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REVIEW | SCARLET NEXUS

O melhor RPG de ação que joguei este ano!

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O novo jogo de RPG de ação Scarlet Nexus, desenvolvido pela Bandai Namco Studios e Tose e publicado pela Bandai Namco Entertainment, se passa em um futuro não tão distante, onde a tecnologia avançou ao extremo e os humanos evoluíram substancialmente também. Basicamente, todo mundo desenvolveu uma forma de “poder cerebral”, parece aquela velha história que já vimos em alguns filmes de que os seres humanos só controlam pouquíssimos por cento do poder do cérebro, sabe? Nesse novo mundo, os humanos desenvolveram tais poderes que podem variar da telecinesia à pirocinese, visão do futuro, etc. Embora isso tenha trazido algum tipo de prosperidade para a sociedade, as várias superpotências também atraíram a atenção de seres conhecidos como “Outros”, que se deleitam com cérebros humanos. Para conter essa ameaça, foi criada a Outra Força de Supressão (ou OSF para abreviar), que funciona como uma espécie de potência militar, e recruta as pessoas mais promissoras para preencher suas os cargos desse ‘exército’. Graças aos avanços tecnológicos e genéticos, as pessoas podem se comunicar enviando mensagens diretamente para os cérebros umas das outras. Mas não vou contar muito sobre a história logo de cara, porque sem dúvidas é um dos pontos mais fortes do jogo. Inclusive, o jogo também ganhou um anime logo depois do seu lançamento.

O game te permite escolher um dos dois personagens para iniciar a jornada, Yuito Sumeragi ou Kasane Randall. Cada personagem tem seu próprio enredo, mas eles se cruzam com muita frequência. Isso cria uma dinâmica interessante, pois sempre que você não interagir com o outro personagem em uma jogada, você ficará se perguntando o que o outro personagem está fazendo naquele momento. Para manter o mistério intacto, você pode terminar a história com um personagem e depois jogar novamente com o outro, mas graças à capacidade de criar vários arquivos salvos, você pode alternar facilmente entre os dois personagens se quiser, o que trás um charme a mais para o game levando em consideração aquilo que citei na introdução sobre você se comunicar pela mente, nessa manobra de troca de save, tive a impressão que estava viajando de uma mente para outra. Cada personagem tem sua própria agenda, personalidade e ambição, o que garante que haja grandes diferenças na sensação do jogo ao jogar com os dois.

Scarlet Nexus é um RPG de ação e eu preciso falar que eu sou muito fã desse gênero e talvez seja um dos meus favoritos, por conta disso eu passei muito e muito tempo jogando esse jogo e desde já até peço desculpas por demorar tanto em postar a análise, eu realmente me diverti muito jogando e acho que talvez seja o jogo que mais joguei desse gênero (seria um spoiler da minha nota final?).

A mecânica de combate do game pode não ser tão bem elaborada à primeira vista, os personagens possuem um ataque básico e um ataque mais pesado que pode ser encadeado em um combo, mas o que torna o combate mais inovador são seus superpoderes: a psicocinese. Isso permite ao jogador pegar tele cineticamente objetos como carros e arremessá-los contra o inimigo. Esses poderes elevam demais a diversão durante o gameplay. Embora os dois personagens jogáveis ​​tenham o mesmo superpoder, eles têm armas principais diferentes. Yuito possui uma espada adequada para ataques rápidos de curta distância, enquanto Kasane empunha várias facas que permitem uma mobilidade um pouco mais de fácil em combate.

O que torna o combate excelente neste jogo é como você pode cruzar perfeitamente os ataques regulares com o poder da psicocinese. Durante seus combos de ataque regulares, apertar o gatilho certo permite que você se mova para fora do alcance e jogue um objeto grande em seu inimigo, e logo após esse ‘combo’ você volta a atacá-lo com seu ataque ‘normal’, trazendo você de volta para um alcance mais próximo. Isso é implementado tão suavemente que mantém o combate fluido e rápido o tempo todo. Ou seja, o combate de Scarlet Nexus possui algo que eu acho muito legal em um jogo do gênero – a interação dos personagens com elementos espalhados pelo ambiente de combate.

