Crítica | Pai em Dose Dupla

Will Ferrell é um cara que sempre surpreende com seu jeitão “natural” de ser, demonstrando um carisma no melhor estilo Mr. Bean moderno cativante.

Lançado um pouco atrasado no Brasil “Pai em Dose Dupla” conta a história de uma família
onde seu chefe é o padrasto e se vê “ameaçado” pela presença surpresa e repentina
do pai das crianças – Interpretado por Mark Wahlberg – que chega logo na hora que ele está prestes a conquistar o carinho e atenção das crianças.

Ferrell é o ator para filmes complexos, roteiros que exijam uma personalidade forte e ao mesmo tempo – digamos – pateta.

No filme temos diversos altos e baixos, consegui me divertir e rir bastante diante à dupla
que Ferrell formou com Wahlberg, um ator que na minha opinião é excelente e merece todo o destaque que ganha em suas atuações, porém, no filme, algumas coisas importantes são exploradas superficialmente e outras que o roteiro deveria mergulhar de cabeça simplesmente torna a cena fria e sem profundidade.

O filme é super previsível, só em ver o trailer ou ler a sinopse você consegue imaginar todo o filme
e acertar como será o desenrolar, o diferencial está no “como tudo isso acontece?”. Todos os
detalhes do filme que se ligam e que conseguem prender a atenção, as piadas inteligentes e ‘inocentes’ naquele estilo Débi & Loide, nisso o filme é sensacional.

Uma das minhas partes preferidas do filme é o ponto de virada, ou clímax do filme, onde a cena que finalmente os dois protagonistas conseguem se entender e salvar o filme cordialmente,
o final é excelente e nesse ponto o filme acerta em conseguir fechar o roteiro com uma sacada tão
sensacional que me fez querer assistir mais uma vez ao filme.

O Filme vale muito a pena, pelo elenco, pela temática, pelo roteiro, pelo clímax e pela personalidade dos personagens que só a dupla Will Ferrell e Mark Wahlberg conseguiria nos passar tão bem.

Pai em Dose Dupla (Daddy’s Home)
Direção: Sean Anders
Elenco: Will Ferrell, Mark Wahlberg e Linda Cardellini
Produção: EUA, 2015, 10 anos.