe o encaixe para os dois cartões microSIM e em cima está colocada a ligação áudio para ficha jack de 3,5 mm e o segundo microfone, para permitir gravação de som em stereo. Está ainda disponível um LED infra-vermelhos que serve de controlo remoto universal.
Na traseira em cima encontra-se a câmara de 13 MP, o duplo flash LED de dois tons e o sensor de impressões digitais. Em baixo está colocado o altifalante principal, que reproduz som de boa qualidade se for segurado com a mão ou estiver numa mesa virado para cima. Se o smartphone estiver pousado numa superfície com o ecrã virado para cima, a qualidade sonora sai um pouco prejudicada por falta de espaço para a sua propagação. A capa traseira e a bateria não são removíveis.
3 – Interface e desempenho
A interface MIUI 7 sobre o Android 5.0 Lollipop
O sistema operativo MIUI é produzido pela Xiaomi e suportado também por uma enorme comunidade, pronta a colaborar no seu desenvolvimento. Actualmente a versão mais recente é a MIUI 7, uma interface rica, desenhada ao pormenor, leve e muito bem optimizada.
Com excepção para os modelos Redmi Note 2, Redmi Note 3, Mi 2/2S, Mi 4i e Mi 4c, que são baseados no Android 5 Lollipop, todos os outros têm como base o Android 4.4.4 KitKat, embora todos com a mesma interface MIUI 7. Isto significa que não existem diferenças em termos de aparência, no entanto, podendo parecer que não, a versão mais antiga do Android consegue ser um pouco mais fluida e optimizada. Nesta versão com Android 5, por vezes é possível notar algumas quebras na fluidez das transições bem como na troca de apps, onde tudo indica que se tratam de problemas de optimização desta versão baseada no Lollipop (também verificado no Mi 4i).
Já é sabido que a Xiaomi está a preparar as novas versões baseadas em Android 6.0 Marshmallow (ainda sem data conhecida), onde a maior parte dos dispositivos passará directamente da versão 4.4.4 para a 6, e aqui espera-se que os dispositivos com a versão 5 do Android ganhem definitivamente mais estabilidade com o Android 6.
Quanto à utilização da interface, pode ver todos os detalhes da análise à funcionalidade do MIUI, em vídeo, na análise do Xiaomi Mi 4. Em termos de segurança e controlo de permissões, consumo de dados por aplicações e notificações está muito bem conseguido.
O problema dos idiomas
Um dos problemas mais frequentes com smartphones Xiaomi prende-se com o idioma. Devido a não haver suporte oficial para Portugal, o idioma Português de Portugal não está incluído nas ROMs fornecidas pela Xiaomi, mesmo na versão Global, havendo apenas o Português do Brasil.
No entanto, a HonorBuy fornece os smartphones Xiaomi com todos os idiomas da Europa, incluindo o Português de Portugal, numa versão da ROM devidamente ajustada, com os serviços Google e Play Store completamente funcionais (já que na China não existem estes serviços Google). Pode aceder aqui às ROMs e respectivos guias de instalação fornecidos pela HonorBuy.
Sensor de impressão digital
O sensor de impressão digital, que é também um elemento da interface de utilização, é uma novidade que surge com toda a classe neste Redmi Note 3. Desde a sua localização no smartphone, à aparência e velocidade de resposta, esta é uma funcionalidade que, até agora, só era digna de existir com esta qualidade em smartphones topo de gama.
5 – Veredicto
Mais uma vez, a Xiaomi fez uma aposta com “pés e cabeça”, com características que muitos ambicionam actualmente e a um preço imbatível, tendo em conta a qualidade.
O desempenho em geral é bom, enquadrado com o segmento, e a bateria de 4000 mAh dá-lhe uma autonomia de pelo menos 2 dias, podendo chegar a 3 dias dependendo do tipo de utilização.
No que diz respeito ao Redmi Note 2, que foi lançado 3 meses antes, as vantagens para o Redmi Note 3 são claras, onde se distingue com a construção em alumínio, o sensor de impressão digital e a bateria de maior capacidade (33% superior), perdendo apenas em não suportar armazenamento externo microSD (para quem isso for relevante).
O ecrã é generoso mas é notória alguma inferioridade face ao Mi 4 ou Mi Note, essencialmente no contraste e saturação que poderão ficar um pouco aquém. A visibilidade sob luz forte é boa.
Esta é uma excelente opção para quem procura smartphones na gama dos 200€ mas com qualidade correspondente à gama superior.