Titãs – Um começo interessante
Titãs é interessante, ainda que o sangue espirrando para todos os lados e os efeitos CGI provavelmente não agradem a todos, a série representa claramente os pontos fortes e fracos encontramos na DC. Cuidado com os spoilers A primeira temporada foi um gancho para tudo que pode vir a acontecer, nos apresentaram outros personagens além […]
Titãs é interessante, ainda que o sangue espirrando para todos os lados e os efeitos CGI provavelmente não agradem a todos, a série representa claramente os pontos fortes e fracos encontramos na DC.
Cuidado com os spoilers
A primeira temporada foi um gancho para tudo que pode vir a acontecer, nos apresentaram outros personagens além de Robin, Ravena e Mutano, como por exemplo Hank, Dawn e Wonder Girl. Até o Batman apareceu por ali.
Ainda que os personagens principais sejam um grupo, as estrelas do show são Ravena e Robin, claramente. A primeira, em seus quatorze anos, seria um exagero dizer que o que ela tem são poderes, por enquanto é apenas um amontoado de escuridão saindo e a qual ela não consegue controlar. Por outro lado, Robin – Dick Grayson – tem experiência em combate, treinamento para resistir todos os tipos de ataques físicos e mentais, incluindo drogas e mesmo assim, parece a jovem de quatorze anos: ao vestir a máscara não consegue se controlar e se entrega a sua raiva e violência.
A série se aprofunda no que os personagens mais velhos(Dick, Hank, Dawn, Donna) fizeram quando eram mais novos e como isso afetou suas vidas e moldou quem eles são hoje em dia.
Um dos problemas é que os episódios tem muito conteúdo, mas isso não é levado a lugar algum. Você vai ver os personagens indo de um lugar a outro sem parar, aprendendo sobre tudo e sobre si mesmos e no final isso não leva a nada, Robin continua sem controle e Ravena/Rachel ainda está mais assustada que qualquer outra coisa.
Estelar e Mutano são basicamente elenco de apoio. Claro, Estelar teve seus momentos na série que deixam claro quem ela é e um começo de relacionamento com Robin, mas nada que faça dela especial, e Mutano acabou sendo mais um efeito especial legal e um ator bonitinho do que qualquer coisa.
Uma coisa que me incomodou muito foi o final: um sonho que se extende por quase todo o episódio, que mostra Dick Grayson, casado e com filho, voltando para uma Gotham a beira de um colapso para tentar fazer o Batman cair em si, já que o mesmo resolveu matar o Coringa e isso iria transforma-lo em algo que ele nunca quis ser. O episódio cria uma expectativa em cima do Batman de que vamos ve-lo e no final das contas, não mostra seu rosto. Essa história poderia ser resolvida em 10 minutos, e não em um episódio inteiro.
Estou torcendo para que a segunda temporada foque mais no desenvolvimento dos personagens e menos em “fillers”.