Mas as possibilidades nos combates não terminam por ai, à medida em que você avança no jogo, encontra uma infinidade de personagens que podem ajudá-lo no combate. Conforme mencionado anteriormente, cada pessoa pode ter apenas um poder específico. Durante as várias missões você poderá “emprestar” os poderes do seu companheiro. Certos inimigos terão poderes específicos que precisarão ser neutralizados pelos poderes de seu companheiro. E esse sem dúvida é o principal diferencial do combate do game, tudo é muito inteligentemente pensado e mostra o quanto a desenvolvedora pôs dedicação e carinho em cada detalhe.

Enquanto a história segue Yuito ou Kasane, há uma grande lista de personagens coadjuvantes que adicionam muita variedade e aspectos interessantes ao jogo. Tanto Yuito quanto Kasane são novos recrutas na OSF e são colocados em um esquadrão liderado por um poderoso comandante com vários outros lutadores. Ao longo do jogo, você é acompanhado por eles, e as várias cenas e brincadeiras entre eles ajudam a gerar uma dinâmica interessante. 

Scarlet Nexus permite que você interaja com seus aliados em vários pontos ao longo da história, principalmente nas fases de “espera”. E ao contrário do que possa parecer, este não é um jogo de mundo aberto. O game guia você por vários capítulos e cada um é fechado por uma fase de espera. Existem itens espalhados pelo mapa que exigirão que você explore um pouco as áreas, mas geralmente você estará caminhando em uma linha reta em direção ao seu objetivo, derrotando os “Outros” de base à medida que avança. O objetivo final geralmente é lutar contra algum tipo de monstro chefe, o que geralmente exigirá que você faça uso total dos seus próprios poderes e dos poderes de seus aliados. A escolha de não criar um jogo de mundo aberto impõe algumas restrições, mas por outro lado, isso nem sempre é uma coisa ruim. Isso mantém a ação acontecendo e você sabe que está sempre progredindo, mantendo o jogo fluindo suavemente e te mantem sempre no lugar certo, sem que haja caminhos para desvios desnecessários.

Visualmente, o game merece o sela Bandai Namco de aprovação! Os desenvolvedores fizeram um ótimo trabalho para transmitir um mundo governado por tecnologia e realidade aumentada como imaginaríamos ao ler seu roteiro ou até mesmo um mangá. Aonde quer que você vá, verá luzes e telas piscando por todos os lados, e parece que muitos detalhes foram usados na criação do mundo. 

Em New Himuka, a cidade inicial do jogo, você pode ver pessoas usando seus smartphones com telas de realidade aumentada flutuando (Isso é muito Black Mirror!), e vários anúncios e telas de TV em todos os lugares. Mas uma vez que você pisa nas áreas de combate fora a parte, tudo é destruído e abandonado. Tudo parece um pouco desolador em comparação com a cidade agitada, mas posso imaginar que essa foi uma escolha intencional para gerar aquele impacto necessário na nossa experiência. Minha única reclamação de todo o jogo é nas cutscenes, que mais parece umas sotriebords que são apresentadas de forma proposital mas que tiram um pouco da emoção que o jogo merece.

Vale a pena?

Scarlet Nexus definitivamente é o melhor JRPG que joguei este ano! Ele me manteve vidrado na sua história e conseguiu me cativar com seus personagens e combate muito divertido. Ainda falando do enredo (o seu ponto forte) o game possui boas reviravoltas e muitos mistérios que me fizeram sempre querer avançar e, muitas vezes, perder a hora jogando. O meu medo no início era acontecer um problema conhecido dos RPGs de ação: O combate repetitivo e cansativo, mas felizmente, o jogo surpreende mais uma vez, graças aos vários personagens que se juntam a você ao longo do jogo. Definitivamente, você vai querer jogar esse jogo e vai se divertir muito, principalmente se você é um fã de RPG de ação como eu sou!

Review atualizada 10.09.2021 
Agradecemos a Bandai Namco por fornecer uma cópia para análise no PC. 

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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