Crítica | O sombrio “A Bruxa”
Muito se falou sobre o filme “A Bruxa” durante os últimos dias e não é de se esperar que a expectativa nele depositado é a máxima possível em todos que estão indo conferir o filme. Levando em consideração que hoje em dia poucos são os filmes de terror que levam as pessoas ao cinema depois de um BOOM […]
Tecnicamente o filme é realmente ‘lindo’ desde sua fotografia sombria até seus cenários simétricos – uma floresta que te dá a REAL sensação de indignação “QUE MERDA ESSE POVO TEM NA CABEÇA DE MORAR NUMA PORRA DE UMA FLORESTA DESSAS?” (em letras garrafais e com palavrões mesmo) – e um enredo lento à primeira vista mas que se mostra importante a cada cena.
Falando sobre as atuações, nada melhor que colocar bons atores desconhecidos para um filme que seu principal foco é manter a atenção do público numa ficção que confunde a mente à realidade – mesmo que o filme não seja baseado em fatos reais – atores muito midiáticos quebram isso e na minha opinião eles não combinam com esse tipo de filme.
Em suas cenas de créditos finais, é destacado algo como: “Os diálogos e histórias foram tiradas de documentos e testemunhas” algo do tipo e isso se liga ao que mais deu certo no filme e o que faz todo esse hype de comentários e crítica. Não são os sustos, não é o medo e nem mesmo os cenários e fotografia perfeita como eu havia citado acima. O que faz “A Bruxa” um filme realmente promissor, memorável e estrondoso é o seu clima real, sombrio, aquele mesmo clima que vimos em “A Corrente do Mal (2015)” aquele mesmo clima que levam as pessoas a ver filmes como “Anti-cristo”, aquele clima que não te dá medo, mas te faz pensar: “Se essa bruxaria toda existe, as coisas acontecem exatamente dessa forma” talvez seja por conta disso que o filme vem atraindo a atenção de religiões pagãs e tirando o sono das cristãs. E pra mim, é isso o que chamou a atenção no filme.
Conclusão
Falar que pessoas passam mal ao ver o filme é um exagero, falar que o filme se tornará um clássico é forçar demais a barra, agora, não devemos subestimar o filme, ele é bem dirigido, bem montado, possui uma ótima direção de cena e de fotografia e as atuações são convincentes, o roteiro é bem distribuido e o final pode deixar a desejar por o filme ter um desfecho tímido, mas estrondoso. Algumas coisas não foram completamente explicados e nem precisam. Enfim, “A bruxa” é sim digno de repercussão, mas não de fanatismo, merece ser assistido mas não reassistido e vá sem medo, você pode até achar algumas cenas pesadas, mas você não vai passar mal por conta disso.