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REVIEW  |  THE PLUCKY SQUIRE (O Escudeiro Valente)

Com visuais impressionantes e mecânicas criativas, confira a nossa análise completa do jogo!

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The Plucky Squire é uma aventura encantadora que mistura com maestria a exploração de mundos 2D e 3D, oferecendo uma experiência visual e narrativa única. No controle de Jot (ou Pontinho, na tradução), o protagonista de um livro infantil, os jogadores se aventuram por cenários desenhados como páginas de histórias e por ambientes realistas do mundo “real”. O objetivo é impedir que o feiticeiro Humgrump altere a história e condene o mundo de Mojo ao esquecimento. Essa transição constante entre as duas dimensões não apenas enriquece a jogabilidade, mas também oferece uma nova perspectiva de como interagir com puzzles e combates ao longo da trama. The Plucky Squire é um jogo que, além de desafiar, surpreende com sua criatividade e seu estilo visual cativante.

Uma História Que Ganha Vida

Em The Plucky Squire, a aventura se desenrola no mundo de Mojo, um cenário fantástico dentro de um livro infantil, onde você controla Pontinho, o protagonista da história. No entanto, a paz logo é perturbada por Humgrump, um feiticeiro mal-humorado que deseja se tornar o personagem principal. Utilizando magia, ele expulsa Pontinho do livro, lançando-o no “mundo real”. Agora, cabe ao herói retornar ao seu lugar e impedir que Humgrump domine completamente o livro, colocando o destino de Mojo em risco.

Poderes Além das Páginas

Com a ajuda do bondoso feiticeiro Moonbeard, Jot ganha habilidades únicas que lhe permitem viajar entre o mundo do livro e a realidade. Ao encontrar espirais verdes brilhantes, o herói pode saltar entre as páginas e o mundo exterior, resolvendo enigmas e superando desafios. Além disso, as luvas mágicas fornecidas por Moonbeard permitem interações com o livro, como virar páginas ou inclinar o cenário, mas essas ações só podem ser realizadas no mundo “real”.

Quando em combate, Jot conta com suas habilidades de espadachim, que incluem lançar a espada como um bumerangue ou realizar um ataque giratório. Ao longo do jogo, essas habilidades podem ser aprimoradas, o que torna a jornada mais estratégica e desafiadora.

Companhia Silenciosa

Apesar de Pontinho ter aliados ao seu lado, como a aprendiz de bruxa Violeta e o Batera, suas participações são majoritariamente narrativas. Eles acompanham o herói, mas raramente entram em ação nas batalhas ou durante a solução de quebra-cabeças. Ocasionalmente, outros personagens se unem à jornada, cada um desempenhando um papel específico e útil, mas que geralmente termina assim que sua tarefa é concluída. A falta de envolvimento mais ativo dos companheiros acaba sendo uma oportunidade perdida, já que Violeta e Batera poderiam ter um papel mais dinâmico no gameplay.

Repetições Que Cansam

A possibilidade de revisitar capítulos anteriores pode ser atraente para quem quer encontrar colecionáveis ou repetir minijogos. No entanto, essa opção se torna cansativa, pois não há checkpoints ou formas de selecionar partes específicas dos capítulos. Isso significa que, para acessar algo do final de um capítulo, o jogador terá que refazer todo o trajeto. Além disso, cutscenes não podem ser puladas, e há momentos estranhos em que parece que o jogo está esperando por um diálogo que já deveria ter acontecido.

 

Minijogos Diversos

Durante a jornada, Pontinho enfrenta vários chefes em minijogos que adicionam variedade ao gameplay. Em um dos embates, ele deve usar arco e flecha para abater insetos, enquanto Violeta participa de um minigame de magia que lembra Puyo Puyo. Esses momentos são divertidos e ajudam a manter o ritmo do jogo dinâmico.

Entre Mundos

Um dos aspectos mais criativos de The Plucky Squire é a alternância entre o mundo 2D do livro e o mundo 3D exterior. Pontinho pode entrar em superfícies como post-its e pedaços de papelão no mundo real, retornando ao ambiente bidimensional para resolver enigmas e avançar na história. Essa transição entre dimensões adiciona camadas interessantes à exploração e ao quebra-cabeça do jogo, criando uma experiência de aventura que é tanto desafiadora quanto inovadora.

O Encanto das Ilustrações

Visualmente, o jogo é uma obra de arte. As ilustrações em 2D, com cores vibrantes, parecem saltar diretamente das páginas de um livro infantil, enquanto o mundo 3D oferece um contraste impressionante, com objetos cotidianos como blocos de brinquedo e brinquedos realistas. O jogo também possui uma trilha sonora que, embora sutil, se encaixa perfeitamente nos dois mundos, ajudando a manter o jogador imerso na história.

 

Uma Aventura Memorável

The Plucky Squire é uma aventura marcante que cativa tanto pelos seus visuais quanto pela sua jogabilidade criativa. A combinação de mundos 2D e 3D, além dos minijogos variados, oferece uma experiência única e divertida. A única ressalva é a repetição de capítulos, que poderia ser menos trabalhosa, mas isso não diminui o impacto da história. Prepare-se para embarcar em uma jornada que mistura imaginação, desafios e uma boa dose de diversão.

Veredito

Com uma proposta inovadora e visualmente impressionante, The Plucky Squire consegue se destacar entre os jogos de aventura, oferecendo uma experiência única com sua transição entre os mundos 2D e 3D. A criatividade nas mecânicas de jogo, os puzzles intrigantes e os minijogos variados fazem dessa jornada algo especial. No entanto, a repetição de capítulos e o pouco envolvimento dos personagens secundários como Violeta e Batera podem frustrar alguns jogadores. Apesar desses pequenos contratempos, The Plucky Squire é uma obra que vale a pena explorar, garantindo diversão e encantamento ao longo de sua narrativa envolvente. Outro destaque que não citei mas que preciso deixar bem claro se dá sobre a incrível localização para o PT-BR. O jogo apresenta até mesmo dublagem em português do Brasil, feita pelo incrível Mauro Ramos (Shrek).

The Plucky Squire já está disponível para PC (via Steam), PlayStation, Xbox e Nintendo Switch.