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REVIEW | LOST IN RANDOM

O novo jogo da EA Originals já está disponível.

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Lost in Random é um jogo recém lançado dentro do selo EA Originals que consiste nos jogos publicados pela EA e desenvolvidos por estúdio independentes, aqui o desenvolvimento ficou à cargo do estúdio sueco Zoink. A divisão de Originals da EA também abriga outros jogos que eram super promissores e alcançaram um grande número de fãs pelo mundo como o It Takes Two, A Way Out, Knockout City, entre outros.

Desta vez, você assume o papel de Even, que segue uma jornada em busca de sua irmã Odd, que foi levada pela Rainha em seu décimo primeiro aniversário depois que ela tirou um seis em um dado amaldiçoado. Embora Lost in Random tenha uma premissa simples, ainda assim é um título curioso, pois é difícil definir a primeira vista um gênero para o jogo pois ele mistura vários elementos de vários gêneros diferentes, aventura, puzzle, jogo de plataforma, etc.

Durante sua aventura para encontra a sua irmã, Even faz um amigo bem interessante no jogo que se chama Dicey, um dado consciente e que permite o seu acesso a diferentes cidades bloqueadas pela Rainha, que governa este reino sombrio.

O jogo é um misto de emoções do início ao fim e isso pode te agradar, além de não conseguirmos identificar de início sobre qual gênero o jogo pode ser definido, também devemos ressaltar que o estilo do jogo também passeia entre dois extremos, o sinistro e o “fofinho”, lembra muito os filmes produzidos e dirigidos pelo lendário diretor de cinema Tim Burton e vão agradar também aos fãs de Little Nightmares. Todas essas comparações são mais pelo seu estilo de design sombrio mesmo do que pelo seu enredo no geral, se fossemos indicar o estilo do jogo em uma frase para alguém que nunca viu nem uma imagem ou trailer, explicaríamos como se fosse uma versão sombria de Alice no País das Maravilhas sem a Alice e seu o País das Maravilhas.

Uma coisa que equilibra o lado assustador é o humor irônico que Lost in Random incorpora ao longo do jogo. Funciona na maior parte, mas há momentos em que o jogo vai longe demais, frequentemente o suficiente para se destacar e levar você para fora do mundo. Lost in Random realmente brilha quando mergulha em seus temas mais existenciais de pavor e desolação, em vez de tentar amenizar a situação e isso é um diferencial do jogo e consegue trazer uma maior imersão de quem está se entregando ao máximo.

Falando um pouco sobre a jogabilidade, uma boa surpresa que tive depois de algum tempo de jogo foi o seu combate. Pra mim, este foi o momento em que Lost in Random finalmente ganhou vida e me animou para continuar.

O jogo também tem um lado propositalmente estratégico, nele você possui um deck que utiliza o poder das cartas para intensificar o combate. As cartas são divididas em atributos diferentes – Armas permitem que Even use um arsenal contra os ‘soldados’ da Rainha, Defesa é como um suporte tanto de cura quanto de proteção e o Ataque te permite usar magia de dano direto aos inimigos. No game você deve interagir com elementos durante a exploração, alguns deles te darão moedas para comprar itens e cartas usadas nos momentos de combate, toda a exploração é bastante linear, mas interagir com alguns personagens te oferecerá possibilidade de desbloquear side quests em troca de dinheiro.

Existem também outros tipos de cartas que afetam o combate de forma mais ampla, encantamentos de campo de batalha e os curingas que permitem que você configure seu deck para ter uma vantagem sobre as cartas que deseja, como adicionar mais fichas ou comprar cartas.

Você poderá ver a sua biblioteca de cartas gerais e montar um deck de 15 cartas para complementar seu estilo de combate. Os estilos podem variar devido à variedade de cartas que estão presentes e as inúmeras possibilidades de construção de deck são incríveis.

No começo esse sistema de construção de deck e até mesmo o uso em combate pode assustar um pouco, mas não se preocupe, Lost in Random avança devagar propositalmente para te ajudar a pegar o ritmo, fora que te dá praticamente um capítulo todo para isso.

O combate do game definitivamente é o ponto mais positivo que vimos, é algo realmente inovador e trás ao jogo um combate divertido e estratégico graças ao sistema de cartas que melhora e muito o seu poder de fogo em combate. Fora isso, o combate é totalmente polido e não enfrentamos nenhum problema durante a gameplay jogando no Nintendo Switch.

Vale a pena?

Lost in Random é um daqueles jogos que iniciamos sem esperar grandes coisas mas que rapidamente me fascinou. Seu estilo diferente, seu misto de elementos – tanto de gameplay quanto de sentimentos – me cativou logo de início, e embora as duas primeiras horas de jogo são um pouco lentas, o combate chega logo depois para colocar a “cereja do bolo” e fazer com que todo aquele início meio arrastado valha a pena pelo resto do seu tempo de gameplay. O combate é divertido, inovador e os gráficos são bonitos. O enredo é um pouco clichê, mas definitivamente, todo o restante do game vale muito a pena. Digamos que é um jogo indie com potencial de um AAA.

O game já está disponível nas plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series, Nintendo Switch e PC (via Origin).

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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