Rock In Rio 2017 pode ser a última edição do evento no Brasil, diz Medina
A edição de 2017 do Rock In Rio pode ser a última do festival a ser realizada no Brasil. Foi o que disse o idealizador do evento, Roberto Medina, em entrevista à Veja Rio. O empresário está irritado com o “imobilismo” e a “falta de reação” no Rio de Janeiro. “Vou dizer uma coisa que nunca […]
A edição de 2017 do Rock In Rio pode ser a última do festival a ser realizada no Brasil. Foi o que disse o idealizador do evento, Roberto Medina, em entrevista à Veja Rio.
O empresário está irritado com o “imobilismo” e a “falta de reação” no Rio de Janeiro. “Vou dizer uma coisa que nunca disse a ninguém: se nada mudar neste país, esse será o meu último Rock in Rio. Não faz sentido ficar aqui. E não é para ir para Portugal, é para sair daqui. Não consigo conviver com tanta incompetência, tanta falta de cidadania”, afirmou, após ser questionado se pensa em se mudar para Portugal, devido ao sucesso do festival no país europeu.
Medina disse que, devido a seus ideais, se sente sozinho no Brasil. “Às vezes me sinto sozinho. O que a gente tem de fazer, todos nós, é reivindicar mudanças, ajudar a resolver a questão de segurança pública para valer. É difícil, mas temos de tentar”, revelou.
Apesar da crise vivenciada no Brasil – e em situação mais grave no Rio de Janeiro -, Roberto Medina crê que a sociedade está inerte no momento. “O que me incomoda é a apatia da sociedade como um todo, e aí incluo políticos, empresários e o cidadão comum. Quantas mortes mais serão necessárias para que as autoridades daqui acordem e tomem providências na área de segurança?”, questionou.
Medina, que participa de um grupo de notáveis que querem ajudar a prefeitura do Rio, crê que o turismo pode ajudar a superar a crise vivenciada no país e, em especial, no estado. “Um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas revelou que o Rock in Rio injeta R$ 1,2 bilhão na economia. A mesma pesquisa mostra que, se você acrescentar um dia à permanência dos turistas no Carnaval e no réveillon e montar um calendário estruturado de eventos, nossa receita anual com turismo pode aumentar em 20%, coisa de R$ 6,5 bilhões”, afirmou.