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Crítica | Batman Vs Superman – A Origem da Justiça é um filme incrível perdido nas mãos de um diretor confuso

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Antes de se reunirem para formar a Liga da Justiça, os dois heróis mais populares da DC Comics se enfrentam em uma batalha épica. Com todo o respaldo cinematográfico da Warner, Batman vs Superman: A origem da justiça estreiou, nesta quinta-feira (24), com a missão de abrir caminho para o coletivo da DC, no rastro do sucesso da franquia Os Vingadores, da rival Marvel. O longa-metragem de 153 minutos aproveita o bom momento dos dois protagonistas na telona: O homem de aço (2013) arrecadou quase US$ 670 milhões e O cavaleiro das trevas ressurge (2012) chegou a US$ 1 bilhão.

A história do filme começa introduzindo Bruce Wayne e seu alter-ego, o Batman o vigilante de Gotham bem mais maduro e experiente como estamos acostumados a ver. A atuação de Ben Affleck é um grande destaque, se o Christan Bale havia sido um bom Batman na trilogia de Nolan, Ben Affleck me fez esquecer um pouco àquela versão do herói. A direção do filme deixa muito a desejar, pra mim, o diretor Zack Snyder foi um dos maiores fracassos que deixou à desejar desde a introdução dos personagens quanto ao clímax do filme onde durante todo o percurso, provocou controversas SÉRIAS que em pouco tempo ficavam facilmente visíveis – um exemplo é uma das primeiras cenas onde o mordomo e fiél escudeiro do morcego diz claramente que o Superman é uma grande ameaça pela força que ele tem e pelo que pode causar, logo depois, em uma cena posterior, quando nada havia mudado, ele diz que o Superman não é uma ameaça, hã?

O filme se perde em sua própria narrativa mas se ganha em atuações, efeitos especiais e emoção. Muitos criticam a falta do enredo ao pé da letra baseado no famoso e conceituado HQ Batman: The Dark Knight de Frank Miller que facilmente comparamos ao filme e certamente foi levado como referência para a criação de seu roteiro e realmente seria bem menos clichê explorar  a história da HQ e mostrar o Batman de Miller como seu próprio inimigo, enfrentando suas crises existenciais profundas após a morte de Robin –que no filme foi mostrado brevemente o que me deixou MUITO frustrado pois seria um ótimo ponto à se trabalhar – o filme investiu nos mesmo clichês de sempre “Sou Batman, tenho uma idade mais avançada, mas parece que meus pais morreram ontem, porque sofro que nem criança” ao contrário de explorar o lado Cavaleiros das Trevas de “Sou Batman, mato mesmo porque cansei dessa porra toda de ser bonzinho, sou frustrado pela morte do meu companheiro mais próximo e tenho muita coisa pra mostrar depois de todos esses anos sendo o vigilante de uma cidade onde seu principal ponto turístico é a destruição”. ISSO que faltou no enredo que introduz Batman nessa nova roupagem DC nos cinemas já que era tão visível a referência à fase de Frank Miller.

Agora vamos falar sobre Superman? Sim, o Superman foi um pouco menos explorado, talvez por esse ser um filme do Batman e não do Superman, mas mesmo assim as suas duas participações sim foram bem dosadas, mas não mostraram nada de novo, nada que não vimos no seu filme anterior “O Homem de Aço (2013)”.

O diretor Zack Snyder comete várias incoerências como ao longo do filme, o que me deixa triste pois em quase 3 horas de filme ele não conseguiu estabelecer uma história bem amarrada, não conseguiu falar sobre os personagens com profundidade e insistiu – como eu disse anteriormente – em traumas clichês e ultrapassados, deixando de lado outras crises de Bruce que poderiam ser muito bem explorados para dar uma ênfase maior nas emoções do filme como um todo.

Os cortes de cena me pareceram meio forçados e amadores por serem bem mal feitos, muitas vezes nos deixando meio perdidos em relação em ligar uma cena à outra quebrando a lógica do roteiro, como se estivéssemos contando toda a história em poucos minutos, como em um curta metragem.

A direção pra mim foi o ponto mais fraco do filme, agora vamos falar de atuações – em ordem – começarei falando da INCRÍVEL atuação de Ben Affleck, tanto como Bruce, tanto como Batman. Affleck é muito bom no que faz, seja dirigindo, seja atuando, seja roteirizando, mas dessa vez , pelo menos pra mim, ele surpreendeu e conseguiu superar seu antecessor Christian Bale.

Sobre Henry Cavill, confesso que a sua atuação em “O Homem de Aço de 2013” não me cativou e nem me conquistou, sempre tive a impressão que o Superman/Clark Kent do ator não passa estreitamente o lado carismático e amigável dos personagens, porém, nesse filme ele conseguiu mostrar um pouco do lado humano do Homem de Aço mas ainda não como deveria, só que terminei o filme podendo dizer que terminamos o filme tendo um Superman de verdade!

O destaque pra mim, depois de Affleck foi sim a Gal Gadot, que depois de se dedicar muito ao papel após ser confirmada, cumpriu bem ao que foi atarefada. Claro que o filme não focou muito em sua personagem, não se aprofundou em sua história, aliás, nem sabemos quem ela é no filme! Mas suas características, seu carisma e seu jogo de cintura conseguiu me convencer e pra mim agora consigo vê-la como a Mulher Maravilha.

Jesse Einsemberg, o mágico, o Zuckerberg, o LEX LUTHOR! Não posso falar muito dele pois escreveria umas trezentas linhas de elogios, que garoto de atuações MAGINÍFICAS e seu personagem talvez seja um dos mais surpreendentes do filme, pelo seu lado louco e perfeitamente impresso graças a Einsemberg.Dou nota 10 para as atuações sem dúvida e para os efeitos especiais, um filme que apesar dos pesares é sim indispensável para os fãs e não fãs, uma obra LINDA de se ver, prende sim a atenção, mas difícilmente será levado como um clássico dos filmes de heróis, infelizmente.

Quatro curiosidades sobre Batman e Superman (passe o mouse para conferir o texto):

 

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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