DC Rebirth – Como está a saga?
Há aproximadamente um mês, fizemos aqui no AcessoGEEK a cobertura do lançamento de DC Rebirth, desde as surpresas envolvendo a cronologia Watchmen, até as primeiras edições da nova linha editorial. Agora, com um pouco mais de bagagem, podemos dizer com maior certeza: a bandeira “Rebirth” é realmente um sucesso. Números preliminares de Junho apontam um […]
Há aproximadamente um mês, fizemos aqui no AcessoGEEK a cobertura do lançamento de DC Rebirth, desde as surpresas envolvendo a cronologia Watchmen, até as primeiras edições da nova linha editorial.
Agora, com um pouco mais de bagagem, podemos dizer com maior certeza: a bandeira “Rebirth” é realmente um sucesso. Números preliminares de Junho apontam um nível de vendas substancialmente maior para a DC. Títulos sequer tidos como top de linha estão batendo grandes publicações da Marvel, inclusive Guerra Civil II.
Mais do que vendas, o que realmente nos interessa é a qualidade das séries sendo publicadas e, aqui também, DC tem dado ótimos exemplos de arte, caracterização e trama. O objetivo desse post é de orientar os nossos leitores sobre qual tema e estilo cada série oferece e quais recomendamos. Lembrando que nem todas as séries foram lançadas ainda, pelo que esse post vai ser atualizado em um futuro breve. E podem ler tranquilos: sem spoilers das revelações até agora.
Urbano e Sujo
Os recantos mais metropolitanos da DC, onde crimes e chefes de gangue imperam. Já há uma boa quantidade de tramas girando em torno dessa premissa, todas elas bastante interessantes. “Batman” mostram um cavaleiro das trevas lidando com novos heróis (Gotham e Gotham Girl) chegando à sua cidade e oferecendo ajuda. Dá para perceber que o roteirista Tom King (o mesmo de Vision e Omega Men) enxerga Bruce quase como um James Bond. Funciona. O Alfred dele também é ótimo.
Arqueiro Verde é uma grande surpresa. Mistura essa ação urbana com toques de romance com a Canário Negro. E o que é melhor: já se vislumbra um tanto daquele crítica social associada a Oliver Queen, a dualidade do personagem em ser um milionário e um vigilante das massas.
A União Faz a Força
Séries onde o foco é a dinâmica das equipes, com alguns personagens mais fortes e um elenco mais amplo. Honestamente, aqui é onde me decepcionei um pouco com a DC. A publicação de Justice League Rebirth por Brian Hytch não foi ruim, mas ainda precisa mostrar ao que veio. Tudo bem que se trata de uma edição “zero”, mas para o título principal (?) da editora, precisa de mais músculo.
Por outro lado, o grupo expandido do Batman e Batwoman em Detective Comics começou muito bem. Formar um grupo em treinamento em Gotham faz todo sentido, o senso de perigo vindo de uma organização criminosa está muito bacana e a mistura de personagens tão ecléticos (desde o Cara de Barro ao Robin Vermelho), não deixa a estória parar.
Titans apelou forte para o senso de amizade e emotividade dos personagens, em um grande clima de reencontro entre eles e os leitores. Faltam trama e pegada ainda, mas já se percebe o carinho dos autores (especialmente Dan Abnett) com esse grupo.
O Místico e o Cósmico
Aqui é onde a linha editorial realmente está se destacando. Mulher Maravilha começou muito bem, já chutando a porta da mitologia grega, mitologias anciãs, soldados rebeldes, tem de tudo! Os quadrinhos do Flash – talvez os mais próximos da trama mestre de Rebirth, justamente a Titans – têm um desenho único do desenhista italiano Giandomenico. Aquaman, também do inspirado Dan Abnett, traz uma proposta diferente, mais política, com Arthur buscando estabelecer vínculos diplomáticos entre Atlantis e a superfície, se negando a repetir os ciclos de violência passados com seus principais rivais.
E tudo aqui é Super!
Para mim, a família que mais se beneficiou de Rebirth… a linha do Superman. Ainda faltam sair várias séries dessa turma (especialmente da SuperWoman e do New Superman Chinês), mas Action Comics e Superman já mostraram uma qualidade muito boa. Action Comics é filme do Michael Bay com o Superman: não espere grandes nuances de Dan Jurgens como roteiro, mas a octanagem está lá. No outro lado do espectro, Superman mostra Clark como o “Pai Kent” e a dinâmica com seu filho Jon é boa demais. O moleque rouba todas as cenas e vários momentos são tocantes.
Vindo pela frente
Ainda tem muita coisa. Além da expansão da família Super, tem lançamento do lado do Batman (Asa Noturna, Batgirl), Lanterna Verde (Hal Jordan e a Tropa), Ciborgue, Constantine… E em pouco tempo rola a San Diego Comic Con. Apostas altas em anúncios de séries para o Shazam e Sociedade da Justiça! Sem falar na linha “Young Animal”, do Gerard Way do Chemical Romance, abrindo com Doom Patrol.
Está fácil ser fã da DC ultimamente. Eu ando feliz da vida!