Walking Dead | O Sensacional Sétimo Começo!
Normalmente nós começaríamos um post como esse avisando sobre spoilers. Mas, se você é realmente um fã de Walking Dead, e chegou até esse link… Meu amigo, minha amiga, você sabe que episódio espetacular abriu a sétima temporada da série. Entretanto, no raro evento de você ter chegado aqui desavisado, saiba: vamos estragar um dos […]
Normalmente nós começaríamos um post como esse avisando sobre spoilers. Mas, se você é realmente um fã de Walking Dead, e chegou até esse link… Meu amigo, minha amiga, você sabe que episódio espetacular abriu a sétima temporada da série. Entretanto, no raro evento de você ter chegado aqui desavisado, saiba: vamos estragar um dos episódios mais intensos de Walking Dead até agora. Spoilers avante!
Desde o começo do ano, quando a sexta temporada terminou da forma como terminou, a comunidade Walking Dead andava em fúria zumbisesca contra os produtores da série. Como que ousaram finalizar o episódio com Negan matando alguém, mas não mostrando quem essa pessoa era? A expectativa para a abertura da sétima temporada precisava entregar nessa ansiedade. E entregou. Justamente porque não focou o episódio nessa morte. Explico.
A entrada de Negan na trama tem um objetivo claro. Não o de ser um psicopata ou um sádico (como alguns chamariam o Governador). Não o de ser um animal (como os canibais de Terminus). Não. O ponto de Negan é de ser um tirano. Um tirano que usa de várias ferramentas para destruir o elemento mais valioso para a população que subjuga: a esperança. Tudo o que Negan faz, toda frase que ele emite, todo ato que ele realiza tem uma única ambição. Destruir a alma e os ímpetos de quem poderia lhe opor. E, com muita tristeza é que vemos ele ter sucesso nessa missão com Rick Grimes. Em uma época em que tanto se discute o papel de governos e como alguns governantes abusam de sua posição, Negan é um estudo de poder levado ao limite.
Tirando o elefante branco da sala. Sim, Negan massacra com Lucille o grandalhão Abraham, que já vivia em tempo extra na TV. Nos quadrinhos, Abraham já teria morrido com uma flechada na cara, dias antes daqueles eventos. Mas Negan não para por aí. Quando atacado e ofendido por Daryl, parte para sua segunda (sim, segunda) vítima, o sempre aclamado Glenn. A semelhança com os quadrinhos é incrível. A demonstração gráfica sobre como Glenn morre, os pleitos a Maggie… É de arrasar o coração mesmo dos mais duros. A maldade de Negan, brilhantemente interpretado por Jeffrey Dean Morgan, transborda da tela.
A grande sacada do episódio, entretanto, vem depois disso (cronologicamente, ao menos). Negan passa sistematicamente a eliminar qualquer liderança, qualquer vestígio de vigor em Grimes. Quer me matar com esse machadinho? Não pode. Acha que consegue se livrar desses zumbis sozinhos? Não consegue. Quer salvar mais de seus amigos? Só se eu deixar. A tortura psicológica culmina quando, na frente de todo o seu grupo, Negan leva Rick ao ponto de amputar o braço de seu próprio filho, Carl. Sim, porque se não o fizesse, Negan e os Salvadores materiam a todos. “Não, nem proteger o seu filho você consegue. Você é um ser abjeto. E é meu!”
Negan o impede no último segundo. Por piedade? Não. Para ao mesmo tempo mostrar que é um tirano soberano e, principalmente, por saber que já havia vencido. A derrota, a subserviência nos olhos de Rick é definitiva. O rei morreu: vida longa ao rei!
Tudo está perdido para os sobreviventes então? Não, pelo contrário. Os últimos momentos do episódio, com uma Maggie grávida, sofrendo, mas extremamente guerreira e obstinada revela muito da tônica do que devemos esperar para os próximos episódios. Seguramente assistiremos à mudanças graduais nos focos e esferas de liderança no grupo de Rick. Ou seria no grupo de Maggie? Só assistindo para saber!