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Crítica | ‘Hardwired…To Self-Destruct’ traz o Metallica de volta as origens 

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Quebrando o jejum de 8 anos, o Metallica lançou “Hardwired … to Self-Destruct“, 10 ° álbum de estúdio da banda.

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Metallica é uma banda norte-americana de heavy metal originaria de Los Angeles. A banda surgiu em 1981, após James Hetfield responder a um anúncio que Lars Ulrich colocou em um jornal local. Em seus três primeiros álbuns, o Metallica ganhou uma crescente base de fãs de música underground, estes álbuns tinham uma pegada mais pesada e tinham como gênero o marcante thrash metal. Nos anos 90 o Metallica lançou os álbuns Load e Reload, com esses, a banda tentou aproximar-se do rock alternativo, o que estava em alta na época, tentando assim ganhar uma nova base de fãs. Mas os albuns sairam como um tiro na culatra, a banda foi acusada pelos seus fãs mais antigos de “vender-se” para as gravadoras. A partir dai, com o lançamento dos seus próximos álbuns, o Metallica foi deixando de lado (não totalmente) o Thrash metal, abrindo espaço para mais do Heavy metal.


Ouvimos promessas de que Hardwired… To self-destruct traria o Metallica “thrash” de volta. Isso com certeza ocorreu, mas, temos que admitir que o álbum não é tão bom quanto os de 1991 para trás. O grande problema dele são músicas desestruturadas, sem inspiração, que acabam sendo cansativas. Talvez, se pudéssemos excluir algumas musicas, Hardwired… To self-destruct seria um álbum perfeito. Em geral, as letras pessimistas, de uma distopia tecnológica combinadas a uma incrível melodia conseguem cativar os fãs.

Então vamos lá, primeiro os pontos fracos:

  • Now that we’re dead: Definitivamente a pior musica do álbum. Desde sua introdução a música se mostra cansativa, a bateria não se encaixa na melodia, e para piorar, no meio do faixa temos um solo horroroso que dói os ouvidos, nem mesmo a distorção da guitarra disfarça a péssima qualidade.

     

  • Am I Savage? : Parece estar ali só para servir como justificativa de um álbum duplo. A música se torna algo previsível, uma das poucas coisas que fogem dos padrões dela é a quebrada da guitarra antes do refrão e da parte final, o que esta mais para uma banda mediana do que ao Metallica. A sua letra retrata a desumanidade: um ser que deixa de ser humano, atingido por uma espécie de vírus que também ataca seus iguais. “Eu sou selvagem?”, questiona James em um trecho da música.

     

  • Halo on fire: Aqui temos um dos trechos mais leves do álbum, com um suave dedilhado que lembra as músicas mais conhecidas de “Load” e “ReLoad”. A musica tem duração de oito injustificáveis minutos. Os riffs levam a lugar nenhum e tentam se resolver em um provável final triunfante. A letra pessimista sobre desejos que dão errado se resumem basicamente em: de boas intenções o inferno está cheio.


O melhor deixamos pro final, agora os pontos fortes do álbum:

  • Hardwired: A música dá seu ponta pé inicial em uma feroz combinação de baixo e bateria. Contendo apenas 3 minutos de duração, Hardwired é rápida e objetiva. O solo agudo com várias notas por segundo torna a música ainda mais interessante. A letra trás a tona o tema da autodestruição e distopia, fazendo uma combinação perfeita com a rapidez e peso da melodia.

     

  • Confusion: Iniciando com uma espécie de marcha, a música anuncia a segunda parte do álbum duplo. James da vida a um soldado acordando após a guerra, este ainda consegue sentir e se mover, mas perde lentamente a sanidade. A faixa é mais harmoniosa do que outras. O tema de guerra inspira a bateria (que mandou super bem) e até o solo, que remete aos gritos do soldado que não consegue esquecer o sofrimento da batalha.

     

  • Spit out the bone: A música trás mais do thrash metal para fechar o álbum com chave de ouro. Tendo o dobro de tempo de Hardwired, ela é envolvente, feroz e rápida. A letra conclui bem a história, com um tom pessimista junta a uma pitada de humor. A “desumanidade” é confirmada e os homens são dominados de vez por máquinas.


Hardwired… To Self-destruct está disponíveis para venda nas melhores livrarias do Brasil, e você também pode ouvi-lo na plataforma Spotify.

Série maníaca, cinéfila, apaixonada por música e simpatizante dos Starks de todos os universos. De dia Supergirl, de noite the fastest woman alive!

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